G-22: São Caetano é terceiro
maior potencial de consumo

São Caetano é o representante mais forte do Grande ABC no G-22 de Competitividade quando o indicador é o potencial de consumo per capita. Potencial de consumo é espécie de PIB das famílias, especialidade nacional da Consultoria IPC, longeva parceira de CapitalSocial e anteriormente de LivreMercado.
São Caetano está em terceiro lugar no ranking que envolve os 20 maiores municípios do Estado, além de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que completam o G-7, da região. A Capital Paulista não consta dos estudos por causa da grandeza. Sozinha, São Paulo tem números semelhantes à soma do G-22. Os dados são de 2019.
O poder de consumo médio per capita é o 10º índice revelado por CapitalSocial para medir a temperatura de competitividade dos maiores municípios paulistas em várias atividades e setores.
Classificação ruim
O Grande ABC terminou nas últimas colocações a classificação geral após as oito primeiras rodadas. Mas tende a melhorar na medida em que o potencial de consumo ganhar várias abordagens. Esta é a segunda. Outras virão nos próximos dias. Tudo porque potencial de consumo é o acumulado de riqueza ao longo dos anos. A industrialização do Grande ABC a partir da metade do século passado, sobremodo com a chegada da indústria automotiva, sedimentou uma classe média que vai perdendo o viço, é verdade, mas guarda reservas importantes.
O ranking de poder de consumo per capita do G-22 não leva em conta exclusivamente a ordem de grandeza dos números absolutos dos municípios. Formatamos o quadro classificatório também considerando a média geral do grupo. A medida visa dar dimensão mais dinâmica ao próprio ranking.
Fossem apresentados os números levando-se em consideração apenas a ordem de grandeza, não seria possível ter uma avaliação mais abrangente das perspectivas de mudanças nos próximos tempos.
Explicando metodologia
Um exemplo dessa metodologia: metade dos 22 integrantes do grupamento apresenta potencial de consumo per capita acima da média geral. Isso significa que a outra metade está abaixo. Há entre o lado positivo e o lado negativo muito mais que a ordem classificatória convencional, que é obedecida. Mas também a distância favorável ou contrário dos 22 municípios quanto ao centro médio de poder per capita e, em consequência, entre si.
Vejam os casos de municípios do Grande ABC: São Caetano está em terceiro lugar no ranking com 25,86% de potencial de consumo per capita acima da média do G-22. Já São Bernardo ocupa a 11ª colocação com apenas 1,04% acima da média geral. Santo André, nona colocada, registra média 5,45% acima do G-22. Em termos percentuais, o potencial de consumo por habitante de São Caetano é 19,72% maior que o de São Bernardo e 15,97% maior que o de Santo André.
Trocando em miúdos: São Caetano tem potencial de consumo médio per capita 25 vezes maior em relação a São Bernardo quando no meio do caminho está a média geral do grupamento. Já Santo André está cinco vezes abaixo de São Caetano no mesmo critério. Não é pouca coisa quando se traçam possibilidades de mudança no futuro.
Esses são os três municípios do Grande ABC que sustentaram saldo positivo sempre em relação à média per capita do grupamento. Os demais caem literalmente pela tabela: Mauá ocupa a 18ª posição, Ribeirão Pires a 19ª, Rio Grande da Serra a 20ª e Diadema a 21ª posição. Quem está na lanterninha é Guarulhos, com potencial de consumo médio 27,66% abaixo do G-22.
Liderança disputadíssima
São Caetano só perde a corrida de maior potencial de consumo médio por habitante para a líder São José do Rio Preto e a vice-líder Ribeirão Preto. No caso de São José do Rio Preto, a média per capita é de R$ 38.551, 23 mil, apenas 3,00% acima de São Caetano. Já a diferença da vice-líder Ribeirão Preto sobre São Caetano é um pouco menor porque detém R$ 38.466,66 mil. Na prática, os três municípios concorrem acirradamente pela liderança. Santo André e São Bernardo estão distantes demais das melhores médias.
A média geral do potencial de consumo per capita do G-22, edição 2019, é de R$ 29.674,72 mil. Para obter tanto a vantagem quanto a desvantagem de cada Município em relação a esse eixo moderador bastaram confrontos individuais. Veja a classificação desse novo indicador:
1. São José do Rio Preto conta com potencial de consumo per capita de R$ 38.551,23 mil. Resultado 29,91% acima da média do G-22.
2. Ribeirão Preto conta com potencial de consumo per capita de 38.466,66 mil. Resultado 29,63% acima da média do G-22.
3. São Caetano cona com potencial de consumo per capita de R$ 37.348,85 mil. Resultado 25,86% acima da média do G-22.
4. Piracicaba conta com potencial de consumo per capita de R$ 35.513,38 mil. Resultado 19,67% acima da média do G-22.
5. Jundiaí conta com potencial de consumo per capita de R$ 33.507,85 mil. Resultado 12,92% acima da média do G-22.
6. São José dos Campos contava com potencial de consumo per capita de R$ 33.561,81 mil. Resultado 11,58% acima da média do G-22.
7. Santos conta com potencial de consumo per capita de R$ 32.976,59 mil. Resultado 11,13% acima da média do G-22.
8. Sorocaba conta com potencial de consumo per capita de R$ 31.539,43 mil. Resultado 5,91% acima da média do G-22.
9. Santo André conta com potencial de consumo per capita de R$ 31.384,51 mil. Resultado 5,45% acima da média do G-22.
10. Taubaté conta com potencial de consumo per capita de R$ 30.187,56 mil. Resultado 1,70% acima da média do G-22.
11. São Bernardo conta com potencial de consumo per capita R$ 29.982,74 mil. Resultado 1,04% acima da média do G-22.
12. Campinas conta com potencial de consumo per capita de R$ 28.403,80 mil. Resultado 4,47% abaixo da média do G-22.
13. Paulínia conta com potencial de consumo per capita de R$ 27.891,49 mil. Resultado 6,39% abaixo da média do G-22.
14. Sumaré conta com potencial de consumo per capita de R$ 26.276,08 mil. Resultado 11,45% abaixo da média do G-22.
15. Barueri conta com potencial de consumo per capita de R$ 26.024,48 mil. Resultado 14,02% abaixo da média do G-22.
16. Osasco conta com potencial de consumo per capita de R$ 25.888,64 mil. Resultado 14,62% abaixo da média do G-22.
17. Mogi das Cruzes conta com potencial de consumo de R$ 25.856,61 mil. Resultado 14,76% abaixo da média do G-22.
18. Mauá conta com potencial de consumo per capita de R$ 25.335,78 mil. Resultado 17,12% abaixo da média do G-22.
19. Ribeirão Pires conta com potencial de consumo per capita de R$ 24.669,37 mil. Resultado 20,29% abaixo da média do G-22.
20. Rio Grande da Serra conta com potencial de consumo per capita de R$ 24.598,78 mil. Resultado 20,63 % abaixo da média do G-22.
21. Diadema conta com potencial de consumo per capita de R$ 23.617, 95 mil. Resultado 25,64 abaixo da média do G-22.
22. Guarulhos conta com potencial de consumo per capita de R$ 23.245,73 mil. Resultado 27,66% abaixo da média do G-22.
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