Estão redondamente enganados os apressados caluniadores ou ingênuos consumidores de informações deformadas ao avaliarem as denúncias do Caso Saul Klein. CapitalSocial acompanha desde o princípio esse escândalo midiático, contando com a vantagem editorial de acesso a informações precedentes ao registro de denúncias no Ministério Público Estadual. Quem reforça essa garantia é o advogado do empresário Saul Klein.
Pela primeira vez, André Boiani vai contar com a publicação integral de todas as respostas que concedeu à imprensa. Da mesma forma que CapitalSocial publicará integralmente as respostas da advogada das mulheres denunciantes. Resta apenas saber se Gabriela Souza responderá à demanda pela transparência informativa. Inicialmente ela se recusou. Mas tem prazo até terça-feira que vem para refletir. É possível que prefira seguir com o enquadramento generoso da mídia paulistana de assassinatos sociais.
Uma quadrilha organizada, assegura André Boiani, está por trás de tudo. Como CapitalSocial tem publicado desde o início. Até provas materiais em contrário. Vejam a entrevista.
CAPITALSOCIAL – Como observa o desenrolar das denúncias contra o senhor Saul Klein?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein se encontra, mais uma vez, na posição de vítima de falsas e criminosas acusações. Precedentes tentativas frustradas de várias das “denunciantes” nas áreas cível e trabalhista comprovam a farsa ora em marcha, que muito impacta a integridade moral e o prestígio social dele. Iniciativa semelhante já foi devidamente desqualificada e arquivada, a pedido do Ministério Público, após ampla investigação da Polícia Civil. A sobreposição de mentiras e especulações não prosperou em ambiente que preserva a realidade dos fatos, o que novamente acontecerá.
CAPITALSOCIAL – As eleições municipais em São Caetano têm alguma correlação com o caso?
André Boiani -- Deve ser destacado que, além do interesse financeiro das supostas vítimas -- e de quem as arregimentou, pessoa que já está sendo desmascarada durante a investigação –, não é por acaso que a cronologia de registro e divulgação das acusações falsas contra o Sr. Saul Klein coincidiu com a da eleição municipal de São Caetano do Sul, na qual ele concorreu ao cargo de vice-prefeito. Muitos são, assim, os motivos para a existência das falsas acusações. Com algumas das autoproclamadas vítimas, efetivamente o Sr. Saul Klein manteve relações consensuais sacramentadas de acordo com as regras do reconhecido relacionamento “sugar”. A frequência repetitiva das modelos, que livremente frequentaram eventos do Sr. Saul Klein por meses ou anos, se constitui em óbvia prova do consentimento dos relacionamentos, que se tornaram conflituosos exclusivamente na versão fraudulenta levada ao conhecimento do Ministério Público, tudo por conta de interesses patrimoniais inconfessáveis que vêm sendo trazidos à tona durante o desenrolar da investigação policial.
CAPITALSOCIAL – O senhor Saul Klein estuprou e abusou das mulheres ou não?
André Boiani -- É bom que se saliente: o Sr. Saul Klein jamais manteve relações sexuais não consentidas. Ele também nunca admitiu a presença de menores de idade em seus eventos, tendo sempre sido esse tema pauta de sua agenda de responsabilidade como anfitrião. Os seguranças de seus eventos eram todos funcionários de empresa especializada que simplesmente garantiam a tranquilidade de todos, atuando na área externa dos imóveis. Eles jamais intimidaram quem quer que fosse -- até porque o relacionamento “sugar” não tem correlação com intimidação de qualquer espécie.
CAPITALSOCIAL – O senhor criou ou adaptou ou incorporou uma expressão (sugar-daddy) para resumir o prazer comportamental do senhor Saul Klein. Até que ponto essa definição está encaixada no conjunto de ações que ele tomou ao longo dos tempos?
André Boiani – O círculo íntimo de convivência do Sr. Saul Klein sabe, há muitos anos, de seu profundo apreço pela companhia de mulheres jovens e atraentes, e do prazer que ele sente por habitualmente exercer o papel de “sugar daddy” de todas elas. É claro que ele nunca fez alarde quanto a isso a fim de evitar o julgamento moral da sociedade, mas ele é, sim, adepto dessa lícita prática. Em termos simples, “sugar daddy” é o indivíduo que se satisfaz por suprir de maneira habitual e ostensiva as necessidades e os caprichos materiais de mulheres que se apresentam como “sugar babies”. O contato inicial entre “daddies” e “babies” se dá das mais variadas formas: por apresentação de amigos, por indicação de outros participantes desse hábito social, por agenciamento e até mesmo por exposição de perfis em websites especialmente dedicados ao tema.
CAPITALSOCIAL – Como se explica essa relação?
André Boiani -- A relação que se estabelece entre “daddy” e “baby” nem sempre envolve encontros sexuais, mas pode evoluir para isso se ambos concordarem, e claramente não se confunde com a prostituição ou com a exploração sexual porque não consiste na troca de sexo por dinheiro ou na exigência de favores físicos mediante coação ou privação de liberdade. Na realidade, os envolvidos nesse tipo de relacionamento mantêm laços afetivos importantes, embora temperados pela fantasia de dependência recíproca que os move e qualificados pela liberdade que caracteriza a relação. Juntos eles frequentam eventos, compartilham experiências, e, muitas vezes, mantém relações sexuais.
CAPITALSOCIAL – Por que o senhor Saul Klein temia tanto ser exposto em suas preferências intimas?
André Boiani -- É claro que, do ponto de vista de um certo código de moralidade, seria compreensível dizer que um tal comportamento se mostraria digno de reprovação -- e exatamente por isso o Sr. Saul Klein não desejava que esse assunto se tornasse de conhecimento público. Mas não se pode confundir essa possível condenação moral com uma afirmação de ilicitude dessas práticas. O direito simplesmente não as proíbe. Nesse campo de exercício regular de direito, o Sr. Saul Klein por anos celebrou eventos periódicos das quais participaram diversas mulheres com as quais mantinha laços “daddy-baby”. O maior deleite do Sr. Saul Klein nesses encontros vinha da interação pura e simples com moças interessantes e bonitas – conversas, jogos, danças, leituras, compartilhamento de experiências ligadas à arte e à gastronomia etc. Essa era a fantasia dele: estar cercado de mulheres agradáveis, com quem pudesse livremente passar horas de prazer mental e físico, em um ambiente seguro e desprovido de preconceitos e julgamentos.
CAPITALSOCIAL – Rolava ou não rolava sexo nos encontros do senhor Saul Klein?
André Boiani -- Nessas festas poderiam, ou não, ocorrer relações sexuais, sendo comum que tais eventos se esgotassem apenas em divertimento não-sexual. Quando ocorreram, porém, foram absolutamente consensuais, afinal, os participantes eram maiores, desimpedidos, e estavam ali de livre e espontânea vontade – e, saliente-se, todas queriam voltar aos eventos, em franca demonstração de que estavam de acordo com o que ali acontecia.
CAPITALSOCIAL – As restrições impostas às mulheres, sobretudo quanto ao uso de celulares, têm justificativa ou, conforme as denúncias, se inseriam num campo de anormalidades comportamentais?
André Boiani -- Para preservação da intimidade de todos, era incentivada a abstenção do uso de smartphones ou de aparelhos similares durante os encontros. Se não fosse assim, tanto o Sr. Saul Klein quanto as mulheres que frequentavam os eventos – muitas delas bem longe do conhecimento da família – já poderiam ter sido expostos indevidamente na internet. Como é típico para um “daddy”, o Sr. Saul Klein distribuía presentes nessas ocasiões, de modo que as participantes ansiavam não apenas por participar delas, como também por retornarem reiteradamente ao convívio dele. E não era incomum que as “babies” comentassem com outras amigas tudo aquilo de bom que tinham vivenciado em sua companhia – o que gerava uma espécie de demanda constante de vagas para os eventos que ele patrocinava. Sem surpresas, tudo isso atraiu também a atenção de uma grande quantidade de pessoas inescrupulosas e interessadas em explorar financeiramente esse traço da personalidade do Sr. Saul Klein.
CAPITALSOCIAL -- Em geral, qual o histórico das relações do senhor Saul Klein com as mulheres que recebia em sua casa?
André Boiani -- Algumas delas tentaram enganá-lo, outras procuraram abusar da bondade dele. Tudo normal e esperado. Mas houve também aquelas que praticaram extorsão e ameaça contra ele, em especial durante um longo período em que ele esteve fragilizado por uma grave depressão, e que inclusive chegaram a lhe causar prejuízos milionários mediante condutas que envolveram cooptação de pessoas, falsificação de documentos e ajuizamento de ações fraudulentas.
CAPITALSOCIAL – Qual é o papel da cafetina Marta Gomes da Silva nas denúncias contra o senhor Saul Klein?
André Boiani – Não concordo com a indevida divulgação de procedimento investigativo que tramita em segredo de justiça. Assim, os esclarecimentos que ora presto respeitarão os limites impostos pela lei, evitando exposição de nomes. Sobre sua pergunta, antes de a relação “sugar” ser tão difundida e de existirem “sites” especializados na internet, era comum que os interessados em tal tipo de relacionamento se conhecessem por meio de agenciadores especializados. Foi assim que o Sr. Saul Klein foi apresentado, no final dos anos 2000, a uma empresa que se responsabilizava por todas as questões operacionais dos eventos, como contratação, pagamento e transporte das modelos, além de decoração, alimentos, bebidas, garçons, músicos etc. A responsável pela empresa disponibilizava, inclusive, colaboradoras que permaneciam no local do evento, notadamente uma que curiosamente se apresentou como uma das “supostas vítimas” no procedimento de investigação.
CAPITALSOCIAL – Como se operacionalizava essa relação?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein contratava a empresa para que organizasse as festas e selecionasse modelos que estivessem dispostas a conhecê-lo e a participar de seu evento. Havendo afinidade, poderia daí surgir uma relação “daddy-baby”. Repita-se: todas as moças com quem o Sr. Saul Klein eventualmente manteve relacionamento o fizeram por opção própria, em razão de terem tido afinidade com ele.
CAPITALSOCIAL – As festas que tinham o senhor Saul Klein como anfitrião eram mesmo de arromba?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein realizava eventos com 5, 10, 15 ou até mesmo 20 modelos. Esses eventos poderiam durar mais de um dia. As moças eram estimuladas a não permanecer com seus aparelhos celulares, mas nenhuma moça jamais foi obrigada a permanecer no local caso quisesse ir embora; nenhuma delas jamais foi proibida de ter acesso a seu aparelho telefônico caso precisasse ou quisesse falar com alguém; nenhuma modelo sofreu qualquer ameaça por parte do Sr. Saul Klein ou de qualquer de seus funcionários ou seguranças – aliás, diga-se que a segurança do Sr. Saul Klein sempre foi feita por empresas de segurança conhecidas e devidamente autorizadas a funcionar.
CAPITALSOCIAL – Quando começou o processo de desgaste entre o senhor Saul Klein e a dona da empresa de agenciamento de modelos?
André Boiani -- Em março de 2018, durante um período em que o Sr. Saul Klein enfrentava uma severa depressão e ainda se recuperava de um câncer de pele, ele foi procurado pela dona da empresa com uma notícia que muito estranhou: segundo ela, duas modelos que teriam participado dos eventos dele desejavam receber elevada quantia em dinheiro para não exporem a intimidade dele à imprensa – elas, que agora são apontadas como supostas vítimas do procedimento de investigação, possuíam fotos íntimas dele e dos eventos, em franca demonstração, por si só, de que nunca houve rigor absoluto dele quanto à proibição e fiscalização de celulares. Fragilizado pela depressão e muito preocupado em não se expor negativamente na mídia, o Sr. Saul Klein informou para a dona da empresa que, apesar de entender que esse problema deveria ser resolvido por ela, concordaria em firmar “acordos” com as moças para não ter que se preocupar com a indevida exposição de sua imagem pela imprensa. Isso efetivamente aconteceu, embora o Sr. Saul nunca tenha tratado diretamente com essas mulheres ou com os representantes delas, tendo todos os contatos sido realizados pela dona da empresa.
CAPITALSOCIAL -- E quando, finalmente, se deu o rompimento com a cafetina?
André Boiani -- Após uma série de acontecimentos que deixaram claro ao Sr. Saul Klein que estava sendo vítima de golpes por parte da dona da empresa e de algumas de suas modelos – acontecimentos que estão em discussão em procedimentos sigilosos e, por isso, não é possível entrar em detalhes sobre eles –, em março de 2019 ele anunciou a ela que não mais contrataria seus serviços. Sintomaticamente, logo após essa interrupção, notificações foram encaminhadas ao Sr. Saul Klein deixando claro que a dona da empresa, seus sócios e subordinadas -- muitas delas agora autoproclamadas vítimas na nova investigação e na já arquivada – , acostumados a obter dele grandes lucros pecuniários, parecem ter se associado criminosamente para dele obter vantagem financeira indevida, sob pena de forjarem um inexistente vínculo de emprego que teriam com ele e, principalmente, de exporem sua imagem a ridículo, acusando-o de ilícitos que jamais praticou.
CAPITALSOCIAL – E a enxurrada de processos?
André Boiani -- Após as notificações, que foram devidamente ignoradas pelo Sr. Saul Klein, se iniciaram os vários processos cíveis e trabalhistas, além de um inquérito policial. Foram tantas as condutas indevidas de que o Sr. Saul Klein foi vítima que, em um dos processos cíveis, o MM. Juízo de Direito assim afirmou: “Embora este Juízo entenda que ao que parece realmente houve crime no acordo firmado entre as partes envolvendo a extorsão do réu o que de fato deveria ser apurado pelas autoridades policiais, cabe às partes tomarem as providências que entenderem cabíveis. (...) Ademais, eventual exploração de prostituição crime que também poderia ser melhor apurado não necessariamente teria o réu deste processo [o Sr. Saul Klein] como réu do processo criminal. Não parecendo ser ele aquele que explorava prostituição, e sim, a mencionada [dona da empresa]”. Como se vê, no processo em que a prova já está mais evoluída, reconheceu o Juízo a existência de indícios de conluio criminoso contra o Sr. Saul Klein para dele extorquir dinheiro mediante ameaça de exposição à mídia ou mesmo de outras medidas que poderiam lhe trazer prejuízo. Ele também notou naqueles autos a suspeita de que a dona da empresa pode explorar a prostituição.
CAPITALSOCIAL – E quando se deu o rompimento do lacre do silêncio do senhor Saul Klein?
André Boiani -- Não bastassem esses elementos, em outro processo foi comprovada a falsificação da assinatura do Sr. Saul Klein em um suposto “acordo” com uma das modelos contratadas pela empresa, em franca demonstração de que escrúpulos não existem para esse grupo. Cabe salientar que o Sr. Saul Klein, sempre preocupado com a exposição de sua imagem, havia optado por não requerer instauração de inquérito policial para apurar os crimes de que foi vítima – extorsão e falsificação de documento, no mínimo. Porém, diante da absurda acusação que novamente o atinge e, principalmente, diante da exposição do caso pela imprensa, entendeu que teria chegado o momento de tudo ser colocado às claras.
CAPITALSOCIAL – Já se tem a dimensão dos fatos que determinaram a reação do senhor Saul Klein?
André Boiani -- Certamente muitas coisas escusas ainda aparecerão e poderão ser mais esclarecidas diante das investigações efetivadas no inquérito policial requisitado pelo Ministério Público. Por exemplo, algumas das supostas vítimas deixaram claro que eram obrigadas pela dona da empresa a enganar o Sr. Saul Klein quanto a seu nome e, algumas vezes, idades, apresentando a ele documentos falsos. É evidente, assim, que as “novas denúncias” levadas ao conhecimento do Ministério Público se inserem justamente nesse histórico de fraudes e extorsões praticadas contra o Sr. Saul Klein. As fantasiosas e levianas afirmações feitas pelas supostas vítimas que deram início ao novo inquérito sintomaticamente surgiram diante das sucessivas derrotas cíveis e trabalhistas das “denunciantes” e logo depois do anúncio de que o Sr. Saul Klein concorria ao cargo de vice-prefeito da cidade de São Caetano do Sul, momento em que estava naturalmente mais exposto na mídia e nas redes sociais. Na verdade, as tais supostas vítimas são o oposto disso, e o Sr. Saul Klein tem a convicção de que tal situação ficará devidamente comprovada ao final da investigação.
CAPITALSOCIAL – Acredita que a Justiça será feita?
André Boiani – É importante salientar que isso já começou a ocorrer, tanto que as medidas cautelares que inicialmente o impediam de sair do Brasil e manter contato com as supostas vítimas foram revogadas pelo próprio Juízo que as havia deferido. E obviamente o Sr. Saul Klein não saiu do Brasil e nem tentou contato com qualquer delas.
CAPITALSOCIAL – Há um caso precedente que o senhor utiliza como espécie de síntese da situação geral?
André Boiani -- Não é a primeira vez que o Sr. Saul Klein sofre acusação semelhante – e falsa. Há alguns meses foi arquivado inquérito policial que tratou de alegações bem parecidas e que ficou esvaziado quando a própria suposta vítima naquele feito – que, não surpreendentemente, também constou da notificação enviada ao Sr. Saul em abril de 2019 – esclareceu que na realidade nada de errado havia sido feito pelo Sr. Saul Klein. Não bastasse, a Polícia Civil também ouviu testemunhas que desmentiram integralmente a acusação original.
CAPITALSOCIAL -- O senhor forneceu essas informações aos jornalistas que o procuraram para falar sobre o “caso Saul Klein”?
André Boiani -- Sim, essas informações foram fornecidas.
CAPITALSOCIAL – Afinal, há elementos que provem que o sr. Saul Klein aliciava ilegalmente mulheres para que elas fossem à sua casa e se colocassem à disposição para o seu prazer sexual?
André Boiani -- Somente há a palavra de algumas pessoas contra a palavra de outras. Na verdade, o Sr. Saul Klein nunca pagou diretamente a mulheres para que elas se colocassem à disposição para o seu prazer sexual. Ele buscava a companhia de mulheres jovens, todas maiores de idade, que tivessem interesse em conhecê-lo para, havendo afinidade, manter um relacionamento conhecido como “sugar”, que pode ou não envolver relacionamento sexual – até porque os eventos eram frequentados por até vinte modelos, sendo até intuitivo saber que ele não manteria necessariamente relações sexuais com todas elas.
CAPITALSOCIAL -- O sr. Saul Klein mantinha ou ainda mantém essa espécie de harém em sua casa? Havia menores de idade envolvidas?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein nunca manteve “harém” algum em sua casa ou em qualquer lugar. Ele realizava eventos com várias modelos, que compareciam a eles por livre e espontânea vontade, podendo neles permanecer ou sair quando quisessem, sendo certo que a quase totalidade das modelos pedia para voltar em eventos futuros. Quanto a menores de idade, ele nunca admitiu em seus eventos pessoas que não comprovassem ser maiores e capazes. Se foi utilizado documento falso a tanto, ele não sabe dizer.
CAPITALSOCIAL -- O sr. Saul Klein manteve relações sexuais com mulheres sem que elas dessem consentimento ou sem que estivessem em condição de consentir, como, por exemplo, embriagadas, drogadas ou constrangidas de alguma forma? Em outras palavras, ele praticou estupro de alguém?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein jamais manteve relações sexuais não consentidas ou com quem estivesse sem condições de consentir. Esse tipo de comportamento é considerado por ele como absolutamente reprovável, repugnante e inadmissível.
CAPITALSOCIAL -- O sr. Saul Klein mantinha mulheres presas em sua casa? É verdade que elas ficariam sem acesso aos seus telefones celulares por dias?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein nunca manteve qualquer pessoa em cárcere privado. Jamais uma pessoa presente a qualquer de suas propriedades ou eventos ali esteve de forma compulsória. As mulheres sabiam que não poderiam registrar imagens e que, por isso, seus celulares poderiam ser recolhidos ao ingressarem no local, mas também sabiam como recuperá-lo a qualquer momento que quisessem – já que poderiam sair do local quando bem desejassem. Totalmente absurda a afirmação de que as supostas vítimas ficariam “presas”, constrangidas por seguranças armados, praticamente em cárcere privado, já que, repita-se, saíam quando queriam e, principalmente, voltavam com frequência para novos eventos, muitas vezes fazendo isso ao longo de anos, o que, por si só, já se mostra uma incoerência insuperável.
CAPITALSOCIAL -- O sr. Saul Klein intimidava, de alguma forma, essas mulheres (por exemplo, por meio de seguranças armados ou pelo simples poder financeiro)?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein jamais intimidou qualquer pessoa, seja de forma física, seja de forma moral. Ele manteve relacionamentos “sugar”, o que é completamente incompatível com intimidações. A segurança do Sr. Saul Klein sempre foi feita por empresas reconhecidas e habilitadas, cujos funcionários, devidamente registrados e legalmente armados, nunca entraram nas áreas íntimas de sua residência e evidentemente jamais intimidaram quem quer que fosse. Quanto ao poder financeiro, o Sr. Saul Klein o usava para agradar as participantes de seus eventos, e não para intimidá-las. A intimidação certamente estragaria o objetivo de seus eventos, que era conquistar as mulheres e com elas manter um relacionamento “sugar”.
CAPITALSOCIAL -- Houve divulgação de que o sr. Saul Klein foi alvo de inquérito policial sobre favorecimento de prostituição e exploração sexual de vulnerável no ano passado. Por que o inquérito foi arquivado? É possível fazer alguma relação entre esses casos?
André Boiani -- Referido inquérito policial investigava a alegação de uma mulher que fazia afirmações muito semelhantes às feitas pelas supostas vítimas do procedimento atualmente em andamento. E nem poderia ser diferente, já que a pessoa que se afirmou vítima no primeiro inquérito, já devidamente arquivado, fez parte do grupo que, em abril de 2019, intensificou o achaque ao Sr. Saul Klein em busca de dinheiro para não expor, publicamente, seus eventos. O arquivamento se deu, a pedido do Ministério Público, após profunda investigação da Polícia Civil de São Paulo, que deixou clara a inexistência de qualquer elemento que apontasse para a veracidade da absurda acusação contra o Sr. Saul Klein. Antes de abril de 2019 outras pessoas – várias delas agora tratadas como “supostas vítimas” – já haviam tentado obter vantagem indevida do Sr. Saul Klein através da utilização de argumentos parecidos com os que surgiram agora – todos absolutamente falsos, mas que, expostos ao público pela imprensa, certamente trariam prejuízos.
CAPITALSOCIAL – Como se explica que algumas das mulheres obtiveram sucesso nas investidas contra o senhor Saul Klein?
André Boiani -- É verdade que algumas delas inicialmente obtiveram algum sucesso financeiro em seu intento criminoso, aproveitando-se de um período em que o Sr. Saul Klein sofreu com grave depressão. Uma vez recuperado, porém, em março de 2019 ele se afastou por completo dessas pessoas e, não por acaso, passou a ser ainda mais constantemente achacado por notificações, reclamações trabalhistas, processos cíveis e investigações criminais, em cujos procedimentos ele vem esclarecendo a verdade e obtendo resultados amplamente favoráveis.
CAPITALSOCIAL – O senhor acredita em resultado semelhante agora?
André Boiani -- Está certo o Sr. Saul Klein de que o destino da nova investigação será o mesmo do inquérito anterior, ou seja, o arquivo, já que ele nunca praticou qualquer ato ilícito. Até lá, porém, ele também sabe que estará sujeito a injusto julgamento moral público provocado por pessoas inescrupulosas que, sem apreço pela verdade e objetivando exclusivamente ganho patrimonial – e, talvez, político – indevido, buscam dar divulgação a um caso que tramita sob rigoroso sigilo de justiça, circunstância que impede o próprio Sr. Saul Klein de expor todos os responsáveis por essa situação.
CAPITALSOCIAL -- O Sr. Saul Klein reconhece ter mantido relações sexuais com todas as alegadas vítimas?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein, por nome, não consegue se recordar de todas as alegadas vítimas; algumas delas ele tem certeza de ter conhecido na condição de modelos que participaram de eventos por ele promovidos, e, sobre essas, pode afirmar que todas as atividades realizadas, de natureza sexual ou não, foram consentidas legitimamente.
CAPITALSOCIAL – Afinal, o que está por trás de tudo isso?
André Boiani -- O Sr. Saul Klein vem sendo vítima, há algum tempo, de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele, através da realização de ameaças e da apresentação de acusações falsas em âmbito judicial, policial e midiático. Várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação. Quando perceberam que esse tempo acabou, passaram a difamá-lo publicamente. Ele sente profunda indignação diante desse quadro, mas se defende com toda a tranquilidade, pois tem absoluta confiança na Polícia, no Ministério Público e no Poder Judiciário, que já atestaram sua inocência em investigação anterior e certamente o inocentarão mais uma vez.
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10/05/2024 Todas as respostas de Carlos Ferreira