A espetacularização do caso Celso Daniel continuou em outubro. Primeiro, com a morte do legista Carlos Delmonte Printes. Segundo, com a acareação entre o chefe-de-gabinete do governo Lula da Silva, Gilberto Carvalho, e os irmãos João Francisco e Bruno Daniel Filho. Não faltaram papagaios de pirata para acrescentar ares de dramatização. Por isso, não é exagero afirmar que o caso Celso Daniel parece cada vez mais um Fla-Flu, com direito, inclusive, a torcidas organizadas.
A diferença é que, ao contrário dos estádios de futebol, as torcidas organizadas estão nas esferas superiores de poder do País. Mais precisamente na CPI dos Bingos, arena onde Gilberto Carvalho e os tensos irmãos de Celso Daniel se enfrentaram num show de resultado esperado: nem os Daniel tiveram a sinceridade de reconhecer que não acompanhavam nada dos costumes políticos do irmão famoso, tanto se distanciaram dele, nem Gilberto Carvalho caiu na arapuca de levemente admitir que Santo André era suposto laboratório do que mais tarde se descobriu e se rotulou de mensalão.
Em circunstâncias normais, a morte do perito Carlos Delmonte não evocaria a mais leve dúvida: ele estava rompido com a mulher e resolveu se matar, como atesta uma carta escrita do próprio punho. Mas como Delmonte era peça chave para uma vertente que apura o caso Celso Daniel, virou celebridade mesmo antes de seu corpo ter sido encontrado em seu escritório. A bateria de exames do cadáver do legista que chefiou a equipe do Instituto Médico Legal no laudo de corpo de delito de Celso Daniel descartou preliminarmente a hipótese de morte natural. Foi o suficiente para que se lançassem dúvidas sobre eventual autoria de possível assassinato. Nem mesmo as declarações de familiares de que Delmonte não recebeu qualquer tipo de ameaça nos últimos tempos desmobilizou a idéia fixa de que, por ser a sétima vítima envolvida no caso Celso Daniel, conviria desconfiar.
Água demais
Entre a morte provavelmente por envenenamento de um dos legistas do caso Celso Daniel e a manchete exclusiva do “Estadão” de que a probabilidade de suicídio se robustecia (”Carta de despedida reforça tese de suicídio de legista” — eis a manchete daquele jornal em 21 de outubro), muita água rolou sob a ponte de especulações. O corpo de Delmonte foi encontrado na madrugada de 12 de outubro e o que se firmou no inferno de conjecturas do noticiário sempre espetaculoso foram manchetes e reportagens invariavelmente em forma de lenha na fogueira de suposta relação com o caso Celso Daniel. Traduzindo: os acusados de terem encomendado a morte do prefeito estariam também por trás da sétima vítima.
Apesar de evidências de que cometeu suicídio, Delmonte virou prato cheio de dúvidas. De pouco adiantou, mesmo depois da reportagem do Estadão, saber-se que ele escreveu uma carta do próprio punho se despedindo da mulher que o abandonara. E muito menos a informação que, um dia antes, telefonara para a ex-sogra e, num tom de desespero, transmitiu-lhe mensagem de adeus. Ao constar dos inquéritos do caso Celso Daniel, Delmonte agregou compulsoriamente a condição de vítima de crime sob encomenda.
Por essas e por outras o delegado-titular do DHPP, Armando de Oliveira, presidente dos inquéritos que definiram o caso Celso Daniel como crime comum, preferiu silenciar-se. Mas não faltam entre investigadores da Polícia Civil de São Paulo informações de que o legista corria atrás de 15 minutos de fama quando surgiu em cena ao afirmar que o então prefeito de Santo André foi torturado pelos sequestradores.
A posição de Delmonte foi relatada ao Ministério Público de Santo André no final de agosto. Os promotores declararam então que o depoimento de Delmonte dava novos rumos à investigação sobre a morte de Celso Daniel. “O perito deu um passo além de nossa investigação. Nós trabalhávamos com a hipótese de crime de mando. Eles nos mostrou que houve um crime por ódio” — afirmou o promotor de Justiça Roberto Wider.
Individualista
Fontes da Polícia Civil observam a atuação de Carlos Delmonte sob outro ângulo. Ele estaria vivendo momentos pessoais complicadíssimos depois da separação da mulher e procurava, de todas as formas, chamar a atenção como compensação que pudesse, quem sabe, recolocá-lo nos braços de quem se confessou, em carta, apaixonadíssimo. O relacionamento que mantinha com a equipe de legistas do Instituto Médico Legal seria tumultuoso. À parte a competência, Delmonte seria agudamente egocêntrico e de difícil trato.
O delegado Armando de Oliveira evita imiscuir-se nos bastidores policiais. Só lamenta que a atuação pública do legista morto na madrugada de 12 de outubro, inclusive com participação no programa de Jô Soares, não estivesse sincronizada com o exame necroscópico do corpo de Celso Daniel. O material assinado por Carlos Delmonte e outros três especialistas (Issao Kameyama, Paulo Argarate Vasques e Flávio Cavalcante) não faz qualquer referência à tortura, no sentido mais tarde enfatizado ao MP e à mídia. “Celso Daniel foi assassinado com oito tiros — explica o delegado — mas não há nada no laudo necroscópico que fuja das consequências dos impactos”. Nem nos anexos tão reclamados pelos irmãos de Celso Daniel. Os anexos são, segundo o delegado, a matriz da conceituação de que o assassinato não tem parentesco com tortura.
O delegado do DHPP sorri quando lê nos jornais que um outro ponto da necropsia de Celso Daniel reforçaria a tese de crime político e, portanto, fora da consumação das investigações policiais. “Jamais soube, e tenho muitos anos de Polícia, começando como investigador, que eventual cueca do avesso significa na linguagem de marginais que se executou um traidor. Posso garantir que isso não passa de equívoco” — disse Armando de Oliveira, referindo-se ao fato de que Celso Daniel apresentava essa singularidade quando foi executado. “Já perdi a conta de quantas vezes vesti cueca do avesso” — brinca o delegado.
Recordar é saber
A mídia tem memória curta para pelo menos questionar e dirimir dúvidas sobre os estragos no corpo de Celso Daniel. Fosse menos pontual e corresse os olhos sobre arquivos de notícias, o que parece complicado simples se tornaria. O caso de suposta tortura de Celso Daniel é a exatidão dessa realidade. Em 23 de janeiro de 2002, portanto dois dias depois do sepultamento do prefeito de Santo André, o jornal “Estadão” publicou em manchete de página: “Prefeito foi torturado pelos sequestradores”. Os principais trechos da reportagem:
O laudo do Instituto Médico Legal, recebido pela Polícia Técnico-Científica do Estado, vai confirmar o que líderes petistas que acompanharam a necropsia e o reconhecimento do corpo do prefeito de Santo André, Celso Daniel, já sabiam: ele foi torturado por seus sequestradores. O corpo mostra sinais de que Celso Daniel foi brutalmente espancado e sofreu várias fraturas, que desfiguraram o rosto”.
A matéria do “Estadão” é toda construída em off, ou seja, sem apontar nominalmente os autores das informações. Na edição seguinte, 24 de janeiro de 2002, o mesmo “Estadão”, desmentiu a informação sob o título “Diretor do IML nega tortura de Daniel”. Os principais trechos:
O diretor do IML, José Jarjura Jorge Júnior, disse ontem que os exames dos médicos legistas não constataram sinais de tortura no corpo de Celso Daniel. “Ele não foi torturado pelos sequestradores. Os ferimentos encontrados pelos legistas no corpo foram de natureza leve”. Jarjura acrescentou que só havia ferimentos graves provocados pelos tiros. “Um que fraturou a mandíbula e os outros que acertaram diversas partes do corpo”. (…) O deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, que acompanhou a necropsia, também negou a possibilidade de Daniel ter sido torturado: “Não percebi sinais de tortura” — afirmou. Para o parlamentar, “a hipótese só poderia ser levada em conta se o corpo tivesse escoriações generalizadas ou queimaduras”.
Mais de dois anos depois, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem sobre a suposta tortura de Celso Daniel, ao repercutir entrevista coletiva dos irmãos João Francisco e Bruno Daniel de que o prefeito foi torturado para que revelasse alguma informação. Mostraram fotos com sinais no peito, costas, perna, mão e cabeça. Alguns trechos da reportagem:
Os laudos técnicos que tratam das marcas de violência no corpo do prefeito de Santo André não conseguem esclarecer se houve tortura — dado que poderia derrubar a versão dos sequestradores do prefeito e reforçar a acusação de crime político. Há no conjunto de 700 páginas do processo, apresentado pela família à Imprensa, dois laudos que tratam do corpo do prefeito. Um é o exame necroscópico feito pelo IML. O outro é um parecer feito com base em fotografias da necropsia e no laudo do IML, pelo então Centro de Apoio Operacional à Execução do Ministério Público. O IML usa o termo “tortura” em seu laudo de forma diferente do significado mais popular — violência infligida a alguém para obter uma informação, por exemplo. A definição que o laudo dá à tortura é a seguinte: “Consideramos como tortura, senso geral, os achados descritos no item anterior acrescido de multiplicidade e localização dos tiros, além de sinais compatíveis com contato de cano (boca de cano) da arma aquecido com o contorno posterior do tronco”.
Segue a Folha de S. Paulo:
O “item anterior” citado no laudo foi o “tempo de agonia” da vítima, estimado em “minutos”. “Consideramos tal agonia como intensa, baseados nos mesmos achados e na observação de espasmo cadavérico, expressão de terror e material expelido pelo corpo por vias naturais”.
Por fim, aquela reportagem da “Folha” chega ao ponto mais importante do laudo, mas invariavelmente esquecido quando se trata de polemizar o sentido do termo “tortura”:
A explicação dada no laudo às marcas no corpo do prefeito é o que os legistas chamam de “fragmentação”. Uma bala, em contato com o corpo, ossos ou mesmo o chão, após atravessar a vítima, explodiria em vários pedaços, causando os ferimentos em outras partes do corpo. Celso Daniel foi morto com oito tiros — escreveu o jornal paulistano.
A reportagem publicada no ano passado continuou:
No parecer técnico elaborado pelo Ministério Público, os promotores perguntam que tipo de fenômeno poderia causar a “fragmentação do projétil e sua transposição do tecido da calça da vítima para fixação na coxa”.
Os peritos responderam: “De acordo com o laudo da reconstituição, a vítima ficou ajoelhada, posição que poderia explicar a fragmentação dos projéteis no solo próximo à vítima em alguma superfície dura (pedra) — publicou a “Folha”.
Como se pode avaliar, há muito tempo que o corpo de Celso Daniel encontrado na estrada de terra batida de Juquitiba, na Grande São Paulo, é motivo de interpretações. Mas, ao contrário do que sugere o título em contraposição à essência do texto daquela reportagem da “Folha”, a posição do IML é peremptoriamente enfática sobre a inexistência de “tortura” no sentido de criminalização política do caso Celso Daniel.
O silêncio dos demais profissionais que atuaram no caso em nome do Instituto Médico Legal é avaliado por fontes policiais como estratégico: eles sabem exatamente o que assinaram em conjunto com o legista Carlos Delmonte e acompanharam com espanto resignado o individualismo interpretativo do provavelmente suicida. Em suma, não querem ser devorados principalmente por uma mídia que transforma em carnaval tudo sobre o caso Celso Daniel. Mais que isso: a informação de que não houve tortura, que jogaria por terra a versão do Ministério Público, pode ter tratamento minimizado, quando não desclassificatório. A ordem unida de sapatear sobre supostos mandantes aterrorizaria os especialistas do IML.
Beneficiados por esse ambiente, os irmãos João Francisco e Bruno Daniel estão cada vez mais empenhados em jogar um caminhão de areia sobre os inquéritos policiais e os supostos mandantes do crime. Se antes apenas João Francisco parecia empenhado em fazer barulho e alinhar-se aos promotores de Justiça, agora nem o mais discreto Bruno Daniel abre mão da parceria. A morte do legista serviu de palco para que expusessem preocupação que até recentemente negavam: cobraram proteção especial. Tanto um quanto outro foram ao sepultamento de Carlos Delmonte. E não perderam a oportunidade que a mídia ofereceu em busca de audiência. Aparentemente bem afinados na linguagem de vítimas potenciais, João Francisco e Bruno Daniel dão a certeza de que compartilharam intensamente os sucessos do irmão famoso.
Na realidade, o primeiro por razões ideológicas e o segundo por desgaste partidário, só se encontravam com Celso Daniel em festas de aniversário da família. Ou quando João Francisco o procurava para fazer lobby em nome de empresas de transporte coletivo de Santo André.
Foi isso, aliás, que o ex-seminarista Gilberto Carvalho lhe disse em tom sereno de pastor durante a acareação da CPI dos Bingos, em Brasília. Esperando o golpe, João Francisco não perdeu tempo: levou aos senadores algumas fotos para tentar atenuar a ruptura familiar que os amigos mais próximos de Celso Daniel confirmam em depoimentos. Aliás, os próprios irmãos João Francisco e Bruno Daniel expuseram o distanciamento nos depoimentos prestados à Polícia Civil em 2002.
Tudo previsto
A CPI dos Bingos serviu de palco para os irmãos de Celso Daniel relatarem aos senadores o que há muito declararam à mídia: o chefe-de-gabinete do presidente Lula da Silva, Gilberto Carvalho, teria dito a eles que a morte do prefeito estaria ligada a esquema de extorsão montado em Santo André para financiar o PT. Gilberto Carvalho atribuiu as acusações dos Daniel a interesses políticos, depois de negar ter entregue R$ 1,2 milhão em propina ao então deputado José Dirceu.
A acareação seguiu o mesmo ritmo do começo ao fim: os irmãos Daniel reafirmando que Gilberto Carvalho mentia ao negar que tenha dito que carregava dinheiro de propina para José Dirceu e o chefe-de-gabinete do presidente da República respondendo que tudo não passava de imaginação criativa dos oponentes.
O clímax da acareação partiu de João Francisco, que desafiou Gilberto Carvalho a submeter-se a detector de mentiras de tecnologia internacional. O assessor de Lula da Silva só respondeu mais tarde, quando inquirido por um dos senadores. Disse que aceitava o desafio. Dois dias depois o jornal “Folha de S. Paulo” publicou uma matéria que, com base em análise de um detector de mentiras das falas do chefe-de-gabinete do presidente Lula, concluiu que ele disse a verdade ao negar o episódio relatado por Bruno Daniel sobre transporte de dinheiro ilegal para José Dirceu.
Segundo a “Folha”, a análise foi feita pelo programa de computador LVA, que usa a tecnologia AVM, desenvolvida pela empresa israelense Nemesysco. Segundo o laudo final, assinado pelo perito da Truster Brasil, Mauro Nadvorny, Gilberto Carvalho não disse aos irmãos de Celso Daniel que transportava dinheiro. “É verdade que ele não entregou dinheiro a Dirceu”. Segundo o programa de detecção de mentiras, “não é verdade que tenha sido comentada a propina e provavelmente não é verdade o envio de dinheiro”, publicou a “Folha”.
As sete horas de acareação foram inúteis para a elucidação do caso Celso Daniel. Nem poderia se pretender o contrário, porque a raiz da CPI dos Bingos não é exatamente a derrubada da selva de dúvidas ou supostas dúvidas que permeiam o assassinato do prefeito. O que se busca de fato, diante do quase que integral desconhecimento dos senadores sobre o assunto, é plantar muitas mudas de conflitos e intrigas num enredo por si só complexo porque mais do que nunca está imerso num oceano de interesses político-eleitorais decorrentes das denúncias de caixa dois no governo Lula da Silva.
Metralhamento
Talvez a maior novidade do acareamento seja a confirmação da agora incisiva participação dos irmãos de Celso Daniel no metralhamento do PT. Se antes pareciam discretos, de uns tempos para cá se prestam a incentivar a interpretação de crime político sem dar conta de que ultrapassam limites de cautela e, com isso, atiram contra o próprio patrimônio de legítimo interesse familiar em jogo. Não faltam, nesse sentido, exemplos de descuidos.
Primeiro, o pedido público de segurança pessoal depois da morte do legista Carlos Delmonte. Segundo, a declaração de João Francisco, logo à abertura da acareação, de que Carlos Delmonte foi assassinado. Uma precipitação porque havia mais de uma semana se noticiado como mais que provável a condição de suicida do legista. Terceiro, a insistente desclassificação das investigações do DHPP da Polícia Civil de São Paulo, desprezando-se o fato de que também o DEIC e a Polícia Federal concluíram por crime comum.
As declarações de João Francisco e Bruno Daniel são cada vez mais semelhantes às interpretações do Ministério Público em Santo André, com o qual teriam pactuado a preservação da memória de Celso Daniel quando da solicitação de reabertura do inquérito policial após a conclusão de que o assassinato não tem relação com a administração pública. O tempo passou, Celso Daniel acabou no mesmo suposto saco de gatos de quadrilheiros que teriam encomendado sua morte e os irmãos João Francisco e Bruno Daniel se mostram mais empenhados do que nunca em provar que o suposto caixa dois petista e o assassinato de Celso Daniel são metades da mesma laranja.
Tudo por causa de um suposto dossiê denunciatório de Celso Daniel contra os supostos mandantes do assassinato. Algo surrealista quando se sabe que, pela versão do MP, Celso Daniel igualmente participava das falcatruas, a ponto de se deixar colher com sacos de dinheiro sob os lençóis em seu apartamento, segundo uma recente revelação da faxineira que, em 2002, ouvida no calor do crime pelo DHPP, não fez qualquer registro sobre eventual deslize do prefeito.
Tio gélido
Não parece, entretanto, que os irmãos Daniel tenham saído incólumes da acareação preparada pelos oposicionistas do governo Lula da Silva, maioria na CPI dos Bingos. A frieza com que Bruno Daniel se referiu à filha de Celso Daniel com a socióloga Ivone Santana conferiu ao vivo e em cores a dificuldade que a família Daniel encontra para lidar com a paternidade desse outro fantasma do irmão famoso. Num lance inimaginável, Bruno Daniel respondeu a Gilberto Carvalho sobre Liora, a filha de Celso Daniel: “Estamos esperando o rito processual dos exames para nos posicionar”.
Sabe-se que, comunicada sobre a resposta do tio Bruno Daniel, Liora futuramente Daniel teria balançado a cabeça numa réplica mais que perfeita do gesto que Celso Daniel costumava repetir toda vez que se sentia contrariado. Liora, 20 anos, estudante de jornalismo, é um clone feminino de Celso Daniel. A semelhança é tamanha que, não houvesse a obrigatoriedade da liturgia processual que se utiliza de recursos tecnológicos, a Justiça trataria de lhe conceder o sobrenome do pai e também o apartamento em que Celso Daniel morava e que, alugado, rende algumas centenas de reais aos irmãos. Aliás, o primeiro exame de DNA a que se submeteu já deu a resposta que o segundo jamais negará porque a paternidade está na cara, nos gestos e até mesmo no andar desengonçado da futura jornalista.
Total de 193 matérias | Página 1
11/07/2022 Caso Celso Daniel: Valério põe PCC e contradiz atuação do MP