Caso Celso Daniel

Quem disse que agente funerário
morreu por causa do sequestro?

DANIEL LIMA - 05/03/2006

Continua a ruir estrepitosamente o edifício de fantasias que transformou sete mortes de alguma forma relacionadas ao caso Celso Daniel em elementos de desconfiança de suposto esquema para liquidar anunciadas testemunhas-chaves. Depois de comprovado o suicídio induzido do médico legista Carlos Delmonte em outubro do ano passado, agora foi a vez de esclarecer-se como virou estatística criminal o agente funerário que recolheu o corpo de Celso Daniel na estrada vicinal de Juquitiba, na Grande São Paulo, na manhã de 20 de janeiro de 2002.


Diferentemente de dezembro de 2003, quando a Imprensa abriu espaços generosos para anunciar o assassinato de Iram Redua, com carga de suspeita de possível queima de arquivo, desta vez, em 22 de fevereiro último, o tratamento foi discretíssimo. O assassino de Iram Redua foi apresentado pelo delegado titular do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), Armando de Oliveira e praticamente não saiu do anonimato.


A disposição da mídia em sustentar a versão de crime encomendado dos promotores públicos de Santo André é tão explícita que Alexandre Almeida Moraes, o criminoso, provavelmente receberia todas as honras de celebridade se a autoria dos disparos contra Iram Redua não fosse a mando de Fábio Hervelha Schunk, mas sim de Sérgio Gomes da Silva ou de qualquer um dos suspeitos sugeridos pelos integrantes do Gaerco.


Para azar de quem gosta de drama e espetáculo, Alexandre Almeida Moraes participou do crime porque Iram Redua tentou furar o monopólio da empresa de Shunck, que, segundo o delegado Armando de Oliveira, “dominava por meios ilícitos, através de propina, os serviços funerários da zona Sul da Capital e das cidades vizinhas”. O delegado Armando de Oliveira Costa Filho afirmou que as provas levantadas para a elucidação do crime servirão também para a abertura de novo processo sobre corrupção nesse tipo de negócio naquela região da Grande São Paulo.


Os jornais mais importantes do País deram pouca importância à prisão anunciada pela Polícia Civil de São Paulo porque, cada vez mais, estão encalacrados: compraram inadvertidamente a versão de crime encomendado defendida pelo Ministério Público e tudo que trafegasse na órbita de supostas ou verdadeiras testemunhas do caso Celso Daniel passou a acrescentar significado especialíssimo. Entretanto, como prova a morte do agente funerário e também, embora relutantemente, o suicídio do legista Carlos Delmonte, histórias suplementares ao sequestro e morte de Celso Daniel não são compatíveis com a teoria de crime de encomenda. Os fatos não costumam flertar definitivamente com os boatos.


Testemunha importante
Numa entrevista a uma emissora de rádio da região o promotor criminal Amaro José Thomé Filho procurou desqualificar o encontro que a Polícia Civil preparou para apresentar o matador do agente funerário. O promotor tratou o evento como pífio, porque supostamente desimportante. Não é o que prova a cronologia dos fatos.


A morte de Iram Redua foi tratada desde o princípio pela mídia como reação dos mandantes à possibilidade de revelarem-se supostas marcas de tortura no corpo de Celso Daniel. Seria Iram Redua um perigo para a versão de crime comum, porque ele foi o primeiro a ver o corpo estirado de Celso Daniel abatido por oito tiros. A descoberta de que Iram Redua foi vítima de um crime de mando que nada tem a ver com o caso Celso Daniel fez murchar o ímpeto da mídia.


Para sorte da maioria dos editores dos principais jornais, que provavelmente teriam dificuldades em esconder ainda mais a coletiva preparada pela Polícia Civil de São Paulo, no mesmo dia em que era apresentado o assassino do agente funerário o empresário João Antonio Setti Braga compareceu à sempre espetacularizadora CPI dos Bingos, em Brasília, e repetiu a mesma história de três anos e meio atrás à Câmara de Vereadores de Santo André: ele sofreu extorsão da Prefeitura entre 1997 e 2000, durante o governo de Celso Daniel. Disse que tentou advertir o então prefeito sobre a propina, mas não conseguiu ser recebido.


Os detalhes sobre a suposta operação de propina em Santo André são pouco importantes, porque repetitivos, mas foram destacados pelos jornais. O Ministério Público resolveu, em 2002, entrecruzar as supostas propinas com a morte de Celso Daniel para chegar à conclusão de crime de mando. Diferentemente da Polícia Civil e da Polícia Federal que não encontraram nada que consumasse dinheiro e morte, apesar de intensas investigações inicialmente voltadas para esse viés do crime, o que levou ao desgaste do relacionamento com dirigentes petistas de Santo André.


Nova postura
Talvez até mais relevante que a própria e decisiva prisão do assassino do agente funerário seja a nova postura do DHPP, cujo titular resolveu sair do casulo. Em novembro do ano passado, Armando de Oliveira protagonizou a Reportagem de Capa com os promotores criminais Amaro José Thomé Filho e Roberto Wider Filho. Os promotores defenderam as investigações que realizaram para fundamentar a versão de crime de mando. Já o representante do DHPP pormenorizou informações que sustentam a versão de crime comum.


Foi a primeira vez que Armando de Oliveira resolveu conceder entrevista à mídia, depois de proibido durante três anos pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, comandada pelo promotor público Saulo de Castro Abreu.


Mas foi mesmo a entrevista de Reportagem de Capa de fevereiro último com o delegado André Di Rissio, com contundentes críticas ao governo do Estado, à Secretaria de Segurança Pública e aos promotores públicos de Santo André, que fez Armando de Oliveira e sua equipe quebrarem o gelo da discrição e a levar para a mídia o autor do assassinato do agente funerário.


O titular do DHPP também fez relato detalhado sobre as demais testemunhas do caso Celso Daniel que engrossaram a estatística de mortes. Ele praticamente repetiu tudo que afirmou em novembro. Aliás, a prisão de Alexandre Almeida Moraes foi antecipada naquela entrevista, quando o delegado disse que o caso estava para ser concluído. Armando de Oliveira enfatizou naquela entrevista a acidentalidade da morte de Celso Daniel, apanhado por uma quadrilha de pés-de-chinelo que pretendiam sequestrar um comerciante do Ceagesp, cuja identidade e fotos foram exibidas também em novembro. Na mesma edição, membros do MP de Santo André afirmaram que o comerciante era ficção policial.


Fevereiro quente
A prisão do executor da morte do agente funerário não foi a única novidade do caso Celso Daniel em fevereiro e início de março. Pelo menos mais quatro situações revelam que o crime e suas variáveis vão espicaçar a paciência de quem quer ver o assunto resolvido. Bruno Daniel, irmão mais novo de Celso Daniel, deixou o Brasil com a mulher Marilena Nakano e três filhos. O irmão João Francisco Daniel, porta-voz da notícia, antecipou que também pretende deixar o Brasil. Antes disso, na CPI dos Bingos, um senador tucano foi acusado por um depoente. O ambiente que parecia pronto para esquartejar o PT acabou tumultuado.


Para completar, numa visita ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, ouvido por pelo menos seis dezenas de lideranças de fábricas, o senador Eduardo Suplicy fez estranho comentário que gerou imediata reação petista. Na semana seguinte, levou a delegada Elisabete Sato à Prefeitura de Santo André.


A retirada de Bruno Daniel e familiares frequentou com o estardalhaço esperado o noticiário de emissoras de rádio, televisão e sítios de Internet em 2 de março, além das páginas dos jornais no dia seguinte. Bruno Daniel, a mulher e os três filhos teriam deixado o Brasil por causa de ameaça de morte. O destino não foi revelado. Os filhos estariam em lugares diferentes dos pais. Mas há informações que colocam a França como pátria temporária da família. O irmão João Francisco disse: “Eles foram embora por causa dessa covardia brutal. Estão ameaçando de morte nossas filhas” — disse o oftalmologista que em 2002 denunciou suposto esquema de arrecadação de propina na Prefeitura de Santo André, para financiamento de campanhas eleitorais do PT.


Segundo João Francisco, desde que ele e o irmão Bruno Daniel estiveram na CPI dos Bingos, em setembro do ano passado, e repetiram denúncias contra o governo petista, a família passou a receber ameaças. Uma carta anônima e um e-mail, do Rio de Janeiro, alertariam sobre planos de sequestro da filha de Bruno Daniel e de sua própria filha, médica de 31 anos. “O morador de uma favela de Mauá confirmou que estavam tramando o sequestro e o assassinato de nossas filhas” — disse.


As denúncias da família Daniel são relevantes entre outras razões porque está em fase final o inquérito da delegada Elisabete Sato e do Ministério Público de Santo André sobre a morte de Celso Daniel. Embora os promotores criminais Roberto Wider Filho e Amaro José Thomé Filho afirmem que o empresário Sérgio Gomes da Silva não é objeto de investigações, porque estaria consolidada participação no crime com a denúncia oferecida e aceita pelo juiz da 1ª Vara de Itapecerica da Serra, a realidade é que o novo inquérito comandado por Elisabete Sato procura reconstruir a trajetória do crime.


A mesma Elisabete Sato que atuou na linha de frente da força-tarefa da Polícia Civil em 2002. Ela, portanto, colaborou nas investigações que chegaram à conclusão de crime comum, resultado questionado pelo Ministério Público.


A veracidade das declarações de João Francisco Daniel para explicar a migração forçada do irmão Bruno Daniel e familiares está sendo investigada entre outras razões porque pode ser mais um capítulo de imprecisões. A pedido do presidente Lula da Silva, o serviço de inteligência da Polícia Federal investigou no final do ano passado se familiares do prefeito estavam sofrendo ameaças de morte — revelou o jornal Folha de S. Paulo em 3 de março. Segundo um integrante da cúpula do governo, a PF concluiu que as ameaças não mereciam crédito.


Numa entrevista ao jornal Repórter Diário de 6 de março, o promotor criminal Roberto Wider afirmou que a decisão dos irmãos João Francisco e Bruno Daniel deixarem o País por medida de segurança poderá prejudicar a continuidade das investigações. “A saída dos irmãos do Brasil traz prejuízos, sim, pois sempre que avançamos com as investigações eles ajudavam com outras informações, indicando provas ou testemunhas”, disse o promotor.


As informações prestadas pelos irmãos João Francisco e Bruno Daniel não são necessariamente confiáveis. Tanto que 15 dias após o assassinato de Celso Daniel eles afirmaram em depoimento à Polícia Civil de São Paulo que não tinham conhecimento de qualquer situação que pudesse sugerir crime de encomenda. Pouco tempo depois, resolveram mudar a versão e relacionar o crime ao suposto esquema de propina.


João Francisco disse também pouco tempo depois do crime que Celso Daniel morreu provavelmente por causa de espancamento. Defendia a versão com base na interpretação pessoal do laudo de necropsia e anexos. No mês passado o legista Paulo Vasques afirmou enfaticamente que Celso Daniel não sofreu espancamento. Morreu única e exclusivamente sob impacto de oito tiros.


Politização
Como não está descartado mais um capítulo de politização do crime pelos membros da família Daniel, a possibilidade de novas investigações policiais ganha roupagem especial. Embora não tenha havido acusação direta a qualquer membro do PT como eventual interessado em atingir a família Daniel, o promotor criminal Roberto Wider lamentou em entrevistas a liberdade concedida ao empresário Sérgio Gomes da Silva em julho de 2004 por meio de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) do ministro Nelson Jobim.


Bruno Daniel e Marilena Nakano mantinham relações gélidas com Celso Daniel. Tudo porque no primeiro mandato à frente da Prefeitura de Santo André, Marilena Nakano foi demitida do cargo da secretária de Educação. Ela pretendia instalar espécie de República do Professorado Municipal na gestão de Celso Daniel, a partir de uma greve da categoria.


O rompimento afetou o relacionamento com Bruno Daniel, já insatisfeito porque também pretendia ocupar uma secretaria municipal. Celso Daniel resistiu à pressão familiar porque não queria sofrer desgaste com um caso que poderia ser tratado pela Imprensa como nepotismo. A própria indicação de Marilena Nakano provocou críticas por causa dos laços familiares.


Foram Marilena Nakano e Bruno Daniel Filho os precursores da aproximação entre Celso Daniel e Sérgio Gomes da Silva. O então professor de Geografia e História conheceu Bruno Daniel e Marilena Nakano em uma atividade religiosa e, convidado por eles, engajou-se na campanha eleitoral de Celso Daniel, em 1988. Atuava então como motorista e segurança daquele que seria três vezes prefeito de Santo André.


Suplicy na região
Quem colocou fogo nos bastidores do caso Celso Daniel, em meados do mês passado, foi o senador Eduardo Suplicy. Preocupado com a repercussão da atuação na CPI dos Bingos, Suplicy promoveu encontro no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com dezenas de lideranças de fábricas. A emenda soou pior do que o soneto. Uma frase de Suplicy durante as mais de quatro horas de exposição causou inquietação entre petistas.


Eduardo Suplicy disse para uma platéia pouco familiarizada com os meandros do caso Celso Daniel que procuraria a mãe de José Edson da Silva para que ela tentasse convencer o filho a reformular depoimento. Chegou-se a propagar a versão de que o senador teria sugerido que José Edson poderia incriminar empresários de ônibus de Santo André. José Edson é um dos sequestradores de Celso Daniel. Ele teria ouvido informações sobre o assassinato de Dionísio Aquino, que, para os promotores criminais, comandou a operação de arrebatamento de Celso Daniel depois de fugir da Penitenciária de Guarulhos em espetacular resgate de helicóptero um dia antes do sequestro.


As investigações policiais descartam a participação de Dionísio Aquino. Ele teria fantasiado participação no caso para tentar se proteger, porque estava jurado de morte.


A declaração de Eduardo Suplicy causou preocupação. Pelo menos três sindicalistas tomaram medidas imediatas. Um dos primeiros a receber a informação foi o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh, que atuou no caso Celso Daniel por indicação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Greenhalgh tem-se afastado publicamente do caso Celso Daniel.


Greenhalgh concorda com a versão da Polícia de que a morte de Celso Daniel é crime comum, mas reconheceria que insistir na defesa pública poderia afetá-lo eleitoralmente, em contraste com a posição mais simpática de Suplicy, já que a opinião pública observaria o caso majoritariamente sob a ótica do Ministério Público.


A atuação de Eduardo Suplicy há muito incomoda petistas próximos do presidente Lula da Silva. A recomposição da trajetória do senador indica que ele percorre invariavelmente a estrada de condenação de Sérgio Gomes da Silva e da configuração do esquema de caixa dois na Prefeitura de Santo André. Muito próximo dos promotores criminais e da família Daniel, Suplicy praticamente fechou as portas para os advogados de Sérgio Gomes e também para interlocutores do partido em Santo André.


O senador confirma que esteve no Sindicato dos Metalúrgicos. Diz também que chegou a fazer uma visita domiciliar à mãe de José Edson da Silva, quando sugeriu novo depoimento, porque só espera ouvir a verdade. Defende-se das avaliações de que estaria mais próximo das fontes de acusação de crime de encomenda do que das investigações policiais que convenceram o PT a retirar o sequestro de injunções políticas.


Para demonstrar interesse em ver o caso claramente diagnosticado, Eduardo Suplicy manteve contatos com a cúpula da Prefeitura de Santo André e, começo de março, promoveu encontro que os promotores criminais jamais realizaram: a delegada que conduz o inquérito reaberto reuniu-se durante mais de duas horas com o prefeito João Avamileno, o chefe de governo Mário Maurici e pelo menos cinco secretários municipais.


A delegada Elisabete Sato ouviu relatos que não deixaram dúvida sobre uma realidade que o inquérito do Ministério Público negou: as relações entre Celso Daniel, o supersecretário Klinger Sousa e Sérgio Gomes da Silva eram absolutamente normais quando do sequestro. Klinger inclusive contava com as bênçãos de Celso Daniel para gerenciar candidatura à sucessão municipal a partir do novo posto que assumira informalmente, de titular da governabilidade da máquina municipal, função que Celso Daniel lhe atribuíra porque teria de se dedicar à candidatura Lula da Silva.


CPI dos Bingos
A CPI dos Bingos continua às voltas com o caso Celso Daniel. Em 16 de fevereiro a sessão foi tumultuada e encerrada antes do previsto. Tudo porque o juiz federal Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara do Mato Grosso, confirmou à CPI a existência de indícios de que o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), integrante da comissão, e outros tucanos do Estado usaram dinheiro do crime organizado em campanhas eleitorais em 1998 e 2002.


Segundo o juiz, parte desses recursos teria saído das empresas de factoring de propriedade do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, conhecido como Comendador. Condenado a 37 anos de prisão e foragido da Justiça brasileira, Arcanjo está preso no Uruguai desde abril de 2003.


A ida de Julier à CPI dos Bingos tinha o objetivo de ajudar os parlamentares na investigação sobre o suposto envolvimento do comendador João Arcanjo Ribeiro com a morte de Celso Daniel. Com o fim antecipado da sessão, o juiz não conseguiu avançar nas explicações sobre a linha de apuração da suposta sociedade entre Arcanjo e os empresários Ronan Maria Pinto e Sérgio Gomes da Silva em empresas de ônibus em Santo André e Fortaleza.


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