Uma entrevista com o senador Eduardo Suplicy, o encontro do empresário Sérgio Gomes com os sequestradores e assassinos do então prefeito Celso Daniel e a CPI dos Bingos integram o pacote de matérias do jornalista Daniel Lima publicadas em dezembro de 2005 que CapitalSocial reproduz na série especial que conta em detalhes vários ângulos do caso que vai completar 10 anos em janeiro do ano que vem. Com isso, o total de caracteres chega a 179.069, equivalente a 32 páginas impressas em formato revista. Os 41.855 dos três textos se somam aos 137.214 postados anteriormente.
Veja um dos trechos da entrevista com Eduardo Suplicy, publicada na edição de dezembro de 2005 na revista LivreMercado, da qual Daniel Lima era diretor editorial:
Os promotores de Santo André sugeriram naquela “Reportagem de Capa” que os policiais deveriam mudar de profissão. O delegado titular do DHPP afirmou que os promotores são amadores e parciais. Com qual versão o senhor se alinha?
Eduardo Suplicy – Respeito as diferentes versões e, como senador, sinto-me na responsabilidade de colaborar para descobrir a verdade. Não compreendi bem porque os delegados da Polícia Civil descartaram o depoimento de Ailton Feitosa e a própria revelação de Dionísio Aquino Severo, feita ao Dr. Romeu Tuma Jr., de que havia participado do sequestro de Celso Daniel após a sua fuga de helicóptero da penitenciária de Guarulhos. E por que o Dr. Armando de Oliveira Costa, perante cerca de sete promotores que testemunharam a cena, deu um soco na mesa e ficou irritado com Ailton Feitosa quando ele revelou esse episódio?
Agora alguns parágrafos do texto que trata diretamente de Sérgio Gomes da Silva:
O homem que acompanhava Celso Daniel na fatídica noite de 18 de janeiro ficou frente a frente com os sequestradores de Celso Daniel numa das duas acareações. Nas duas sessões, a CPI dos Bingos tendo a frente o senador petista Eduardo Suplicy, buscava aproximar Sérgio Gomes dos delinquentes e, dessa forma, conferir ao enredo o desenho de crime encomendado defendido pelo Ministério Público. O resultado foi desalentador para os senadores: os sequestradores negaram conhecer Sérgio Gomes e confirmaram depoimentos à Polícia quando capturados em situações e momentos diferentes pouco tempo depois do crime: Celso Daniel foi vítima de crime comum, banalizado naquele período na Grande São Paulo.
Agora a abertura da matéria de dezembro de 2005 que analisou a CPI dos Pingos:
Klinger Sousa, Ronan Maria Pinto e Rosângela Gabrilli depuseram em novembro na CPI dos Bingos sobre o caso Celso Daniel. O balanço final foi comemorado por todos eles. Klinger Sousa teve desempenho técnico que, independentemente de juízo de valor, mostrou o quanto a maioria dos senadores nem de longe se aproxima da didática de um professor universitário que conhece como poucos os meandros da administração pública. Ronan Maria Pinto praticamente se esgueirou de todas as perguntas com simplicidade. Rosângela Gabrilli incursionou por via idêntica de convencimento, com a diferença de que, ao contrário de Klinger e de Ronan, permeou desempenho pela enfática afirmação de que havia espécie de mensalão no setor de transporte coletivo de Santo André para abastecer suposto caixa dois da Prefeitura dirigida por Celso Daniel.
Acessem as matérias completas:
Suplicy garante que só quer ajudar a apurar a verdade
Sérgio Gomes vive melhor momento desde sequestro
Klinger, Rosângela, Ronan, MP e Ivone depõem na CPI
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