Dando sequência à serie especial sobre o caso Celso Daniel, que reproduz integralmente os textos produzidos pelo jornalista Daniel Lima a partir de outubro de 2005 na revista LivreMercado e também na então newsletter CapitalSocial, chegamos ao sexto capítulo com novos 38.223 caracteres. Somados aos anteriores 277.691, a série alcança 315.915.
Uma entrevista inédita com um dos legistas que acompanhou a necropsia do corpo do então prefeito de Santo André fortalece as investigações policiais que concluíram não haver qualquer indício de tortura no sentido político que se pretendeu estabelecer para vincular o assassinato a desvios administrativos na gestão pública em Santo André.
O que os leitores encontram também nessa nova bateria de textos do jornalista Daniel Lima é a mais bem acabada produção editorial sobre o crime que abalou o Brasil em janeiro de 2002. Embora tenha acompanhado as investigações ao longo dos primeiros anos, Daniel Lima aprofundou a cobertura jornalística em 2005, por conta dos desdobramentos da chamada CPI dos Bingos, que inseriu a morte de Celso Daniel nos debates para, conforme afirmou, espetacularizar a politização daquela ferramenta constitucional supostamente de esclarecimentos.
O que se viu, como o jornalista relatou durante várias edições, foi um jogo de encenações que de alguma forma e contra a vontade de quem pretendia levar escuridão onde havia luminosidade, acabou por permitir que agentes policiais de São Paulo fossem, finalmente, levados à mídia. Até então, eles estavam proibidos de dar informações, por determinação da Secretaria de Segurança Pública do governo do Estado. Diferentemente dos promotores criminais escalados especificamente para atuar em investigações paralelas e que tiveram total exposição midiática.
Leiam o novo pacote da série:
Legista explica que “tortura” é essência e rotina em sequestro
Quem disse que agente funerário morreu por causa do sequestro?
Promotores reiteram crime de encomenda e criticam delegado
Total de 193 matérias | Página 1
11/07/2022 Caso Celso Daniel: Valério põe PCC e contradiz atuação do MP