Política

Afinal, como tem se comportado
a administração de Luiz Marinho?

DANIEL LIMA - 01/02/2011

Agora já se passaram 25 meses desde que o ex-metalúrgico e ex-ministro de Estado Luiz Marinho assumiu a Prefeitura de São Bernardo, convertendo em realidade um sonho antigo desse pupilo do então presidente Lula da Silva. E como terão sido esses dois anos de Luiz Marinho? Resolvi preparar um texto, nos próximos dias, para explorar vários ângulos da gestão Marinho. Prometo que vou fazer o possível para não cair na esparrela protecionista ou inquisitorial em que se transformou a administração do petista, dependendo do veículo de comunicação que bota os olhos e algumas coisas mais no cesto de interesses avaliativos. Aliás, um comportamento nada assombroso, porque São Bernardo é a maior caixa registradora do mercado publicitário oficial do Grande ABC.


Sei que se me estender um pouco que seja nestes comentários preambulares que não têm outro sentido senão fazer um marketing do que vem nos próximos dias, acabarei por entregar a rapadura da ejaculação precoce. É isso que, francamente, não quero.


É impossível seguir adiante, a não ser que estique a enrolação sem parar, sem ter de me meter em determinadas análises.


O que poderia dizer sem nada dizer, ou quase nada dizer, em relação à administração de Luiz Marinho que pudesse ser chamariz de seriedade e de responsabilidade informativa?


O que o leitor faria se fosse colocado diante do desafio de apresentar a idéia de uma análise macropolítica e macroadministrativa de Luiz Marinho sem que penetrasse no âmago das questões?


Mais que âmago das questões, sem dar uma escorregadela qualquer e deixar aberta uma fresta de juízo de valor que, quando do texto completo, não amarrasse a estrutura avaliativa a ponto de incorrer em risco de deslize?


Traduzindo: como manter o suspense em torno da gestão de Luiz Marinho neste texto preliminar, nessa peça de indução à leitura, sem fugir da necessidade de acenar com algo substantivo mas ao mesmo tempo escasso o suficiente para estender a curiosidade a novos lances?


Sem medo de ter de recuar da sentença que diria definidora da administração Luiz Marinho até agora, afirmaria com firmeza que está longe da calamidade dos opositores e do endeusamento dos apoiadores. Surpreendentemente, entretanto, comete o pecado típico de casa de ferreiro, espeto de pau.


Será que o leitor está atento o suficiente para tentar entender o que significa casa de ferreiro, espeto de pau?


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