Na próxima quarta-feira, 14 de outubro, estaremos postando neste site uma inédita entrevista com o deputado estadual Vanderlei Siraque. Candidato surpreendentemente derrotado nas eleições do ano passado em Santo André, depois de chegar a pouco mais de um ponto percentual da vitória em primeiro turno, Vanderlei Siraque respondeu a 21 perguntas.
O deputado petista não precisou nem de 24 horas para enviar as respostas por Internet. As questões colocadas a Vanderlei Siraque estão sendo antecipadas neste texto como forma de democratização da informação. Sem estabelecer juízo de valor (algo que poderei fazer em outra circunstância) como quando da entrevista com o prefeito Aidan Ravin (algo que poderei fazer também em outra situação), o que posso antecipar aos leitores é que Vanderlei Siraque abre a caixa de ferramentas de oposicionista em que as urnas o transformaram. Nada mais legítimo.
Vanderlei Siraque exerce a função de oposição ao governo municipal de Santo André, depois de duas temporadas seguidas da gestão Celso Daniel-João Avamileno.
Posso antecipar que valerá a pena acompanhar as respostas de Vanderlei Siraque.
Quando colocarmos no circuito da Internet suas declarações, não faltarão leitores que copiarão o trabalho e o remeterão a terceiros. Essa é uma das vantagens da imprensa eletrônica. Embora nosso cadastro de leitores seja imenso e a audiência aumente a cada dia, há desdobramentos que fogem ao nosso controle. Ótimo que assim o seja, porque a base da democracia está muito além de comparecer às urnas: está no conhecimento crítico da sociedade, infelizmente artigo de luxo neste País em que valem mesmo bajulação e omissão.
Agora, acompanhem as perguntas que fizemos a Vanderlei Siraque e mantenham sim a expectativa quanto a respostas que valem a pena ser consumidas, independentemente, repito, de juízo de valor.
CapitalSocial — O senhor já digeriu a derrota em outubro do ano passado para Aidan Ravin? Que sensação é possível reproduzir daquele resultado?
CapitalSocial — Quando foi que percebeu que poderia perder?
CapitalSocial – Muito se fala que o resultado das prévias contaminou a disputa para valer, numa reprodução do que ocorreu em 1992. O senhor colocaria essa questão como base de definição da derrota?
CapitalSocial – A leitura de que o PT estadual e nacional não teria arregaçado as mangas para fortalecê-lo no segundo turno corresponde à realidade?
CapitalSocial – Como vê o gerenciamento de políticas públicas da administração Aidan?
CapitalSocial – E a governança, que consiste nas relações com o Legislativo e os próprios integrantes do Executivo?
CapitalSocial – E a governabilidade, que envolve a sociedade como um todo?
CapitalSocial – Como se ganha uma eleição em Santo André? Basta a maioria dos votos das regiões mais populares ou é indispensável equilibrar ou perder de pouco o jogo nas áreas centrais mais conservadoras?
CapitalSocial – Se for candidato a prefeito em 2012, faria esforços para ter um vice-prefeito que representasse a classe média?
CapitalSocial – Qual será o grau de influência da eleição presidencial do ano que vem nas eleições municipais de 2012? Será possível o PT recuperar a cidadela de Santo André com uma presidência que não seja da coalizão petista?
CapitalSocial – Os números da criminalidade no Grande ABC melhoraram acentuadamente desde o começo dos anos 2000, depois da substituição de uma filosofia dita de respeito aos Direitos Humanos por ações da chamada linha dura. O senhor aprova essa mudança?
CapitalSocial – Quando se transforma o Grande ABC em megamunicípio sem barreiras territoriais, ocupamos as últimas colocações em criminalidade entre os municípios de grande e de médio porte. Como melhorar, de imediato, essa situação?
CapitalSocial – Quais são as principais demandas na área criminal do Grande ABC?
CapitalSocial – Recentemente, um especialista em criminalidade afirmou que o sistema prisional tem de apresentar condições piores do que se encontra de pior para quem vive em sociedade, principalmente como instrumento de dissuasão de ilícitos penais. O senhor concorda com isso?
CapitalSocial – Alertamos em muitas oportunidades sobre a dualidade do trecho sul do Rodoanel, que tanto pode favorecer como pode atrapalhar ainda mais os investimentos no Grande ABC, por conta da logística interna, que não ganhou nenhum reforço de investimentos nos últimos anos. O senhor faz parte da turma que acha o Rodoanel a salvação da lavoura ou também está preocupado como a trombose viária interna?
CapitalSocial – Que espera de nova frente parlamentarista de vereadores do Grande ABC, depois de ter lançado a experiência quando atuava na Câmara de Santo André? Há perspectivas de consolidação de alianças extra-municipais?
CapitalSocial – Deveria haver espaço para representações dos Legislativos do Grande ABC no Clube dos Prefeitos?
CapitalSocial – E para os deputados estaduais e deputados federais do Grande ABC?
CapitalSocial – Como avalia a chamada Bancada do ABC, algo que parece já não existir mais como teoria, depois de pífios resultados na prática?
CapitalSocial – Fala-se muito em voto distrital na reforma eleitoral. Na prática já não se tem o voto distrital na Assembléia Legislativa, por exemplo?
CapitalSocial – Qual é o maior político da história do Grande ABC?
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10/05/2024 Todas as respostas de Carlos Ferreira