A Entrevista Especial com o vereador Paulinho Serra, potencial candidato do PSDB à Prefeitura de Santo André nas eleições do ano que vem, é um choque para quem entende que o jovem de classe média tradicional nascido em Santo André jamais seria capaz de incursões ácidas contra a Administração de Aidan Ravin e o Partido dos Trabalhadores.
Longe a ideia de que Paulinho Serra tenha se comportado com a veemência e o estardalhaço de políticos sempre em busca de audiência e que não se importam em remediar excessos quando os fatos os contrariam. Mas também nada de malemolências que pudessem retirar a contundência das mensagens. Paulinho Serra é certeiro no conteúdo sem cometer deslizes na forma. Uma combinação estudada ou não que revela maturidade para sensibilizar o eleitorado.
Poucos poderiam imaginar que Paulinho Serra pudesse dizer numa entrevista à Imprensa que Aidan Ravin é mais do mesmo, que Aidan Ravin é de improviso, que Aidan Ravin não pautou um debate na sociedade andreense, que Aidan Ravin não conseguiu imprimir uma marca talvez porque não tenha plano claro de atuação. Pois Paulinho Serra disse tudo isso e muito mais.
E o PT também não escapou de críticas do candidato tucano que tanto a Administração Aidan Ravin como os petistas pretendem ter como espécie de parceiro de jornada quando os votos forem decisivos para valer, provavelmente no segundo turno das eleições do ano que vem.
Paulinho Serra afirma que a Administração petista de João Avamileno, que sucedeu Celso Daniel, deixou muitos buracos e se cristalizou como partidária em excesso e escassamente cidadã no episódio que culminou com o afastamento coletivo do secretariado, em 2008.
Paulinho Serra respondeu às 19 perguntas de CapitalSocial. Ele não perdeu a ternura, mas pautou cada parágrafo com especial preocupação em demonstrar que não está para brincadeiras. Espera — foi o que disse — contar inclusive com a companhia do governador Geraldo Alckmin nas ruas de Santo André. O mesmo Geraldo Alckmin que o prefeito Aidan Ravin pretende ver nos palanques, apoiando-o contra o maior adversário à reeleição, se as pesquisas confirmarem a tendência de que o petista Carlos Grana, deputado estadual, será um osso duro de roer. Paulinho Serra não admite ficar fora da disputa pelo cargo majoritário em Santo André. E, mais que isso, afirma que é uma das três principais forças da disputa que todos imaginam bipolarizada entre Aidan e Grana.
Na sequência, a Entrevista Especial com o tucano:
Que avaliação faz da Administração de Aidan Ravin sob o aspecto de governança, ou seja, da relação com os quadros da Prefeitura e o Legislativo?
Paulinho Serra – Estou em segunda legislatura na Câmara de Vereadores de Santo André. Tive a oportunidade de ser vereador tanto em um governo do PT quanto na atual gestão do Aidan. Vi que, infelizmente, são poucas as diferenças no trato com o Poder Legislativo. Ambos têm no Parlamento espécie de apenso ao seu governo. Projetos relevantes são encaminhados de afogadilho, sem debate necessário. Governabilidade virou sinônimo de distribuição de cargos.
No que tange especialmente ao atual governo, o quadro se agrava pela ausência de quadros técnicos de maior envergadura no primeiro escalão da Administração. Os poucos bons quadros que lá estão ficam contaminados com a excessiva disputa interna por maior espaço de mando. Some-se a isso a ausência de um programa governamental, uma agenda para ser debatida com a Câmara e com a cidade.
Que avaliação faz da Administração de Aidan Ravin sob o aspecto de governabilidade, ou seja, da relação com a sociedade como um todo?
Paulinho Serra – O governo Aidan é um governo de improviso. Atua somente para apresentar respostas quando é criticado. Não conseguiu pautar um debate na sociedade andreense, talvez por conta da questão de seu ingresso no Executivo ter ocorrido de forma inesperada. Em determinados assuntos, como na ação social, mais parece um grêmio estudantil, com festas e campanhas de arrecadação de agasalhos. Penso ser pouco para uma cidade com passivo social imenso.
O governo não conseguiu imprimir uma marca talvez porque não tenha plano claro de atuação. E isso dificulta debate mais amplo com a sociedade civil organizada que, por não enxergar onde a administração quer chegar, só consegue conversar sobre os problemas inerentes à atuação específica.
O senhor aprovaria ou desaprovaria a Administração de Aidan Ravin depois de 30 meses de governo?
Paulinho Serra – Não posso aprovar um governo água com açúcar. Acho que Santo André merece mais. A Administração Pública deve ser a condutora do processo de desenvolvimento local. Só que para isso é fundamental visão estratégica e planejamento. Com improvisos a cidade só tem a perder.
Outro problema do atual governo foi o de ter frustrado a expectativa de virada de página, de mudança nas fórmulas administrativas. Essa foi uma bela jogada de marketing usada na campanha eleitoral, mas não passou disso. Em verdade, o atual governo é mais do mesmo.
A candidatura de Raimundo Salles, que também tem inserção na classe média tradicional de Santo André, atrapalharia seus planos?
Paulinho Serra – Respeito todas as candidaturas que vierem a se apresentar na eleição de 2012. Quero debater com a cidade em seus mais variados segmentos um projeto de presente e de futuro. Os possíveis adversários podem estar certos de que o que será debatido em 2012 é um programa de governo para a cidade. Não entrarei em baixarias ou discussões pequenas; mas também não deixarei ataque sem resposta. Do quadro atual de candidatos, sou a única novidade que se apresenta. Caberá à população de Santo André escolher a melhor opção.
Qual vai ser o posicionamento do senhor em relação à Cidade Pirelli? Votará favoravelmente à eventual supressão das obrigações que a Pirelli e seus parceiros obtiveram para alcançar os benefícios de mudanças de uso e ocupação do solo ou vai lutar para fazer valer o cumprimento daquelas decisões? Não se pode esquecer que a Brookfield, que ocuparia apenas 25% da área destinada à Cidade Pirelli, afirma que não tem nada a ver com aquela iniciativa do final do século passado, embora se beneficie das mudanças aprovadas pelo Legislativo de Santo André.
Paulinho Serra – Primeiro cabe ressaltar que o projeto original Cidade Pirelli infelizmente morreu com o saudoso ex-prefeito Celso Daniel. O que discutimos atualmente é a implantação de um importante empreendimento na área que havia sido destinada ao projeto inicial. Acredito que a cidade não pode abrir mão de investimentos desse calibre. Aliás, o Poder Público deveria tratar melhor os grandes investidores para estimular a economia local.
Assim, defenderei a implantação do atual projeto, mas com as contrapartidas proporcionais para Santo André. Somente com essas condições poderemos garantir que o novo uso do espaço Pirelli resulte em efetivas melhorias para a vida das pessoas.
Considerando-se que o PT está envolvido na aprovação da Cidade Pirelli, um projeto deixado por Celso Daniel e que não teve sequência com João Avamileno, o senhor acredita que contará com o apoio da bancada do partido em eventual oposição ao desmonte de contrapartidas dos investidores?
Paulinho Serra – Não vou ousar aqui antecipar a posição de outras bancadas na Câmara, ainda mais de uma bancada complexa como a do PT. No entanto, o que percebo no Legislativo é que há disposição dos vereadores em dar condições para que o projeto se concretize; porém, ao mesmo tempo, exigir as devidas compensações como prevê a legislação vigente. Assim, acredito que entraremos num longo período de discussão acerca do projeto para chegarmos às melhores condições possíveis de recepcionarmos o empreendimento apenas com impactos urbanos positivos.
Até que ponto o quadro macroeconômico, que poderia atingir a economia brasileira, implicaria em contaminação no ambiente eleitoral à Prefeitura de Santo André?
Paulinho Serra – O eleitor brasileiro está maduro e sabe qual é o espaço de atuação do prefeito, do governador e do presidente da República. Na eleição municipal o cidadão quer saber qual candidato é o mais preparado para enfrentar os principais problemas da localidade. Ele sabe que não cabe ao prefeito, por exemplo, mexer no câmbio ou nos juros.
Cabe ao governante, entretanto, ficar atento ao quadro macroeconômico, até para aproveitar oportunidades ou minimizar possíveis prejuízos decorrentes do caminho que o País resolva percorrer. Mas não vejo na economia brasileira um fator de desestabilização da eleição local. Quem apostar nisso perderá suas fichas.
O senhor faz parte do agrupamento que teme escândalos financeiros no Paço Municipal nesse período pré-eleitoral?
Paulinho Serra – Tenho orgulho em dizer que faço parte de um grupo de políticos de uma nova safra que não tolera a malversação do dinheiro público, em qualquer período do mandato. Além disso, tenho o dever ético de dizer que o vale-tudo eleitoral, que também inclui a difusão de escândalos de época para atingir determinado candidato, não fará parte da minha agenda de campanha. Não vou entrar em baixaria, mas também não tolerarei o uso indevido da máquina pública. Para os eventuais escândalos ou condutas vedadas aos agentes públicos, a Justiça será acionada e decidirá diante de cada caso concreto.
Se for para o segundo turno, qual seria o adversário preferido e que aumentaria as possibilidades de vitória?
Paulinho Serra – Existe uma máxima em futebol que adversário não se escolhe. Acho que cabe perfeitamente a esse momento político-eleitoral que estamos vivendo. Estou entrando nessa disputa com muita disposição e vontade de trabalhar ainda mais por Santo André.
Quero apresentar, junto com o PSDB, um programa de governo factível para a cidade e debatê-lo com a sociedade civil. Quanto a adversários e aliados em eventual segundo turno, ainda é cedo para pensarmos nisso. Estamos no início de um longo caminho que espero percorrer com coerência, ética, compromisso público e muita determinação.
O senhor acredita que contará com o suporte do governo do Estado nas eleições do ano que vem?
Paulinho Serra – O suporte do governo do Estado não estará presente em minha campanha eleitoral. Não admitirei o uso da máquina pública por quem quer que seja. Mas isso não significa que os principais quadros políticos do meu partido não estarão ao meu lado nessa jornada. Contarei, e já conto, com valorosos companheiros que emprestarão experiências adquiridas em gestões tucanas das mais diversas esferas governamentais. E esses modelos serão adaptados para a realidade vivida em nossa cidade. Tenho certeza que, por exemplo, terei o governador Geraldo Alckmin pedindo votos ao meu lado para o PSDB de Santo André.
O senhor adotaria o sistema de distribuição de recursos para os vereadores aplicarem de acordo com seus interesses específicos, retomaria o orçamento participativo do Partido dos Trabalhadores ou tem alternativa para a participação da sociedade nos destinos dos recursos financeiros públicos?
Paulinho Serra – Com relação à proposta orçamentária que será encaminhada à Câmara Municipal anualmente, acho fundamental ouvir a população e a sociedade civil organizada. E tenho a premissa de participação popular nos meus mandatos de vereador. Sou um dos parlamentares que mais realizou audiências públicas.
Ouvir a população, em especial sobre o orçamento municipal, pode se dar de diferentes formas que não só com reuniões nos bairros. Ignorar os avanços tecnológicos, abrindo canais de participação por meio eletrônico, seria um equivoco. Realizar pesquisas qualitativas e quantitativas também é excelente instrumento para medir o anseio da população quanto às prioridades para aplicação dos recursos públicos.
Muito embora o programa de governo do PSDB não esteja finalizado, defenderei que conste a criação de um fórum permanente em que a sociedade civil tenha assento para debater os principais programas governamentais. E esse fórum também será um espaço privilegiado para debatermos a peça orçamentária que será enviada à Câmara Municipal. Assim, a Câmara Municipal também exercerá importante papel no desfecho da peça orçamentária. Afinal, lá estão os legítimos representantes da população, cabendo ao parlamento a decisão final acerca do orçamento público. E essa participação poderá se dar, sim, por meio de emendas específicas, desde que não descaracterize o programa escolhido pela população nas eleições.
A candidatura à Prefeitura no ano que vem é uma deliberação consolidada, sem retorno, ou é possível que haveria um alinhamento com Aidan Ravin? Dizem que o senhor estaria opondo resistência para concorrer como vice de Aidan?
Paulinho Serra – O PSDB terá candidato a prefeito na cidade de Santo André. Isso não se discute mais.
O senhor considera o supersecretário Nilson Bonome o que muitos dizem ser, ou seja, uma espécie de primeiro-ministro? Como prefeito incorporaria alguém com tanto poder ou suposto poder no quadro executivo?
Paulinho Serra – Caso Santo André me dê à honra de servi-la como prefeito, tenha certeza que a ultima palavra para os assuntos relativos à Administração será a minha. Não se pode mais admitir essa cultura de eminências pardas que se construiu em Santo André. Foi assim no final da gestão do Celso Daniel, durante todo o governo do João Avamileno e agora na gestão do Aidan. É inadmissível a ocupação por uma mesma pessoa de duas, três secretarias vitais para a Administração por uma mesma pessoa.
O final dessa história nós já conhecemos: a briga pelo poder acaba em escândalos e em instabilidade política para o governo. E o pior exemplo que tivemos foi justamente quando o prefeito João Avamileno quis romper com o seu dito homem-forte. Todos os secretários foram embora, abandonando a cidade, o que demonstra que o compromisso era outro que não com o prefeito e muito menos com a população.
Acho fundamental que um prefeito delegue funções e tarefas a secretários e assessores. Descentralização de poder é fundamental, mas o rumo e a decisão final sempre caberão àquele a quem a povo depositou confiança por meio dos votos.
Muito se fala sobre o baixo nível de produção e de produtividade dos legislativos, inclusive federal. Em Santo André é diferente?
Paulinho Serra – A função constitucional do vereador é legislar e fiscalizar o Executivo. Existem muitas formas de legislar não somente por meio de projetos de lei, até porque iniciativas para proposituras legislativas reservadas aos vereadores são bem escassas. Muito embora o vereador faça pressão junto ao Executivo por meio de emendas às leis enviadas à Câmara, indicações, audiências públicas, entre outros instrumentos, é o Executivo quem dita o ritmo de trabalho no Parlamento, nos mais diferentes níveis, mas com especial destaque nos municípios. E, infelizmente, o governo Aidan é pouco produtivo, o que aumenta a sensação de baixa produção na Câmara de Santo André.
A Santo André que o senhor vive hoje é a mesma Santo André de seus pais? O senhor acha que, de maneira geral, a Santo André de hoje oferece mais oportunidades de mobilidade social do que a Santo André do passado, de industrialização fértil?
Paulinho Serra – Como andreense de nascimento e coração, tenho verdadeira paixão por nossa cidade. Aliás, essa paixão vem desde 1921, quando os meus avôs aqui chegaram, passando por meus pais e que atualmente vivo com intensidade. Obviamente Santo André mudou com o mundo, e efetivamente não é a mesma de meus pais. No aspecto urbanístico é notório que, devido à falta de planejamento e visão estratégica, crescemos desordenadamente, acarretando problemas habitacionais e estruturais.
No que se refere à economia, passamos por processo grave de desaceleração econômica com a perda de geradores de emprego e renda, o que levou a uma reavaliação de nossa vocação econômica. No entanto, mesmo reconhecendo que o setor de serviços veio para ficar, não podemos ignorar que ainda mostra-se essencialmente dependente da atividade industrial que ainda possuímos. A Santo André de hoje mostra precários sinais de recuperação porque o Poder Público pouco atua nesse sentido. Entendo que com políticas públicas coordenadas poderíamos colher mais dividendos sociais do momento econômico abundante que o País atravessa.
O senhor distingue a diferença entre antes, durante e depois da Administração de Celso Daniel?
Paulinho Serra – Celso Daniel foi um dos melhores prefeitos que Santo André já teve. Embora aqui ou ali tivéssemos algumas discordâncias, inegável a existência de um plano estratégico que ele ofereceu para a cidade e para a região. Tenho nele alguns exemplos, em especial a dedicação por estudar os problemas da cidade e buscar saídas criativas para solucioná-los.
Após a sua morte, Santo André ficou sem rumo. O PT enveredou-se por disputas internas, somente com vistas a ocupar a máquina pública e financiar o seu projeto de poder. Abandonaram as idéias do Celso, vide o projeto Cidade Pirelli e o Eixo Tamanduathey. Também descartaram o belo projeto chamado “Santo André Cidade Futuro”, ue discutia a cidade na perspectiva das próximas décadas.
Com uma bela jogada de marketing, o atual prefeito prometeu virar a página, ganhando a eleição pelos problemas mencionados. Ocorre que essa assertiva não passou de jogada de marketing. A cidade permanece sem rumo claro. Resgatar os bons projetos deixados por antecessores, mesmo que de partidos distintos, é o que diferencia um bom administrador público daqueles que ocupam a máquina estatal para satisfazer o ego ou beneficiar o seu partido.
Santo André é uma cidade dividida entre liberais e trabalhistas de centro-esquerda. Os números eleitorais tanto para o controle do Paço Municipal quanto para o governo do Estado e a Presidência da República são denunciatórios dessa divisão. Teremos no ano que vem mais uma disputa acirradíssima para prefeito?
Paulinho Serra — Penso que teremos uma disputa acirrada menos por fatores ideológicos e mais por candidaturas que se apresentam. Há muitos anos Santo André não tem uma eleição com três candidatos competitivos, que representam importantes forças políticas no Estado ou na cidade. De um lado a minha candidatura, que unifica o PSDB, o mesmo partido que, nessa cidade, deu a vitória ao Serra na eleição presidencial e ajudou a eleger o governador Alckmin. Do outro lado o Grana, do PT, que é um partido com grande número de filiados e terá muitos recursos financeiros à disposição. Por fim, o atual prefeito que, muito embora faça mandato medíocre, tem a seu favor a possibilidade de concorrer à reeleição com a caneta na mão, o que, sem dúvida, desequilibra a igualdade de condições.
E, sendo uma eleição que se debata propostas, sem baixarias, quem ganha é o eleitor que tem uma melhor oportunidade de escolha a partir dos programas de governo que serão apresentados.
Com Lula nas ruas da Província do Grande ABC, o senhor acredita em fator diferenciado na balança de possibilidades de candidaturas petistas?
Paulinho Serra – Não. Já ganhamos do Lula aqui em Santo André na eleição presidencial em que ele concorreu contra o Alckmin (2006). Voltamos a vencer com o Serra contra a Dilma. Assim, não temo a presença dele na cidade.
O senhor entende que o Rodoanel Sul, que tangencia a Província do Grande ABC, é mais um complicador do já baixo dinamismo econômico regional, ou acredita que a obra será sempre benéfica a empreendedores interessados em se manter ou se instalar na região?
Paulinho Serra – Afirmo categoricamente que Santo André não se preparou para colher os excepcionais frutos que o Rodoanel Sul pode render a nossa economia. Mesmo assim a obra é extremamente benéfica para a esquina do Grande ABC. Teremos, portanto, muito trabalho para correr atrás do tempo perdido. Os últimos governos municipais mostraram-se inertes, como que por si só a obra fosse resolver nossos problemas estruturais.
A expansão do viário, por exemplo, é fundamental para recepcionarmos os benefícios do Rodoanel. Precisamos pensar grande porque Santo André pode mais. Não obstante, precisamos tratar melhor os investimentos que se interessem pela cidade. Hoje os obstáculos patrocinados pela Administração tendem a afugentar empreendedores. Não consigo vislumbrar uma cidade mais justa sem crescimento econômico e também não vislumbro crescimento sem muito trabalho, dedicação e, principalmente, uma gestão com visão e planejamento estratégico.
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10/05/2024 Todas as respostas de Carlos Ferreira