Vamos revelar nos próximos dias alguns dos nomes depolíticos da Província do Grande ABC que podem estar envolvidos no escândalodas emendas, denunciado pelo deputado estadual Roque Barbieri, abafado pelaAssembléia Legislativa mas sob a mira investigativa do Ministério Públicopaulistano.
Embora o deputado Roque Barbieri tenha encaminhadoconceitualmente a operacionalização do sistema de desvios de recursosorçamentários, uma fonte de CapitalSocial que conhece bem os meandroslegislativos assegura que as possíveis irregularidades não estariam apenas nasemendas de até R$ 150 mil, em forma de carta-convite. Também emendas que exigemlicitações públicas, portanto acima de R$ 150 mil, são fontes de corrupção.
Com base nas informações que detém, fortalecidas por dadosdivulgados recentemente pelo governo do Estado com o mapeamento completo dasemendas desde 2007, CapitalSocial insiste na sugestão de que os deputadosestaduais da Província do Grande ABC prestem contas dos valores nos quais seenvolveram, principalmente nas emendas que beneficiaram prefeituras e entidadesnão-governamentais e sociais da região.
Há alguns pontos mais que estranhos envolvendo políticos daregião e que estariam na mira do promotor criminal Carlos Cardoso, que integraos quadros da Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, braço doMinistério Público que ataca corrupção e improbidade.
Abertura das contas
CapitalSocial pretendia, inicialmente, apresentar desde jáum estudo razoavelmente profundo sobre as emendas dos parlamentares daProvíncia do Grande ABC. Embora já disponha de informações que podemcomprometer políticos da região, decidimos tomar algumas medidas que favorecemeficiência informativa ainda mais sólida. Certo mesmo é que pelo menos umadecisão já está tomada: deputados estaduais e os administradores públicosprecisam abrir todas as contas de aplicação dos recursos orçamentários doEstado. Inclusive com a lista de fornecedores dos serviços prestados e dos bensadquiridos.
Sem isso, e diante do que se observa nas aplicações dosrecursos financeiros, tudo permanecerá muito dúbio, senão comprometedor. Asimples aprovação de contas por organismos oficiais não é suficiente paraalcançar a profundidade ética esperada. É preciso desqualificar as indicaçõesde bastidores de que o escândalo das emendas atingiria cerca de 30% dosparlamentares, como denunciou o petebista Roque Barbieri há três meses.
Talvez a realidade dos fatos e dos documentos eleve essepercentual. O escândalo das emendas seria uma variável mais rebuscada eecumênica do mensalão geneticamente imputado ao PT mas que, de fato, começouantes,
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