É uma extravagância para qualquer que seja o lado, o lado petista e o lado antipetista, o jogo dos vermelhinhos e dos azulados reforçados por outras tonalidades, mas
O alerta vermelho já foi acionado. O PT quer chegar ao governo do Estado senão em 2014 mas provavelmente, para valer mesmo, em
Entretanto, sem o controle da Província do Grande ABC o plano faria água. Como convencer concorrentes petistas na luta intestina que fragmenta a agremiação (a ponto de Marta Suplicy praticamente romper com Lula por conta da escolha de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo) sem o respaldo de números, de estatísticas, de respeitabilidade entre os iguais vermelhinhos e entre os aliados de outras tonalidades na região-berço do petismo?
Mudança regional
Até o final do ano passado tudo indicava que o PT ganharia de lavada na Província do Grande ABC. Mas aí veio a doença de Lula da Silva. Aí veio a candidatura de José Serra
Aí veio também muita disputa pelo controle orçamentário das campanhas eleitorais, com uma capa preta de Luiz Marinho a cercar o frango de dissidências em todos os cantos.
O PT está em crise na região e no País. Não se pode esquecer das dissensões da base aliada de Dilma Rousseff. Tampouco o embicamento do PIB, que ameaça não passar de 2,5% na temporada.
Está certo que o PT agora tem um Lula parcialmente recuperado das dores do tratamento. Que tem Dilma Rousseff muito bem avaliada pela população brasileira. Que tem um quadro de emprego em desaceleração mas positivo em números, mesmo que dois terços das vagas remunerem não mais que valores limitados a dois salários mínimos. Isso tudo contrapõe-se às sangrias. Mas é sempre bom lembrar que Lula não terá fôlego, pernas e principalmente garganta para empurrar candidaturas mornas como a de Carlos Grana
Está certo que disputas eleitorais se decidem principalmente por fatores internos, de cada município ou, no máximo, como é o caso da Província do Grande ABC, pelo efeito contaminador de virtudes e escorregões regionais de partidos que se confundem com os candidatos. Mas o ambiente externo também influencia.
O PT da Província sofre de males externos e internos. A suposta liderança regional de Luiz Marinho não é suficiente forte para impedir, por exemplo, a crise quase eliminatória de possibilidades de manter a Prefeitura de Mauá. Os remendos providenciados não passam mesmo de remendos. Luiz Marinho interveio, escalou juntamente com Oswaldo Dias um vice de conciliação, o ex-secretário de obras Hélcio Silva, mas isso não significa que o eleitorado passou um mata-borrão nos acontecimentos que geraram uma crise fora de hora e de propósito. Uma crise que abalou a confiança do eleitorado na marca PT com forma de governar e também como forma de se entender internamente.
Placar possível
Seis a um para os azulados e correlatos na Província do Grande ABC não seria um placar inverossímil. Diadema é favas contadas, é verdade, mas Alex Manente aperta o cerco
O jogo está ficando problemático para o PT. E como má notícia sequencial é pouco, eis que as microprovíncias estão sendo invadidas por milhares de exemplares de uma revista que toca num calcanhar de aquiles petista que, por mais que junte bobagem com eventuais fatos, ou seja, o assassinato de Celso Daniel sob a ótica de crime de encomenda e a rede de propinas a lubrificar as engrenagens daquela Administração Municipal, transporta uma carga explosiva de credibilidade. A reportagem não carrega demais nas tintas e nos textos, daí somar mais adeptos da tese de que uma coisa e outra coisa formaram uma coisa ainda maior e desastrada.
Não aposto com ninguém que teremos
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19/11/2024 PESQUISAS ELEITORAIS ALÉM DOS NÚMEROS (24)