O PT vai jogar pesado na Província do Grande ABC para impedir que adversários azulados e assemelhados apliquem uma goleada nas eleições de outubro. A possibilidade de perder de
Uma cidadela que os petistas colocam como prioritária para sustentar o moral da tropa no futuro, no futuro de eleições ao governo do Estado, em 2014, envolve São Bernardo do prefeito Luiz Marinho. Há um ano previa-se qualquer coisa, menos uma mobilização organizada da oposição.
Entretanto, com a liderança do ex-prefeito William Dib, hoje deputado federal e interlocutor com poder de mando em todos os municípios locais, os tucanos pretendem manter o jogo jogado até onde for possível.
Tradução: com o aliado Alex Manente, do PPS, a corrida eleitoral
Malas de problemas
Os antipetistas de São Bernardo estão com a mala cheia de ferramentas para contrapor-se à gestão de Luiz Marinho, reconhecidamente frutuosa na área social, embora não falte quem se oponha a essa interpretação. Caso do próprio Alex Manente que, numa entrevista ainda outro dia ao jornal Diário Regional, jogou pesado na avaliação de que Marinho é mais do mesmo e lançou dúvidas inclusive sobre a viabilidade orçamentária do Hospital de Clínicas que Marinho pretende entregar até o final do ano. Manente diz que sem recursos do governo do Estado, ou seja, sem a estadualização, o legado seria uma aventura. O governo Marinho contrapõe com argumento que de alguma maneira dá razão a Manente: quem vai segurar as pontas orçamentárias na rubrica relativa à manutenção seria o governo federal, petista como se sabe. Ou seja, o HC de São Bernardo seria um Mário Covas com dinheiro de Brasília. A estadualização pretendida por Alex Manente virou ofensa. Pelo menos até que o PT conquiste o Palácio dos Bandeirantes. A federalização, como se anunciou na resposta, é a prova provada de que a proximidade entre São Bernardo e Brasília transfere muitas vantagens ao governo petista.
Embora não falte quem reconheça entre os oposicionistas da candidatura de Luiz Marinho o caminho do céu da reeleição, constrói-se um cenário de dificuldades para o titular do Paço Municipal por causa do simbolismo da disputa.
São Bernardo estratégica
O governo do Estado quer que o jogo seja o mais parelho possível porque pretende desgastar a imagem do prefeito petista não só no âmbito local, mas regional e estadual. Uma vitória de lavada, como se previa há um ano, seria um impacto desagradável para o Palácio dos Bandeirantes, porque repassaria a ideia de que o vizinho rebelde de São Bernardo poderia estar arquitetando para valer algo semelhante em termos de revolução de costumes político-partidários ao que o então operário Lula da Silva organizara nas relações entre capital e trabalho.
Os tucanos não querem permitir a repetição da história no campo político e eleitoral. Ninguém os convence de que o mesmo raio não cai no mesmo lugar duas vezes. Avocam chavões defensivos para encerrar diálogos fadados a dialéticas confusas. É melhor prevenir do que remediar, afirmam. Alex Manente é a prevenção em forma de oposição consistente, jovem, supostamente inovadora. Como estão a indicar as demandas de marqueteiros loucos para fabricar concorrentes que supostamente representariam os desejos dos eleitores. Casos emblemáticos de Fernando Haddad escolhido por Lula da Silva, e de Gabriel Chalita, do vice-presidente da República, Michel Temer.
É a partir da sustentabilidade eleitoral
As demais disputas
Em Mauá, as trapalhadas do Trio Cabeça Dura que destronou antecipadamente Oswaldo Dias da chefia do Executivo, sumariamente reduzido a pó de respeitabilidade moral nos meses que faltam para completar o governo, após ser apeado das pretensões à reeleição, deverão custar os olhos da cara para fechar as brechas.
A vitória do rebelde (para dizer o mínimo) Donisete Braga não está fora de cogitação, mas as coligações vão sangrar os recursos petistas para continuar na chefia do Paço. Será indispensável ceder a alma ao demônio de aliados de ocasião para tentar justificar o injustificável, ou seja, que o golpe aplicado
Nas demais cidades da região, apenas
Balanço geral
No fundo, no fundo, o PT mais otimista acha possível ganhar em Diadema,
O que não é possível deixar de registrar é que os petistas são tão incompetentes eleitoralmente como o foram os tucanos nos tempos
Mais que assemelhadamente incompetentes como o foram os tucanos, os petistas estão alguns degraus acima. Ou é bobagem dizer que – sem juízo de valor sobre a consistência de políticas econômicas dos últimos 10 anos, que privilegiam o consumo ante investimentos – com o controle da máquina federal, os petistas da Província do Grande ABC poderiam estar a nadar de braçadas com favoritismos explícitos e incontestáveis, inclusive com alguma possibilidade mais concreta de incomodar
Os divisionismos, com porções que se engalfinham pelo poder municipal e regional, explicam os maus lençóis em que se meteu a agremiação nesta nova temporada de votos.
Celso Daniel fez tanto com poucos, enquanto seus herdeiros partidários, pretensiosamente seus discípulos, fazem muito pouco com tanto. E quem paga a conta final é o contribuinte da Província. Um exemplo: com o respaldo do governo federal, poderíamos ter muito mais que essa bobagem de barriga de aluguel da Universidade Federal do Grande ABC, sempre a lustrar o ego e os diplomas de estudantes que, quase na totalidade, não têm e não terão compromisso algum com nossas divisas.
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19/11/2024 PESQUISAS ELEITORAIS ALÉM DOS NÚMEROS (24)