Caso Celso Daniel

Exclusivo: vamos ouvir o advogado
que defende o inocente Sérgio Gomes

DANIEL LIMA - 13/07/2012

CapitalSocial vai apresentar na próxima quarta-feira uma entrevista exclusiva com o criminalista Roberto Podval, do escritório paulistano contratado para defender o inocente Sérgio Gomes da Silva, apontado por uma força-tarefa do Ministério Público de Santo André como mandante do assassinato do então prefeito Celso Daniel. Como se sabe, três investigações policiais concluíram que Sérgio Gomes, primeiro-amigo de Celso Daniel, também foi vítima dos sequestradores. Mas o MP de Santo André atuou em raia diferente. Sérgio Gomes está em liberdade por força de habeas corpus impetrado pelo escritório de Roberto Podval.
 
A entrevista com esse criminalista de largo prestígio nacional será a mais completa que um veículo de comunicação já produziu. Não vejo nisso, sinceramente, um feito histórico. Provavelmente Roberto Podval estaria à disposição de qualquer jornalista que representasse veículo de comunicação vocacionado à democracia da informação. A grande mídia jamais teve o menor interesse em apurar o caso Celso Daniel longe dos tentáculos do Ministério Público. Quando juntaram Administração Pública e Segurança Pública, deu o que deu: os fatos que inocentam o primeiro-amigo de Celso Daniel são simplesmente descartados. Já os efeitos pirotécnicos condenatórios, instrumentalizados pelo Ministério Público, saltam às manchetes e não admitem contraditório.
 
Enquanto obtenho de Roberto Podval a confirmação da entrevista, que será efetivada nesta segunda-feira, dos promotores criminais que atuaram no caso Celso Daniel não registro resposta ao desafio de publicarmos em conjunto, em formato de tribunal do júri, um livro que exponha todos os argumentos à condenação e à inocência de Sérgio Gomes da Silva.
 
É claro que não esperava outro posicionamento dos promotores criminais. Até porque, um novo regramento os coloca em posição de maior discrição funcional. Haja vista o que se passa no escândalo do Semasa, em Santo André, sob investigação de Roberto Wider Filho, um dos promotores criminais que atuaram no assassinato de Celso Daniel. Mesmo assim, entendo que a produção do livro seria um gesto coletivo que valeria a pena. Garanto que, com todo o respeito às apurações do MP, pulverizaria as conclusões a que chegaram os promotores criminais. Eles poderiam solicitar o reforço dos irmãos de Celso Daniel, espécies de marionetes midiáticas de uma tese completamente fora de prumo lógico.
 
Aguardem a entrevista com Roberto Podval. Valerá a pena.
 
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