CapitalSocial – Temos informações, testemunhos e provas documentais que colocam o leilão do terreno localizado entre a Avenida Kennedy e a Avenida Vergueiro no âmago de irregularidades, com evidências de manipulação que levaram a Big Top 2, empresa do Grupo MBigucci, ao arremate em condições de preço privilegiadas. O que o senhor tem a dizer a respeito?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Ouvimos especialistas do mercado imobiliário que avaliaram à época do leilão daquela área pública um valor próximo a R$ 30 milhões, ou seja, mais que o dobro dos R$ 14 milhões do arremate. Qual é a avaliação do senhor sobre isso?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – O simulacro de leilão protagonizado pela empresa a qual o senhor representou naquele encontro realizado em maio de 2008 contou, segundo as informações, provas e testemunhas, com o suporte efetivo de dois dos outros seis supostos concorrentes, a Braido Incorporadora e a Even Incorporadora. O senhor nega que tenha havido essa parceria informal?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Por quais razões a empresa do Grupo MBigucci não efetivou vários dos respectivos pagamentos de parcelas obrigatórias para a quitação do escalonamento das obrigações financeiras definidas no leilão mas, mesmo assim, tornou-se proprietária do terreno?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Quais foram as razões que levaram o Grupo MBigucci a criar uma nova empresa, a Big Top 2, um mês antes do leilão daquela área pública?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Como se explica que o capital social da Big Top 2 não ultrapassasse a R$ 1 mil, isso mesmo, R$ 1 mil, levando-se em conta que o objetivo com que foi criado, a participação no leilão daquele terreno público, exigiria uma soma de dinheiro elevadíssima?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – O senhor entende que é, do ponto de vista ético, correto a participação de uma empresa do grupo empresarial que comanda, sem democratizar a informação sobre o evento e levando-se em conta que, na condição de presidente da Associação dos Construtores do Grande ABC, tem acessos privilegiados a organismos públicos e privados?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Por que na condição de presidente da Associação dos Construtores do Grande ABC o senhor não massificou a informação sobre o leilão daquela área pública, transmitindo a associados e não associados o edital da Prefeitura de São Bernardo e, com isso, elevando o patamar de concorrentes de meia dúzia para um número muito mais expressivo, situação que provavelmente favoreceria os cofres públicos municipais com a realização de uma disputa valorizadora daquele espaço?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Não lhe parece condenatória tanto sob o ponto de vista ético quanto negocial a transposição de um participante do suposto leilão, a Braido Incorporadora, à condição de acionista da Big Top 2, a empresa do Grupo MBigucci que arrematou a área, quando se elevou o capital social dessa companhia para R$ 20 milhões, metade para cada empresa? Como afastar a possibilidade de que o ingresso de novo acionista não se deu por conta de acertos de bastidores quando do leilão?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Por que motivo a Even Incorporadora desistiu pelo menos formalmente de participar da Big Top 2, contrariamente ao que se deu com a Braido Incorporadora, se há comprovações documentais de que aquela empresa paulistana participou efetivamente do farsesco leilão?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – Quais foram as contrapartidas de sustentabilidade ambiental que teriam sido impostas à empresa arrematante, do Grupo MBigucci, para eliminar todos os exemplares de árvores que recheavam aquele terreno público?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – O senhor estaria disposto a programar uma reunião na sede da Associação dos Construtores para a apresentação de toda a documentação relativa ao arremate daquela área pública, tendo como contraponto a participação deste jornalista ou preferiria outro tipo de compromisso que torne público todos os detalhes que encaminharam aquele desenlace?
Milton Bigucci –
CapitalSocial – A insistência com que o senhor desdenha da transparência tanto na condução da Associação dos Construtores como dos negócios com bens públicos de empresas do Grupo MBigucci é uma maneira de transmitir um possível recado de que acredita piamente no poder econômico como elemento à opacidade de relações com o mercado e com a sociedade?
Milton Bigucci --
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21/11/2016 O que Bigucci tem a dizer sobre organização criminosa?