Promessa feita, promessa cumprida: reproduzimos nesta edição de CapitalSocial, conforme link abaixo, os conceitos que marcaram o projeto mais revolucionário da Administração de Celso Daniel: o Eixo Tamanduatehy. O mesmo Eixo Tamanduatehy que o prefeito Carlos Grana, há um ano, anunciou disposição de restabelecer, mas nada fez até agora. O projeto deixado por Celso Daniel ocupa área de 8,5 quilômetros de extensão e envolve 9,5 quilômetros quadrados. Todo aparato de marketing com sustentação técnica foi preparado pela gestão de Celso Daniel para lançar a proposta de ocupar aquele território, que seria transformado em centro de negócios, de produção e de lazer, além de residências.
Até um seminário internacional foi realizado em dezembro de 2000 para sensibilizar investidores internacionais num momento em que o Brasil avançava a passos de cágado. Foram requisitados especialistas estrangeiros e do Brasil. Organizado pela Prefeitura comandada por Celso Daniel e pelo Lincoln Institute of Land Policy, um centro de estudos com sede em Cambridge, nos Estados Unidos, contando com apoio da Universidade Makenzie e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, o evento trouxe duas estrelas mundiais para apresentar projetos com a mesma escala urbanística do Eixo Tamanduatehy: o português Nuno Portas e Alfredo Garay, ex-secretário de Planejamento de Buenos Aires.
Em comum entre os dois expositores, projetos que ganharam destaque mundial. Nuno Portas coordenou o plano inicial da Expo 98, em Lisboa, o qual renovou a larga faixa de ferros-velhos e indústrias bélicas que desapareceram às margens do Rio Tejo. Já Alfredo Garay lançou o Puerto Madero, plano de recuperação urbana que transformou a decadente área do porto de Buenos Aires em centro comercial e de entretenimento.
Adereço de marketing
O projeto Eixo Tamanduatehy, que chegou a sair do papel para a vida prática com algumas iniciativas de sucesso, como a revitalização da Avenida Industrial, na área mais próxima do Centro de Santo André, não pode ser transformado pelo petista Carlos Grana em simples adereço de marketing para lustrar sua identidade política. Soará sempre desrespeitoso, quando não profanador, o uso intempestivo e descomprometido dessa marca, a qual, ante a decadente estrutura do Poder Público de Santo André ao longo da última década, está mais que desgastada, embora ainda simbolize um futuro que precisa ser replanejado. Preferencialmente sem embustes, sem mistificações. E com gente qualificada, que entenda do ramo.
Celso Daniel era brilhante em algumas coisas e perna de pau em tantas outras, como todos os mortais. Por isso selecionou craques nacionais e internacionais para conceber esse projeto que Carlos Grana simplifica, Aidan Ravin esqueceu e João Avamileno tentou ressuscitar apenas no final do mandato por razões eleitorais.
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15/10/2024 SÃO BERNARDO DÁ UMA SURRA EM SANTO ANDRÉ