Política

Condecoração da Frente
Andreense do Atraso

DANIEL LIMA - 06/06/2005

Chega-me aos ouvidos sempre atentos a notícia de que a Frente Andreense do Atraso, conglomerado de partidos que conseguiu perder a eleição mais fácil da história de Santo André, em outubro do ano passado, repassou de forma encomendada ao Diário do Grande ABC o que chamaria de condecoração de independência deste jornalista. Dizem-me fontes do próprio jornal que dirigi entre julho do ano passado e abril deste ano que a Frente Andreense do Atraso dos candidatos Newton Brandão e Duílio Pisaneschi convocou correligionários a enviar ao Diário do Grande ABC votos de congratulações pelo desligamento deste profissional. Seria muito mais produtivo se se organizassem para preparar alternativas econômicas e sociais para Santo André.


 


Se já contava com razões de sobra para comemorar nove meses naquele jornal (depois de 15 anos nas décadas de 1970 e 1980), agora posso somar mais essa manifestação. Ser motivo de comemoração da Frente Andreense do Atraso é uma glória porque não há nada mais obsoleto, mesquinho, destrutivo e pernicioso na história política do Grande ABC do que esse conglomerado de aleijões éticos.


 


Não vou me estender sobre alguns dos motivos que levaram os remanescentes da Frente Andreense do Atraso a se manifestarem à direção do Diário do Grande ABC porque, logo abaixo, reproduzo texto de minha autoria que o jornal publicou no dia seguinte às eleições de segundo turno em Santo André.


 


Além de me divertir um bocado com a informação de que emeios, cartas e telefonemas foram ensaiados para demarcar as diferenças entre este jornalista e o comando daquela lambança política, festejo minha independência em relação aos partidos políticos. Jamais me filiei a partido algum. E já votei em candidatos de várias siglas, entre os quais inclusive Newton Brandão e Duílio Pisaneschi, comandantes da Frente Andreense do Atraso. Sim, votei em ambos, lá atrás. É lógico que não repetiria o gesto porque, afinal, não podemos incidir em erros antigos.


 


Só votei uma única vez em Celso Daniel (na última disputa pela Prefeitura de Santo André). E votei em João Avamileno em outubro do ano passado, duas vezes seguidas, porque não poderia assinar atestado de estupidez que supostamente ajudaria a consagrar uma dupla que passou o tempo todo espicaçando adversários reais e imaginários. Principalmente os imaginários.


 


Leiam o texto abaixo, de 31 de outubro do ano passado, e certamente entenderão por que a Frente Andreense do Atraso resolveu passar uma atestado de idiotice ao condecorar-me:


 


Brandão perde e escapa de afundar em balaio de gatos


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