O livro do jornalista Silvio Navarro não foi editado para acabar com as dúvidas industrializadas sobre a morte do prefeito Celso Daniel. Veio para despejar mais gasolina na fogueira de versões fantasiosas que contradizem a força-tarefa da Polícia Civil de São Paulo (e também os enviados da Polícia Federal do então governo Fernando Henrique Cardoso) que investigou o crime em três diferentes fases e concluiu que tudo não passou de incidente numa Região Metropolitana de São Paulo empesteada de quadrilhas especializadas em sequestros naquele janeiro de 2002.
A morte do médico-legista Carlos Delmonte Printes expressa com clareza o sentido de espetacularização e consequente vinculação do caso Celso Daniel ao Partido dos Trabalhadores. Navarro, também editor do site UOL, dedicou três páginas de “Celso Daniel – Política, corrupção e morte no coração do PT” ao homem encontrado morto em seu escritório. Dá completa ênfase à criminalização política do prefeito de Santo André, embora seja obrigado a se render às investigações. Tudo discretamente, claro. O que importava mesmo era passar o conceito de crime programado por razões político-administrativas.
A reprodução de todos os parágrafos do livro de Silvio Navarro sobre a morte do legista é importantíssima. É indispensável manter a autenticidade da obra.
A morte do legista Carlos Delmonte Printes contribuiria decisivamente para a aura de mistério que paira sobre o cadáver do petista. O médico foi encontrado estatelado, na tarde de uma quarta-feira, dia 12 de outubro de 2005, em seu escritório. Tinha 55 anos. Delmonte, como era conhecido, assinou o laudo que aponta evidências de tortura no corpo de Celso Daniel. As marcas de suplício e agonia seriam usadas pela promotoria para sustentar que o bando que protagonizou o sequestro tentara tirar do prefeito alguma informação antes de executá-lo. Uma das hipóteses aventadas pelos promotores era a de que Celso Daniel detivesse senhas e papeis relativos à contabilidade de offhores montados pelo Partido dos Trabalhadores para juntar ilícitos a fim de custear a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República em 2002. Para a Polícia, porém, nunca houve tortura.
Segue a narrativa de Silvio Navarro
Com histórico de ter assinado 20 mil autópsias ao longo de 21 anos de carreira, Delmonte afirmou que Celso Daniel tinha uma lesão próxima ao ouvido esquerdo; sofrera um forte golpe na cabeça, provavelmente causado pelo cabo de uma pistola, uma coronhada, na linguagem policial; apresentava uma marca de cano quente nas costas e fora atingido por estilhaços de balas disparadas contra o chão, perto de seu corpo, com o objetivo de assustá-lo. Segundo o legista, isso se chama tortura.
Mais narrativa de Silvio Navarro
O prefeito levou um tiro no rosto, o que provocou a destruição de toda a arcada dentária inferior, e só depois foi alvejado em outras partes, o que descontrói o roteiro narrado pelo menor L. S., que assumira a autoria do assassinato. No exame necroscópico, datado de 24 de fevereiro de 2002, Delmonte registrou que o prefeito apresentava “face de terror e espasmo cadavérico em mãos” – a morte foi precedida de agonia de minutos, escreveu.
Novos trechos de Silvio Navarro
Quando encontrado sem vida, em seu escritório, no bairro da Vila Mariana, na Zona Sul, o legista estava caído ao lado deum sofá que servia de cama nas ocasiões em que varava a noite trabalhando. Como não havia marcas sugerindo que o local fora invadido, nem sinais de violência física contra ele, a principal tese, inicialmente, consistiu em que sofrera um infarto fulminante. O único dado foi notado na necropsia: o índice de glicemia muito baixo, o que, isoladamente, pouco significava àquela altura. O primeiro laudo do Instituto Médico-Legal, divulgado no dia 22 de dezembro de 2005, informou que não era possível concluir se Delmonte se envenenara ou fora envenenado, e que ele morrera sufocado por uma secreção formada na garganta após a ingestão de medicamentos. Em março de 2006, o órgão produziria um parecer complementar, segundo o qual o legista não resistiu porque ingerira três medicamentos ao mesmo tempo: o sedativo Dormonid, o beta bloqueador propanol e lidocaína. Os investigadores argumentaram que, como era judeu, o legista poderia ter tentado disfarçar o suicídio – para não ser sepultado como suicida – com um coquetel de remédios que fizesse parecer se tratar de morte natural.
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“Ele não tinha necessidade de tomar aqueles medicamentos”. Sendo médico, sabia dos riscos de ingeri-los simultaneamente – afirmou na época o diretor do Centro de Pesquisas do IML, Ricardo Kirche Cristofi. Durante a apresentação do laudo, o delegado José Antonio Nascimento, do DHPP, disse ter interrogado familiares do legista, segundo os quais Delmonte era avesso a remédios. A polícia concluiu a investigação e apontou suicídio. Segundo os delegados, Delmonte estava deprimido pelo rompimento com a mulher, Luciana Plumari, por quem era apaixonado. Num telefonema à sogra, disse não saber como reinventar sua vida sem ela.
Mais do livro de Silvio Navarro
O relatório sobre a morte tem 763 páginas, distribuídas em quatro grandes volumes. A polícia ouviu 26 pessoas e analisou 230 páginas com as transcrições dos telefonemas do legista. O último a conversar com ele foi o filho Guilherme Capelozzi Delmonte, de seu primeiro casamento, com Vera Luiza Capelozzi. De acordo com Guilherme, na ocasião o pai lhe informara que buscaria um pedreiro na região de Embu-Guaçu. Para a Polícia, uma das provas de que se tratara de suicídio foi uma transferência bancária, efetuada pelo legista dois dias antes de morrer, para a ex-mulher, no valor de R$ 100 mil. Quando ela notou o dinheiro n conta e questionou Delmonte a respeito, ele disse que o montante deveria ser usado para custear o tratamento médico de um dos filhos. O legista era pai também de Samuel.
Completando a narrativa
Os policiais informaram que Delmonte deixara duas cartas de despedida. Numa endereçada ao filho Guilherme e achada no próprio escritório na Vila Mariana, diz que não queria velório e que desejava ter o corpo cremado. Na outra, entregue a Luciana, que a repassou aos policiais, pede também pela cremação e manifesta vontade de que suas cinzas fossem depositadas ao lado do túmulo do pai dela, o bicheiro Francisco Plumari Júnior, conhecido como Chico Ronda. Fundador da escola de samba Império da Casa Verde, ele fora fuzilado dois anos antes numa disputa de contraventores pelo mercado clandestino de máquinas caça-níqueis.
A verdade muito tempo antes
Onze anos antes de Silvio Navarro lançar o livro sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel publiquei na edição de novembro de 2005 da revista LivreMercado, da qual era Diretor de Redação, um texto denso sobre a morte do médico-legista. Na medida do possível vou procurar reproduzir apenas os trechos principais. O título “Espetáculo continua com legista morte e acareação”, diz bem a característica daquela publicação:
(...) Em circunstâncias normais, a morte do perito Carlos Delmonte não evocaria a mais leve dúvida: ele estava rompido com a mulher e resolveu se matar, como atesta uma carta escrita do próprio punho. Mas como Delmonte era peça chave para uma vertente que apura o caso Celso Daniel, virou celebridade mesmo antes de seu corpo ter sido encontrado em seu escritório. A bateria de exames do cadáver do legista que chefiou a equipe do Instituto Médico Legal no laudo de corpo de delito de Celso Daniel descartou preliminarmente a hipótese de morte natural. Foi o suficiente para que se lançassem dúvidas sobre eventual autoria de possível assassinato. Nem mesmo as declarações de familiares de que Delmonte não recebeu qualquer tipo de ameaça nos últimos tempos desmobilizou a ideia fixa de que, por ser a sétima vítima envolvida no caso Celso Daniel, conviria desconfiar. Entre a morte provavelmente por envenenamento de um dos legistas do caso Celso Daniel e a manchete exclusiva do “Estadão” de que a probabilidade de suicídio se robustecia (”Carta de despedida reforça tese de suicídio de legista” — eis a manchete daquele jornal em 21 de outubro), muita água rolou sob a ponte de especulações. O corpo de Delmonte foi encontrado na madrugada de 12 de outubro e o que se firmou no inferno de conjecturas do noticiário sempre espetaculoso foram manchetes e reportagens invariavelmente em forma de lenha na fogueira de suposta relação com o caso Celso Daniel. Traduzindo: os acusados de terem encomendado a morte do prefeito estariam também por trás da sétima vítima.
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Apesar de evidências de que cometeu suicídio, Delmonte virou prato cheio de dúvidas. De pouco adiantou, mesmo depois da reportagem do Estadão, saber-se que ele escreveu uma carta do próprio punho se despedindo da mulher que o abandonara. E muito menos a informação que, um dia antes, telefonara para a ex-sogra e, num tom de desespero, transmitiu-lhe mensagem de adeus. Ao constar dos inquéritos do caso Celso Daniel, Delmonte agregou compulsoriamente a condição de vítima de crime sob encomenda. Por essas e por outras o delegado-titular do DHPP, Armando de Oliveira, presidente dos inquéritos que definiram o caso Celso Daniel como crime comum, preferiu silenciar-se. Mas não faltam entre investigadores da Polícia Civil de São Paulo informações de que o legista corria atrás de 15 minutos de fama quando surgiu em cena ao afirmar que o então prefeito de Santo André foi torturado pelos sequestradores. A posição de Delmonte foi relatada ao Ministério Público de Santo André no final de agosto. Os promotores declararam então que o depoimento de Delmonte dava novos rumos à investigação sobre a morte de Celso Daniel. “O perito deu um passo além de nossa investigação. Nós trabalhávamos com a hipótese de crime de mando. Ele nos mostrou que houve um crime por ódio” — afirmou o promotor de Justiça Roberto Wider.
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Fontes da Polícia Civil observam a atuação de Carlos Delmonte sob outro ângulo. Ele estaria vivendo momentos pessoais complicadíssimos depois da separação da mulher e procurava, de todas as formas, chamar a atenção como compensação que pudesse, quem sabe, recolocá-lo nos braços de quem se confessou, em carta, apaixonadíssimo. O relacionamento que mantinha com a equipe de legistas do Instituto Médico Legal seria tumultuoso. À parte a competência, Delmonte seria agudamente egocêntrico e de difícil trato. O delegado Armando de Oliveira evita imiscuir-se nos bastidores policiais. Só lamenta que a atuação pública do legista morto na madrugada de 12 de outubro, inclusive com participação no programa de Jô Soares, não estivesse sincronizada com o exame necroscópico do corpo de Celso Daniel. O material assinado por Carlos Delmonte e outros três especialistas (Issao Kameyama, Paulo Argarate Vasques e Flávio Cavalcante) não faz qualquer referência à tortura, no sentido mais tarde enfatizado ao MP e à mídia. “Celso Daniel foi assassinado com oito tiros — explica o delegado — mas não há nada no laudo necroscópico que fuja das consequências dos impactos”. Nem nos anexos tão reclamados pelos irmãos de Celso Daniel. Os anexos são, segundo o delegado, a matriz da conceituação de que o assassinato não tem parentesco com tortura.
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Em abril de 2006, portanto cinco meses depois, voltei a escrever sobre a morte do legista, sob o título “E o legista Carlos Delmonte cometeu mesmo suicídio?”. Leiam os principais trechos da reportagem-análise:
A má notícia para quem especulou sobre a morte do médico-legista Carlos Delmonte, relacionando-a à queima de arquivo de suposta sétima vítima do caso Celso Daniel, foi discretamente tratada pela mídia eletrônica em 17 de março e pela mídia impressa no dia seguinte: um dos profissionais que assinou os termos do laudo necroscópico do corpo de Celso Daniel morreu de morte provocada, não de morte matada como alguns pretendiam fazer crer. Carlos Delmonte cometeu suicídio na madrugada de 12 de outubro do ano passado ao ingerir três medicamentos simultaneamente. O delegado José Antonio Nascimento, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e dois legistas apresentaram o laudo durante coletiva à Imprensa. O documento final somou 763 páginas em quatro volumes. Foram ouvidas 26 testemunhas, entre familiares, colegas de trabalho e amigos, e realizados 13 laudos necroscópicos. Segundo a Polícia, dois dias antes de morrer Delmonte transferiu R$ 100 mil para a conta corrente de sua ex-mulher. Também deixou cartas, que tiveram caligrafia confirmada por peritos, informando como deveria ser velado, a quem avisar e o que ele gostaria que fosse feito.
Mais narrativa de LivreMercado
Diretor do Centro de Pesquisas do Instituto Médico Legal, Ricardo Cristofi foi incisivo na definição do laudo: “Ele não tinha necessidade de tomar aqueles medicamentos. E sendo médico, sabia dos riscos em ingeri-los simultaneamente”. A revelação oficial de que Carlos Delmonte provocou a própria morte segue rigorosamente nossas informações. Em nenhuma edição esta publicação (e também a newsletter Capital Social Online, que trata do caso Celso Daniel de forma sistemática) caiu na vala comum da mídia sobre a possibilidade de outra versão para a morte, principalmente porque o legista deixou evidências materiais do que pretendia fazer, como carta e telefonemas a familiares. (...) No laudo, os especialistas do IML consideraram que a medicação levou Delmonte à morte. Com o efeito da combinação, ele não teve consciência ou reflexos para reagir ao quadro de pneumonia. Quando o próprio organismo começou a se defender, produzindo catarro, o legista não conseguiu expeli-lo. A Polícia garante que o crime foi premeditado pelo próprio legista. Ele contou ao filho que havia feito exames, inclusive radiografias, com um especialista conhecido da família e, por isso, comprara os remédios que tomou na noite do suicídio. Ao checar as informações, o mesmo médico disse que Carlos Delmonte não havia se consultado com ele.
Mais reportagem de LivreMercado
O suicídio de Carlos Delmonte teve relação direta com problemas familiares. A mulher o abandonou e ele sofria com alguns transtornos provocados pelos filhos. A atuação do legista nos últimos tempos de vida não pode ser descartada como propulsora do suicídio. Estranhamente, ele saiu da discrição de quem considerou a morte de Celso Daniel caso típico de tortura convencional e redirecionou em favor da tortura político-administrativa. Deslumbrou-se ao participar do programa de Jô Soares, na TV Globo. Atribuem-se à mudança de avaliação de Carlos Delmonte eventuais interesses de usufruir de supostas benesses de envolvidos direta ou indiretamente no caso Celso Daniel que se alinhem à versão de crime de encomenda. Não há provas materiais nesse sentido, mas a morte de Carlos Delmonte foi exploradíssima ao vincular-se mesmo que subjetivamente, quando não diretamente, a uma rede conspiratória que teria determinado o assassinato do prefeito de Santo André. Os próprios irmãos de Celso Daniel, eficientes na propagação de crime de encomenda, trataram de elevar a temperatura de desconfiança.
Mais narrativa de LivreMercado
O contraste entre a cobertura espalhafatosa do anúncio da morte de Carlos Delmonte e seus desdobramentos e a discretíssima repercussão no mês passado de que o legista cometeu suicídio é mais uma prova de que, de maneira geral, a mídia está perfilada com a teoria de crime de encomenda. Mais que isso: a mídia despreza ou minimiza tudo que se apresenta como provas de que tanto a Polícia Civil quanto a Polícia Federal acertaram em cheio ao concluir inquérito que define a morte de Celso Daniel como crime comum, sem relação alguma com suposto caixa dois na Prefeitura de Santo André. Carlos Delmonte morreu sem concluir o laudo complementar do assassinato de Celso Daniel. Ele estava empenhado então há 50 dias na elaboração de documento solicitado pelos promotores criminais de Santo André. Foi em 16 de agosto do ano passado que Delmonte ouviu dos promotores o pedido para que respondesse a 14 quesitos suplementares do laudo. Delmonte fez naquele dia longo depoimento ao Ministério Público. A CPI dos Bingos, que pareceu tão zelosa ao anúncio de que Carlos Delmonte foi encontrado morto, calou-se no mês passado depois da divulgação do laudo pericial. O Estadão de 14 de outubro do ano passado ouviu vários membros antigovernistas da CPI dos Bingos em Brasília. Não faltaram acusações veladas. O relator Garibaldi Alves disse textualmente: “Agora temos um fato recente para usarmos na acareação” (…) Não podemos ficar calados diante de tantas evidências de que algo muito estranho aconteceu”. A acareação à qual se referiu o senador foi realizada no final daquele mês, entre Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula da Silva, e os irmãos João Francisco e Bruno Daniel.
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Outro membro da CPI dos Bingos, senador Romeu Tuma, prometeu na mesma reportagem do Estadão que acompanharia as investigações sobre a morte de Carlos Delmonte. Não se tem notícia da participação do ex-policial na elaboração do inquérito final. Na mesma edição de 14 de outubro do ano passado, o Estadão publicou manchete “Morte do perito não foi natural, mostram exames”. (...) No dia 15 de outubro, a politização da morte de Carlos Delmonte estava explicitada na manchete da página A17 do Estadão: “Família de Daniel está com medo e quer proteção especial”. (...) A conversão escancarada de que Carlos Delmonte teria sido vítima de crime de encomenda foi estampada em nova manchete de página do Estadão, agora de 20 de outubro (...) sob o título “Para família, legista foi vítima de alguma coisa muito grave”. (...) Mais de dois meses depois da morte de Carlos Delmonte, os jornais voltaram ao assunto em 21 de dezembro. Trechos da Folha de S. Paulo: “Setenta dias após a morte do médico-legista Carlos Delmonte (…) os peritos do IML (Instituto Médico Legal) não chegaram a nenhuma conclusão sobre a causa mortis. Em seu relatório o IML informou que não foi possível definir se a morte de Printes foi natural ou provocada por um fator externo, como a ingestão de veneno, uma das hipóteses cogitadas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público (…). A dificuldade em definir o motivo determinante da morte do legista provocou discussões entre membros da equipe do IML e aumentou a apreensão de autoridades envolvidas na investigação”. Na edição de 22 de dezembro, no alto da página, a Folha de S. Paulo praticamente antecipava a conclusão anunciada agora em março pela Polícia Civil: “A investigação da Polícia Civil sobre a morte do perito-criminal Carlos Delmonte Printes (…) aponta para a hipótese de suicídio e descarta a possibilidade de morte natural ou homicídio. O delegado José Antonio do Nascimento, do DHPP, descarta também qualquer vínculo entre as mortes de Celso Daniel e do legista. (…) A conclusão de que Printes teria ingerido alguma substância letal metabolizada pelo organismo a ponto de inviabilizar a perícia é uma “dedução lógica”, já que a investigação não aponta outras hipóteses, segundo o delegado”. Antes que o ano passado terminasse, o Estadão de 27 de dezembro voltou ao assunto. Sob o título “MP volta a questionar laudo sobre perito”, a matéria explicitava a posição do promotor de Justiça Maurício Ribeiro Lopes, que investiga a morte do legista Carlos Delmonte. Alguns trechos: “Essa perícia é muito lacunosa, o resultado é insatisfatório”, declarou o promotor, após reunião com o delegado José Antonio do Nascimento.
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11/07/2022 Caso Celso Daniel: Valério põe PCC e contradiz atuação do MP