Política

Vote com Cuidado
reforça qualidade

DA REDAÇÃO - 05/10/2002

Vote Com Cuidado no Grande ABC. Eis a proposta que LivreMercado e Capital Social Online resolveram adotar nessa reta de chegada de definição do eleitorado regional. A decisão foi anunciada durante o mês passado pela newsletter para mais de cinco mil leitores eletrônicos cadastrados e já rendeu desdobramento: até o final do ano será lançado oficialmente o Instituto Capital Social, que vai tratar de diagnosticar e apontar saídas aos macroproblemas do Grande ABC. 

O anúncio do jornalista Daniel Lima, criador do newsletter Capital Social Online e diretor-executivo da revista LivreMercado, é explicado como medida que pretende balizar o comportamento dos deputados estaduais e federais que, eleitos, receberem parcela considerável de votos no Grande ABC: "Isso quer dizer que não vamos monitorar apenas a ação dos deputados com domicílio eleitoral na região, mas de todos que forem substancialmente votados aqui" -- explica. 

O jornalista lembra que a campanha Vote Com Cuidado no Grande ABC foi lançada em caráter emergencial para estas eleições de 6 de outubro, especificamente para a Assembléia Legislativa e a Câmara Federal. "Infelizmente não contamos com nenhuma entidade que tenha se preocupado com isso e a decisão de última hora tem conteúdo de alerta à importância de votar com responsabilidade em qualquer candidato disposto a defender o Grande ABC. Em condições de igualdade, que o voto seja dirigido ao candidato da região". 

O jornalista afirma que a campanha Vote no Grande ABC, lançada em 1994 e que deu origem ao Fórum da Cidadania, e a variável de 1998, Vote Com Qualidade no Grande ABC, atingiram apenas parte dos objetivos: "Demos tratamento exageradamente xenófobo ao voto regional e não elencamos nenhum conjunto de temas que são de fato transcendentais para a recuperação regional. Além disso, mesmo antes do esfacelamento do Fórum da Cidadania, faltou sobretudo, e sempre, acompanhamento passo a passo das atividades dos parlamentares" -- explica. 

Em janeiro, quando tomarem posse na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal, os deputados eleitos pela região vão receber elenco de questões macroeconômicas e macrossociais que os colocarão sob monitoramento: "Não se trata, como poderão imaginar alguns, de marcação implacável sobre os deputados eleitos pelo Grande ABC ou com ajuda da região. Pretendemos, na verdade, atuar em duas frentes: vamos lembrá-los insistentemente de alguns pontos básicos sobre os quais repousa a necessidade de recuperação da região e também fornecer-lhes vasto material de pesquisa para que possam sensibilizar seus pares de Legislativo" -- afirma Daniel Lima. 

O Instituto Capital Social não será voltado para as eleições apenas. Pretende ser um respeitável banco de dados macrossociais e macroeconômicos do Grande ABC, cuja proposta é facilitar o relacionamento direto entre representantes da comunidade e parlamentares: "Vamos reunir um grupo de formadores de opinião no Instituto Capital Social e centralizar na entidade as relações formais com a sociedade regional, inclusive com deputados eleitos residentes ou não na região mas que aqui tiveram votação decisiva para chegarem tanto à Assembléia Legislativa quanto a Brasília" --- afirma Daniel Lima. 

O jornalista antecipa que também nas eleições às prefeituras e aos Legislativos dos sete municípios do Grande ABC, em 2004, o Instituto Capital Social formulará série de temas nucleares que pretendem sugerir o que chama de novo modus-operandi em nível municipal e regional: "A tradição dos Legislativos locais é de dar conta de questões de pequena monta que afetam diretamente os contribuintes, um assistencialismo de matizes diferentes que não consegue atingir o cerne dos problemas. Nossos problemas estão num patamar mais elevado, de microeconomia. Da mesma forma, os Executivos, agora menos do que antes, também não conseguem sustentar o foco sobre determinados alvos essenciais ao equilíbrio social e econômico. Estão aí dois buracos enormes que pretendemos tapar com ações cerebrais" -- afirma o jornalista. 

O Instituto Capital Social ainda não tem detalhado o núcleo de ações nem o estatuto está concluído. Segundo Daniel Lima, os conceitos que há muitos anos estão expressos na revista LivreMercado e há quase dois anos no newsletter Capital Social Online são balizas a serem consideradas indestrutíveis. "Queremos uma comunidade que entenda a solidez do significado de capital social, ou seja, uma sociedade sem fragmentação, uma sociedade do contraditório fértil, e não do consenso dissimulado" -- conceitua. Daniel Lima assegura que deslizes antigos não serão tolerados: "Não incorreremos em falhas que acabaram por tornar o Fórum da Cidadania do Grande ABC uma grande frustração, depois de brilhante início de atividades. Posso garantir que alguns dos pecados capitais do Fórum da Cidadania não serão repetidos. Não queremos o excesso numérico de representantes nem sempre interessados de fato em mudanças e tampouco preconceitos contra posicionamentos econômicos e sociais. Só não aceitaremos incoerências e tentativas de soterrar os preceitos estatutários" -- garante o jornalista. 

Depois de afirmar que durante outubro e novembro o Instituto Capital Social estará formalizado, o diretor-executivo da Editora Livre Mercado programa para o mesmo período a definição dos principais pontos macrossociais e macroeconômicos do documento que a nova entidade encaminhará aos deputados. "Em realidade, boa parte dos objetivos que nortearão as prioridades imediatas do Instituto Capital Social se confundirá com o documento que encaminharemos aos deputados. Teremos, por isso mesmo, preocupação institucional de tornar a organização sempre atenta às mudanças, embora acredite, pessoalmente, que os grandes problemas da região estão entre 10 e 15 macropontos temáticos. Um dos muitos erros do Fórum da Cidadania foi tentar abraçar todo o universo de percalços da região, tanto do varejo quanto do atacado. Não deixaremos que isso se repita" -- garante o jornalista. 

O formato jurídico do Instituto Capital Social está sendo definido por meio de assessoria da ASPR Auditoria e Consultoria. É certo que a organização terá relação jurídica com a Editora DLC, proprietária das marcas Capital Social, Capital Social Online e Instituto Capital Social. "O que vai reger de fato as relações na instituição será o interesse da comunidade, como está explícito nas próprias denominações que resumem o que há de mais atual nas relações entre governos, agentes econômicos e comunidade" -- afirma o jornalista.


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