Política

Bolsonaro perde isósceles e
vira escaleno. O que vai dar?

DANIEL LIMA - 29/04/2021

Vamos jogar limpo? Este texto não é recomendado a quem tem preguiça de ler. Tampouco aos leitores fastfoodianos, que passam os olhos rapidamente nas letras, nas palavras, nas frases, como se tomassem colheradas de uma sopa fria. Esse texto é um convite à reflexão.  Um prato quente que exige certos cuidados para não queimar a língua, a faringe, essas coisas. Uso de metáforas geométricas. Não é a primeira vez. Na verdade, é a segunda vez. E a primeira vez está incorporada a esta segunda vez. Vou explicar.  

Em maio do ano passado escrevi sobre as possibilidades de o presidente Jair Bolsonaro chegar competitivo na campanha eleitoral de 2022. Agora faço atualização utilizando aquela matriz. Ou seja: confronto o que escrevi há um ano com o que escrevo hoje. Separei o que se segue exatamente nessa ordem. A conclusão é que Bolsonaro já não é mais isósceles, mas escaleno. Nada muito pronunciadamente diferente, a bem da verdade. Tudo pode voltar ao que era antes. O triângulo móvel no interior do triângulo principal é que pode decidir. Explico tudo adiante.   

Não leve cientificamente ao pé da denominação o que chamo de triângulo isósceles, escaleno e tangencialmente de equilátero. São formatos que desprezam um exame mais minucioso no campo da geometria. É fundamentalmente político.   

A base daquela matéria de um ano atrás e desta são duas pesquisas do Datafolha que trata da aprovação e da reprovação ao governo de Jair Bolsonaro. Parto do princípio analítico de que aprovação significa voto na urna. E reprovação, a procura por outro candidato, no caso predominantemente Lula da Silva, conforme está claro em todos os quadrantes do País. O triângulo se completa com o critério de “regular”, ou seja, de quem fica em cima do muro na avaliação do governo bolsonarista. Ou de quem não é devidamente capturado pelos institutos de pesquisa. Mais isto do que aquilo.   

Acho que você vai entender o que quero dizer na conjunção das análises que se seguem, repetindo que tudo se dá em forma de embate entre o passado recente e o hoje. Peguei o texto do ano passado e o compartimentei arbitrariamente, contrapondo a cada compartimentação observações atuais. O começo de maio do ano passado enfrentando o abril, quase maio, deste ano. Poderia ter esperado mais um pouco, até o dia cinco de maio, para que o confronto fosse cronologicamente de exato um ano de diferença, ou seja, de maio de 2020 contra maio de 2021. Mas não tive paciência. Nem vejo tanta importância em seguir um calendário simétrico.   

Sei que você já deve ter ido ao Google ou é craque em matéria de geometria e nem precisou recorrer a isso para decifrar o que são triângulos isósceles, escaleno e equilátero. O que se segue explica tudo do ponto de vista político sem ferir de morte a métrica científica.  Se chegou até aqui nesta leitura, parabéns. Passou pelo vestibular que dá direito ao texto que se segue. Leia como se estivesse mastigando um filé mignon. Se não o fizer, não entenderá bulhufas. Palavra de quem fez o teste do fastfood para dar valor ao prato especial.  

 Maio do ano passado 

Sem forçar a barra de intepretação dos dados diria que temos hoje um triângulo isósceles no quadro político nacional. Ainda falta muito tempo e não está descartada uma carteirada do Supremo Tribunal Federal para retirar Bolsonaro da jogada eleitoral (ou estamos enganados?). Vamos desconsiderar essa possibilidade e olhar para 2022. O formato geométrico-eleitoral nos próximos tempos tende a virar um pentágono, mas, em seguida, rumo às urnas, ressurgiria como triângulo escaleno. Não entendeu? Vou explicar em detalhes. Para complicar ainda mais a equação, dentro do triângulo isósceles existe um outro triângulo, o triângulo móvel, de formato indecifrável que fermenta a provisoriedade de um pentágono. Embaralhei? Vou esclarecer por que sei que é complicado. E esse texto foi deliberadamente programado para quem gosta de queimar as pestanas. Não é nada agradável à leitura apressada.  

 Abril deste ano 

Parece fora de cogitação qualquer iniciativa que tenha como desenlace o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Nem a CPI da Pandemia chegaria a isso porque a tradição de abafamento como consequência de estardalhaço provocado para pressionar o governo de plantão, em qualquer instância do governo de plantão, mais uma vez se confirmaria. A proposta é atazanar a vida do presidente Bolsonaro, por mais barbeiragens que tenha feito com erráticas políticas de domar a fera do vírus chinês --ele e mandachuvas menos cotados à exploração indomável da Grande Mídia.   

 Maio do ano passado 

Jair Bolsonaro tem um eleitorado tão solidamente forte no formato principal do jogo eleitoral, no caso o triângulo isósceles, que é impensável que esteja fora do segundo turno eleitoral em 2002. Por mais que cometa erros e por mais que a oposição não lhe dê trégua, Bolsonaro desfruta de um terço de avaliação positiva (ótima/bom) dos eleitores desde dezembro do ano passado. É uma marca e tanto. Parece indestrutível, observando-se o ambiente explosivo provocado pelo Coronavírus na economia e as intrincadas combinações de ajeitamentos e traições na política. Seria um primeiro turno tão garantido quanto um segundo turno enigmático.  

 Abril deste ano 

O que era um triângulo isósceles virou triângulo escaleno. Ou seja, no ano passado Jair Bolsonaro gozava de um terço sólido de aprovação (exatamente 33%), um pouco menos (26%) de regular e um pouco mais de um terço (38%) de reprovação). Os números de agora, sempre do Datafolha, mantiveram o terço de aprovação (30%), dentro da margem de erro, o estrato de “regular” caiu para 24% (também na margem de erro) e a reprovação subiu para 44% (acima da margem de erro). O triângulo escaleno, de três lados desiguais, pode ser um complicador quando se projeta o futuro próximo, mas pode, ano que vem, na reta de chegada, com um orçamento mais elástico para investimentos, reconverter-se em triângulo isósceles.   

 Maio do ano passado 

Vou seguir rigorosamente a margem de erro de três pontos percentuais do Datafolha. Decidi produzir essa análise tendo o Datafolha como referencial, apesar dos pesares ou justamente por conta do pesar e dos pesares. Não só por isso, claro. Há dados anteriores que interessam à avaliação mais segura, na linha do tempo. Na pesquisa do Datafolha de 27 de abril último, no olho do furacão da demissão do ministro da Justiça Sérgio Moro, Jair Bolsonaro contava com 33% de avaliação positiva. Eram 30% em dezembro do ano passado. Uma oscilação dentro da margem de erro. O resultado de Jair Bolsonaro representava praticamente empate técnico com os índices de avaliação negativa (péssimo/ruim), que chegaram a 38%. A metodologia define que os 33% de Bolsonaro tanto podem ser 36% quanto 30%. E os 38% de reprovação seriam 35% tanto como 41%. Ou seja: a margem de erro de três pontos percentuais vale para cima e para baixo. Não há como desviar o triângulo isósceles em direção ao triângulo escaleno (como explico em seguida). Não houve desgarramento da margem de erro.  

 Abril deste ano 

O uso da margem de erro de três pontos percentuais para forçar a barra e tentar manter Jair Bolsonaro no limite confortável do triângulo isósceles está fora de cogitação no momento. Há um desequilíbrio expresso na forma escalena. O que se coloca como surpreendente entre as duas pesquisas é que os eleitores que optaram pelo regular são quantitativamente os mesmos do ano passado. Quem bandeou mesmo que levemente quando se considera a margem de erro foram os eleitores que reprovam o governo Bolsonaro, dos 38% para os 44%. No extremo da margem de erro, não teria havido mudança também nesse estrato, porque os 38% do ano passado poderiam ser 41% agora e os 44% de reprovação de agora poderiam ser 41%. Ou seja: a diferença de seis pontos percentuais entre a reprovação em maio do ano passado e a reprovação em abril deste ano estaria no limite de margem de erro de três pontos para cima e três pontos para baixo. Mas consideramos uma queda suave do presidente. Menos do que muitos sugeririam dado o histórico da pandemia.  

 Maio do ano passado  

O rigor estatístico seria infringido. Como não o foi, favorece o que chamaria de comportamento resiliente do eleitorado à direita. As circunstâncias políticas e sociais do período pesquisado (renúncia de Sérgio Moro seguida de denúncias de interferência de Bolsonaro na Política Federal e a pandemia do Coronavírus) desgastaram a imagem do presidente da República menos do que se projetava. Deve-se considerar nisso tudo que o Datafolha enfiou no meio (ou no começo?) dos questionários a indutiva (em sentido reprovador) pergunta que trata da possibilidade de renúncia do presidente da República. A ordem numérica das questões levadas aos entrevistados faz diferença e tanto em determinadas situações da pesquisa. Tanto quando cada um dos enunciados. Há várias maneiras de manipular resultados de pesquisas. Quando se quer chegar a determinado objetivo, fazem-se loucuras com aparência de cientificidade supostamente intocável. 

 Abril deste ano 

Deve-se sempre manter-se alerta, em qualquer competição eleitoral, à metodologia utilizava para diagnosticar casos como de aprovação ou de reprovação a um governo, qualquer que seja o governo. Há artimanhas que viciam os resultados. Existe desconfiança generalizada à conduta dos institutos de pesquisas porque há entre a decisão de vasculhar o comportamento do eleitorado e a reta de chegada da disputa uma diferenciação de acuidade estatística. Em muitas situações as pesquisas têm o peso de procurarem conduzir o eleitorado a determinadas direções. Os casos são mais que conhecidos. Quando a disputa se aproxima, encaixam-se alguns cuidados para evitar que o resultado das urnas seja frontalmente contrário aos números anunciadas.  

 Maio do ano passado 

O triângulo isósceles se completa com os 26% dos entrevistados que ficaram no meio do campo, entre o ótimo/bom e o ruim/péssimo. Ou seja, são 26% que optaram pelo regular. O triângulo é isósceles porque tem dois lados que se equivalem em tamanho e um abaixo. O triângulo escaleno conta com três lados de tamanhos diferentes. Tudo isso numa linguagem simples no tratamento à geometria. Obedecendo-se, claro, a ciência. O triângulo equilátero tem as três partes iguais. Está longe de se projetar como retrato do Brasil destes tempos. Há possibilidade de o triângulo isósceles ganhar novas formas no futuro próximo. 

 Abril deste ano 

O triângulo isósceles está mesmo desgastado, segundo a avaliação do eleitorado. Está possivelmente no banco de reservas. Ganhou espaço o triângulo escaleno. O governo Bolsonaro sabe que independentemente do que se avizinha, ou seja, uma disputa direta com Lula da Silva, num jogo de extremos que parece não dar espaço a terceiros, é importante que reduza os estragos de reprovação e aumente o grau de viabilidade dos eleitores que o reconhecem apenas regular.  

 Maio do ano passado 

De fato, levado a ferro e fogo, o triângulo isósceles não existe solidamente como se pressupõe. Entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro e os resolutamente contrários, que se equivalem conforme os dados do Datafolha e de outros institutos de pesquisa (como variações que não ultrapassam largamente a margem de erro) existe um contingente de eleitores que estão em cima do muro, do triângulo móvel. Esses eleitores formam o grupo que avalia como “regular” o governo de Jair Bolsonaro. O que são, afinal, esses “regular”? Os institutos de pesquisa preferem sustentar a inflexibilidade de quem nem aprova e nem reprova. Regular é regular e estamos acabados. Não é bem assim. “Regular” com viés de bom e regular com viés de ruim e mesmo o regular solidamente regular, de quem observa atentamente o cenário nacional, são tipologias de “regular” a serem decifradas. É nesse ponto que se abre espaço à figura geométrica do pentágono. 

 Abril deste ano 

A quantidade de eleitores que consideram o governo Bolsonaro apenas regular (sem que se definam a flexibilidade efetiva dessa escolha) parece insuficiente para fermentar esperança à viabilidade de uma terceira via eleitoral. Os 24% que escolheram regular entre aprovação e reprovação a Bolsonaro são uma camada resistente cujo destino nos próximos tempos é indecifrável. Não parece existir sinais fortes de que abandonariam o barco do presidente da República em montante suficiente para fortalecer um terceiro concorrente. Pesquisas recentes mostram a insatisfação de parte do eleitorado com as opções Bolsonaro-Lula, mas não encontram um nome de convergência geral. Muito diverso disso. Há uma fragmentação sólida.   

 Maio do ano passado 

A soma dos três modelos de “regular” (ou seja, o triângulo móvel) com os extremos de aprovação e de reprovação a Jair Bolsonaro compõe essa figura geométrica de cinco lados. O triângulo móvel, do “regular” generalizado dos institutos de pesquisa, é que decidirá as eleições presidenciais, a permanecer a tendência de definições dos últimos meses, que, no fundo, confirma os resultados das disputas de outubro de 2018. É nesse ponto que a repercussão (e principalmente o futuro) da demissão de Sérgio Moro poderá influenciar decididamente. Se o ex-juiz fortalecer a imagem de herói que a Operação Lava Jato garantiu, Jair Bolsonaro poderá perder naco importante do centro chamado “regular”, o triângulo móvel. Entretanto, se Moro converter-se em denunciante patético, sem provas suficientes, Jair Bolsonaro seria beneficiado com o retorno de parte do rebanho centrista que o abandonou após a entrevista coletiva denunciatória do então ministro da Justiça.  

 Abril deste ano 

Uma pesquisa do Instituto Travessia, publicada pelo jornal Valor Econômico, identifica que a maioria dos eleitores potenciais de Sérgio Moro bandeariam para as fileiras de Jair Bolsonaro num eventual segundo turno com Lula da Silva. Dá-se como certo que um dos heróis da Lava Jato, vilão segundo avaliação de petistas e outros partidos menos impactados pela força-tarefa, estará fora da disputa presidencial. Nesse ponto, tem-se tanto uma perspectiva de que Sergio Moro reforçaria as fileiras de um candidato de centro, de viabilidade eleitoral mais que duvidosa, como parte do rebanho que o vê positivamente voltaria aos braços de Bolsonaro.   

 Maio do ano passado 

Dessa forma, o pentágono aos poucos seria desfeito como força definidora de tendências eleitorais. O regular para bom e o regular para ruim aumentariam de proporções em detrimento do regular-regular. Teríamos de volta o triângulo isósceles ou a configuração do triângulo escaleno? Também deve ser considerado como vetor de transformações os eleitores “regular” que estão nas camadas mais pobres da sociedade. Já há evidências de que o dinheiro injetado pelo governo federal na massa de deserdados antigos e de deserdados novos por conta dos efeitos da pandemia do Coronavírus começa a se dirigir ao rebanho bolsonarista. Se houver essa prevalência, o presidente da República teria ganho expressivo num estrato eleitoral que em larga margem sempre lhe foi hostil ou indiferente, sobretudo no Nordeste. Gente que sempre viu no ex-presidente Lula da Silva um santo a cultivar. A migração de populares compensaria fartamente as perdas de Bolsonaro nos estratos de maior nível educacional, registradas por diversos institutos de pesquisa. Inclusive o Datafolha. Provavelmente por isso, Bolsonaro não acusou perda entre os eleitores do “regular” após o dilúvio chamado Sérgio Moro.  

 Abril deste ano 

Bolsonaro ganhou prestígio e votos dos pobres e miseráveis com os bilhões que injetou durante o período da pandemia, ano passado, mas o recrudescimento do vírus e as limitações orçamentárias nesta temporada o atingiram duramente. Há perdas nas camadas mais populares. O futuro próximo vai definir a recuperação ou novos indicadores que colocariam o triângulo escaleno mais pronunciadamente como formato consolidado e por isso mesmo degastador de prestígio de quem quer a reeleição no ano que vem. Voltar a contar com forças populares é um desafio a Bolsonaro entre outras razões porque do outro lado da disputa estaria o ex-presidente Lula da Silva e a memória de ganhos sociais durante um período em que as commodities e a gastança pública formavam dupla insuperável para efeitos eleitorais. 

 Maio do ano passado  

Por enquanto, nesse jogo de suposto perde e ganha patrocinado pelos eleitores pesquisados pelo Datafolha, o resultado é nulo, ou seja, não se alterou praticamente nada deste dezembro do ano passado. Mesmo com todo o remelexo federal dos últimos tempos. O triângulo móvel (os eleitores que optaram pelo “regular”) dentro do triângulo isósceles na avaliação do presidente Jair Bolsonaro perdeu massa de seis pontos percentuais: eram 32% e passaram a ser 26%. Portanto, fora da margem de erro. A distribuição à direita e à esquerda foi praticamente equitativa: Bolsonaro ficou com três pontos percentuais positivos e somou dois pontos percentuais entre os eleitores que consideram a gestão “ruim/péssima”. Aumentou o número de eleitores que não souberam responder à questão do Datafolha: era apenas 1% em dezembro de 2019 e agora, em 27 de abril, somavam 3%. Quanto mais se aproximarem as urnas mais se observará até que ponto o triângulo móvel dentro do triângulo isósceles (regular positivo, regular-regular e regular negativo, além de aprovação e reprovação, os vértices do pentágono) desembocará em forma de favoritismo eleitoral de um representante da centro-direita ou da centro-esquerda. Parece haver pouco espaço, novamente, a uma candidatura centrista suficientemente longe da direita mais radical e suficientemente distante da esquerda menos extremista. Sérgio Moro parece encalacrado. Ou alguém tem dúvida de que o pentágono vai se desfazer na medida em que as urnas se aproximarem? Estará de volta o formato principal de triângulo isósceles, recheado ao centro pelo triângulo indecifrável porque jamais medido. E, finalmente, teremos o triângulo escaleno, de três partes desiguais – dos vencedores, dos perdedores e dos votos em branco, nulos e abstenções. Espero que o leitor tenha entendido esse malabarismo todo. Tudo porque os institutos de pesquisa insistem em botar os eleitores optantes pelo “regular” intocável que, todos sabem, é uma balela. Tirem esse pessoal de cima do muro. 

 Abril deste ano 

O que deveria preocupar o governo Bolsonaro e as perspectivas eleitorais é que em dezembro de 2019 eram 32% os eleitores que respondiam “regular” à avaliação do Datafolha e agora, em abril, são 24%. A margem de erro de três pontos percentuais foi destruída. São oito pontos percentuais. Não é pouca coisa. Nada, entretanto, que inviabilize Bolsonaro rumo ao segundo turno das eleições do ano que vem, que parece consolidada com o irremovível um terço de adeptos. O transtorno pode vir em forma de um segundo turno em que o triângulo escaleno ou mesmo o triângulo isósceles seria insuficiente para barrar uma arremetida de Lula da Silva, muito provavelmente com o mesmo desenho geométrico avaliativo de Bolsonaro nestes dias, ou seja, de definidor triângulo escaleno, aquele de três vértices desiguais. Quem chegar menos desigual no turno final seria consagrado vencedor porque o espaço para manobras dos números estaria limitado às três camadas sempre imprecisas de “regular” que, no caso das eleições, se transformam em potenciais brancos, nulos e indecisos. Até que as urnas se abram.



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