Política

Alex Manente prefere lobby dos
jornais à Reportagem Premiada

DANIEL LIMA - 02/06/2021

Queria que queria encontrar no deputado federal Alex Manente uma ponta de reformismo como agente público. Infelizmente, ele segue como jovem-velho político de um País que precisa de reformas em todos os setores. O lobby para manter publicações de órgãos públicos em jornais impressos é prova disso. Manente seria outro se adotasse a proposta de “Reportagem Premiada”. Seria mais que uma reforma, uma revolução. Mais abaixo explico o que é “Reportagem Premiada”. Também seria outro se reformatasse o conceito de publicações oficiais, fonte de corrupção.  

Diferentemente do que afirma o deputado por São Bernardo, a derrubada do Congresso Nacional ao veto do presidente da República que desobrigava órgãos públicos de publicarem seus atos em jornais não é um obstáculo à transparência e tampouco um paredão na corrupção. Exatamente o contrário disso.  

Se há uma conexão nociva à democracia que se pretende no País, é essa que alimenta pequenos e médios jornais, principalmente, com nutrientes corrosivos de licitações que aproximam o jornalismo e os órgãos estatais longe dos rigores éticos. 

Retaliação presidencial  

É verdade que o presidente da República Jair Bolsonaro agiu com propósitos retaliatórios na empreitada obstada pelo Congresso Nacional, através de emenda de Alex Manente. Isso é outra história e não tem nada a ver com o que propus há quase seis anos, quando Bolsonaro não passava de obscuro deputado. 

As declarações de Alex Manente hoje no Diário do Grande ABC são o resumo da ópera da caquética oratória de um legislador aquém das demandas de uma sociedade mais justa e participativa.  

Disse ele: “Um dos itens que defendemos e apoiamos se refere à Lei de Licitações. Precisamos dar ampla publicidade, especialmente em jornais que têm tiragem importante e penetração na sociedade. É ferramenta importante para ampliar a transparência. Os atos públicos precisam ser transparentes e publicizados”.  

Mais declarações  

Nos parágrafos seguintes da reportagem do Diário do Grande ABC, Alex Manente afirmou: “Os atos públicos são acompanhados pela sociedade por meio de jornais e desobrigar essa publicação poderia abrir caminhos para a corrupção. “Nada mais transparente do que tornar público determinado ato por meio de jornal impresso. Não são todos que têm acesso a meios digitais. E há também o entendimento da sociedade civil organizada de ver as licitações pelos jornais. Derrubar o veto é questão de transparência”. 

Como os leitores podem notar, se trata claramente de um estelionato informativo, opinativa e argumentativo. Atos oficiais são o quarto de despejo do quarto de despejo de audiência de leituras dos jornais impressos. Nichos insignificativos da sociedade os consomem. São na verdade moeda de troca-troca de linhas editoriais. A cada nova licitação é uma batalha nos bastidores. São as empreiteiras das comunicações para pequenos e médios jornais.   

Quem coloca a publicação impressa de atos oficiais como mantra de democracia, transparência e probidade é ruim da cabeça de análise ou doente do pé de escrúpulos. A generalização dos conluios que fluem das relações entre jornais impressos pequenos e médios, principalmente, e os Executivos municiais, seria um exagero, claro. Mas é quase que um lugar-comum entre as partes.  

Não fosse o que é, um jovem-velho político, e não estivesse preso à engrenagem político-partidária-midiática que só enxerga o próprio umbigo, Alex Manente ficaria para a história da região e do próprio País. Bastaria intervir com emenda constitucional que tornasse a prática de publicações oficiais o antídoto à situação que vem de longe, como se sabe.  

Piscar de olhos  

A literatura da corrupção institucionalizada na arte de unir o útil do dinheiro público ao agradável do controle da mídia seria explodida num piscar de olhos. E a tal sociedade civil organizada, que não existe no Grande ABC (o que temos mesmo é sociedade civil desorganizada) poderia finalmente florescer e, ao mesmo tempo, reconhecer o brilho de seus representantes oficiais.  

Para desgosto dos detratores de sempre, estruturadas em grupos específicos, muitos dos quais mantidos com dinheiros públicos, volto ao passado para reproduzir a proposta do que nominei de Reportagem Premiada. Uma temática que colide frontalmente com o apadrinhamento compulsório ditado pelas relações incestuosas entre mídia impressa, principalmente, e prefeituras.  

O material que se segue foi publicado na Revista República. A data está logo abaixo:  25 de agosto de 2015. Quem era Jair Bolsonaro? Portanto, não confundam as bolas. Mais que isso: quem não enxerga as bolas está perdoado, mas quem enxerga e usufrui das bolas, deve ficar calado. Alex Manente é uma velharia num corpo jovem. Mas ainda tem tempo para reagir. Para isso, precisa jogar no lixo as traças de lobista dos jornais.  

Jornalismo premiado é

saída para impressos  

 ANDRE MARCEL DE LIMA - 25/08/2015 

O jornalista Daniel Lima é ousado nesta entrevista especial. Ele defende que o jornalismo impresso, duramente atropelado financeiramente pelas novas tecnologias de comunicação a bordo da Internet, deveria ser premiado pelo Estado como forma de incentivo ao processo de informação que resulte em ganhos de eficiência na máquina pública. Para Daniel Lima, fundações públicas de direito privado poderiam virar plataformas de maior independência dos veículos impressos que denunciarem com provas sólidas escândalos relacionados ao mau uso do dinheiro dos contribuintes. Esses veículos seriam contemplados de acordo com os recursos resgatados. O experiente jornalista garante que os resultados seriam incomparavelmente mais úteis para a sociedade em forma de investimentos sociais do que a dinheirama que o Estado entrega anualmente aos partidos políticos, muitos dos quais integrantes da engrenagem de escândalos que assolam o País.    

Revista República -- Qual sua avaliação sobre o nível qualitativo do jornalismo exercido atualmente no Brasil?  Quais são as principais deficiências e quais seriam os caminhos para garantir seu aprimoramento?    

Daniel Lima -- A quase totalidade do jornalismo impresso no País não se deu conta de que o produto que entregam a cada dia tem prazo de validade vencido. As demais mídias, sobretudo os bons sites e os programas jornalísticos da TV fechada, principalmente, praticamente esgotam a pauta dos jornais impressos do dia seguinte. Há pouca interpretação e muita repetição. O Valor Econômico e o Estadão conseguem saltar dessa redoma de ortodoxia. A Folha de S. Paulo tem gigantesco grupo de colunistas que salva a pátria do noticiário rasante. Os leitores de veículos impressos vão exigir cada vez mais interpretação, análise, opinião. A informação rasa fica para os sites, mas o melhor é não subestimar a força do digital. Já há exemplos bem-sucedidos de aprofundamento e análise.   

Revista República -- No Brasil índices de leitura de jornais são baixíssimos em comparação a países mais desenvolvidos e instruídos. Isso faz com que os anunciantes tenham um peso relativamente maior na planilha de receitas das publicações, tanto os anunciantes públicos, como governos federal, estadual e municipal, incluindo autarquias e empresas governamentais, quanto anunciantes privados, de setores como o imobiliário, por exemplo. Como garantir independência editorial no tratamento dos temas relacionados a esses segmentos de interesse quando se depende tanto do ingresso de recursos publicitários de governos e empresas para a sobrevivência das publicações?    

Daniel Lima -- A mistureba pouco ética de interesses jornalísticos e publicitários avança na medida em que os veículos impressos perdem receitas e leitores para outras mídias. Talvez a salvação no futuro, uma salvação que já se insinua embora com consistência duvidosa, seja a massificação da leitura online paga, que se espalha pelos grandes jornais. Acredito num processo retroalimentador entre o material físico e o virtual como mola propulsora de sustentação financeira. 

Revista República -- Falando um pouco de jornalismo regional, recentemente o senhor cunhou a expressão "regionalismo midiático" em contraposição ao "provincianismo midiático", em um de seus artigos publicados na revista digital CapitalSocial. O que essa distinção significa e como pode ser percebida na linha editorial de um jornal?    

Daniel Lima – Em linhas gerais e de forma bem resumida, regionalismo midiático significa aparelhar-se de dados, de estudos e de contextos na elaboração de reportagens e análises que não desprezem o mundo externo. Provincianismo midiático é o encarceramento triunfalista e obtuso ditado por informações restritas à região, desconsiderando o mundo externo. E esse mundo externo é elástico, como comprovam as estatísticas e informações relacionadas, por exemplo, ao G-22, grupo formado pelos sete municípios locais e as 15 maiores economias do Estado. O G-22 é fundamental para analisarmos até que ponto estamos conseguindo nos sustentar em várias questões ante a concorrência. Provincianismo midiático é o que mais se pratica na região, daí chamar o antigo Grande ABC de Província do Grande ABC. Em suma, os veículos regionais não podem ser escravos do próprio território em que atuam. Devem ter o controle do mando de jogo das informações locais frente quaisquer concorrentes externos, sem se enclausurar numa bolha inviolável.   

Revista República -- O advento da Internet e das redes sociais subverteu a lógica do processo de disseminação de informações. Antes, a capacidade de gerar e distribuir informações em larga escala era para poucos players da mídia. Hoje, qualquer cidadão munido de um smartphone e conectado a uma rede social se transforma num propagador em massa de informações, interferindo, inclusive, na cobertura das mídias tradicionais. Os blogs, aliás, são a epítome desse novo cenário. De que forma o senhor observa esse processo, que pode ser caracterizado tanto como "democratização" como "banalização" informativa, dependendo do ângulo de análise?    

Daniel Lima -- Há monumentais carregamentos de joio e pouquíssimos registros de trigo com a multiplicação de plataformas de comunicação. É preciso ser especialista na matéria chamada jornalismo para distinguir alhos de bugalhos. Não existe jornalismo respeitável sem profissionais que saibam se comunicar. Para saber se comunicar é preciso ter talento, conhecimento, personalidade e determinação. E ser profissional da área. Há amadores e aprendizes aos borbotões que fazem muita fumaça, apenas fumaça, os quais só resistem ou mesmo ganham terreno de audiência porque vivemos num País pouco exigente com as fontes de informação.   

Revista República -- No Brasil e no mundo, veículos impressos tradicionais reduzem tiragens e equipes de jornalismo por conta de dificuldades financeiras alegadamente relacionadas à concorrência da plataforma online. Ao mesmo tempo, pouquíssimos players mundiais da mídia conseguem converter o jornalismo online em provador de receitas estáveis. O jornalismo baseado em papel como conhecemos estaria em rota de extinção? Como assegurar qualidade informativa num cenário em que os consumidores destas informações resistem a pagar pelo que acreditam que podem obter gratuitamente na web?   

Daniel Lima -- Uma das alternativas, além do amadurecimento dos projetos de jornalismo online pago, é a expansão de iniciativas deflagradas no Primeiro Mundo e que consistem em fundações voltadas principalmente ao jornalismo investigativo. A atividade jornalística é questão de Estado, tanto quanto a Educação, a Saúde e a Segurança, entre outras. Deveria, portanto, ser pensada inclusive como instrumento fundamental à democracia. Socorrem-se setores econômicos em períodos de baixa de mercado enquanto a mídia impressa sofre há muitos anos com crises que parecem eternas. Entregam-se tantos recursos financeiros do Estado a partidos políticos e não se criam mecanismos para dar suporte a iniciativas jornalísticas que contribuam à consolidação da democracia, reduzindo a carga de dependência publicitária e de consequentes pressões do mercado privado e de corporações estatais.    

O assunto merece amplos estudos, porque não guarda relação com subsídio seletivo. Trata-se de dar respaldo econômico a publicações socialmente responsáveis. Respaldo econômico que adviria em forma de premiação por conta de reportagens que redundassem em denúncias de falcatruas com o dinheiro público. Não seria nenhum favor, portanto. O Estado brasileiro, em várias instâncias, oferece bônus a ocupantes de organismos fiscais que atuam na descoberta de corrupção. Essa proposta não tem nada de paternalista; muito pelo contrário, porque vai elevar receitas dos governos em várias esferas e contribuir de forma enfática para combater a impunidade.   

Revista República -- A cada ano, faculdades brasileiras de jornalismo descarregam milhares de recém-formados num mercado de trabalho em franco processo de encolhimento. O senhor acredita que estes jovens estão fadados a um reposicionamento da carreira profissional, ou as novas oportunidades proporcionadas pelas plataformas digitais seriam suficientes para absorvê-los a contento, isto é, com salários razoavelmente satisfatórios, no médio prazo? Que conselho o senhor daria a um recém-formado ou a um jovem que estivesse interessado inclinado a optar pela carreira de jornalista?    

Daniel Lima -- O melhor conselho é que não lhe mintam. Ele precisa conhecer a realidade do mercado jornalístico muito além de William Bonner e algumas poucas cabeças premiadas. Acho que o melhor resumo que poderia sugerir para dizer o estágio em que está o mercado jornalístico é que somos eterno mercado imobiliário em período de baixa demanda, de encalhes, como agora. Sinto uma dor no peito quando recomendo a candidatos a jornalistas que repensem a proposta porque a profissão, para imensa massa de profissionais, é um tiro no pé ao ferir a lógica de que, quanto mais tempo na atividade, mais recompensa financeira promoverá. É exatamente o inverso. Um advogado de qualidade e experiente vale muito mais que um jornalista em semelhante situação. Como já disse, uma das maneiras de valorizar e incentivar a prática de jornalismo é a intervenção independente de fundações mantidas com recursos públicos alimentados por reportagens premiadas por denunciar corrupção. O Estado só tem a ganhar. E a sociedade também.   

Revista República -- Além da Internet, quais as principais diferenças que o senhor nota no jornalismo de hoje em relação ao praticado há 40 ou 50 anos, quando o senhor iniciava na carreira?   

Daniel Lima -- No meu tempo de juventude, no Interior de São Paulo, o rádio era o concorrente maior do jornalismo impresso. Mas nada se compara a estes tempos de internet. O lado bom para os profissionais de qualidade é que tanto como o rádio no passado e ainda nestes dias, mas principalmente como a internet nestes tempos, a informação com peso de conhecimento, personalizada, só tem a ganhar ante a massa de notícias com as quais convivemos em várias plataformas. Distinguir-se na multidão de mesmice tem o preço de dedicação completa à atividade.   

Revista República -- O senhor é referência pela convicção e conhecimento com que defende seus posicionamentos. Poderia citar profissionais nacionais ou internacionais que sejam referência na profissão, e por que?   

Daniel Lima -- Prefiro citar conceitos que representam respeitabilidade e credibilidade. Sem leitura intensa e múltipla, sem determinação para encontrar pelo em casca de ovo, sem personalidade rigorosa para se livrar das forças de pressão, sem independência ideológica, sem espírito de cão perdigueiro, sem isso, não se faz jornalismo; faz-se apenas simulacro de jornalismo que, infelizmente, domina o cenário nacional. Inclusive entre muitos dos profissionais de grande visibilidade na área.   

Revista República -- O senhor iniciou e consolidou carreira profissional em jornais impressos, migrou nos anos 1990 para o veículo revista, como editor de LivreMercado ao longo de duas décadas, e numa terceira fase, por assim dizer, passou a atuar no jornalismo online com a revista digital CapitalSocial. O que cada meio tem a contribuir com a experiência de um jornalista?   

Daniel Lima -- A base do bom jornalismo é o jornalismo impresso, porque pensado, refletido, perscrutador. Os grandes profissionais do jornalismo eletrônico e digital foram forjados no jornalismo impresso. Quem se construiu nas vias impressas acumulou ao longo dos anos musculatura de maratonista que, com adaptações nada dolorosas, se especializaram em provas menos desgastantes, como as outras mídias. O jornalismo dos jornalistas que não passaram pelo jornalismo impresso é um jornalismo pouco objetivo, repetitivo, muitas vezes enrolador. Quem nasceu na manjedoura do desgaste e do desafio de coletar informações para transformar maçarocas em produto que conquiste leitores sabe o quanto é importante contar com a retaguarda do conhecimento sedimentado. Jornalismo impresso como base da atividade deve ser transplantado para o jornalismo digital ou eletrônico. Caso contrário, é como disputar uma prova de resistência de cara limpa ou disputar a mesma prova de resistência sob o efeito de anabolizantes.    

Revista República -- Em plena era digital, o senhor dispõe de um farto arquivo de matérias de jornal em papel. Qual o tamanho deste acervo e qual a importância no seu trabalho com jornalista?   

Daniel Lima -- Atualizo permanentemente meu acervo material, destacando páginas de jornais e revistas cujas informações foram superadas pelo tempo. Trata-se de ação minuciosa porque nem tudo que parece descartável de fato é. Aliás, foi num desses processos rotineiros de faxina que descobri bobagens transformadas em matéria-prima do livro "Meias-Verdades". O resumo daquela ópera, que segue valendo, é simples: grande parte dos insumos que viram notícias e opiniões transcritas em jornais se torna imprestável, outra parte ilustra como se manipulam interesses e um terceiro bloco, bem menos denso, sobra como exemplo de compromisso com os leitores.   

Jogo rápido   

Idade: 64 anos   

Trajetória Profissional: Revista Cinelândia (Araçatuba), Rádio Luz (Araçatuba), Gazeta da Mooca (São Paulo), Jornal O Repórter (Santo André), Rádio Emissora ABC (Santo André), Diário do Grande ABC, Agência Estado, Jornal da Tarde, revista LivreMercado e CapitalSocial. 



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