Decidimos pegar carona na entrevista de página inteira do Diário do Grande ABC com o prefeito Paulinho Serra. A Santo André que salta das declarações de Paulinho Serra não é Santo André que os moradores de Santo André e visitantes de Santo André encontram. Não cabe a Paulinho Serra a maior parcela desse desencanto. Santo André perdeu a viscosidade econômica e social há muito tempo. De Viveiro Industrial virou Viveiro Assistencial.
Paulinho Serra fala com a seriedade de quem acredita no que fala, mas é preciso estabelecer uma barreira entre a realidade que ele enxerga e a realidade que existe para valer.
Como em diversas oportunidades com Paulinho Serra e outros entrevistados do Diário do Grande ABC e de outros jornais, entramos na conversa como espécie de bicão, de intrometido, de mal-educado. Mas a missão é valiosa.
Intervir escalonadamente a cada pergunta e a cada resposta é uma forma de prestar informações suplementares aos leitores. Tanto para confirmar o que foi dito como para botar o que foi dito num reservatório de desconfiança ou de desclassificação.
CIDADES DIFERENTES
É natural que a Santo André exposta por Paulinho Serra não é a mesma Santo André contraditada por este jornalista. O que nos separa é que o prefeito é um agente político, com alto interesse partidário e eleitoral.
Tem lá sua porção de gestor preocupado com o futuro, porque, caso contrário, seria o fim da picada. Mas é um prefeito, como a maioria dos prefeitos, que fala só de virtudes ou supostas virtudes da gestão que controla.
Já o jornalismo tem por obrigação cavoucar imprecisões. No caso da entrevista de Paulinho Serra ao Diário, nem foi preciso. Bastou botar os olhos nas respostas para as imprecisões saltarem como um prato cheio ao contraditório.
É exatamente tudo isso que os leitores vão acompanhar na sequência. Primeiro, cada pergunta do Diário do Grande ABC. Em seguida, cada resposta de Paulinho Serra. E, finalmente, a intervenção de CapitalSocial. O leitor é que deve estabelecer juízo de valor.
DIÁRIO -- Prefeito, o quanto as ações administrativas implementadas em Sto. André têm sido importantes para o desenvolvimento econômico e geração de emprego?
PAULINHO SERRA -- São fundamentais. De 2017 até aqui, a cidade evoluiu muito e se transformou. Hoje Santo André retomou sua credibilidade e tem R$ 1 bilhão de obras públicas executadas e mais R$ 1,5 bilhão de investimentos da iniciativa privada na cidade. Tudo isso gera emprego, renda e uma qualidade do serviço público melhor nas mais variadas áreas, além do sentimento de solidariedade do morador, que já virou uma política pública do município. São cerca de 60 obras, de vários tamanhos.
CAPITALSOCIAL – As declarações do prefeito não combinam com os fatos. O emprego formal em Santo André não acompanha a média de recuperação dos demais municípios. O emprego industrial, o mais rico em transmissão de sustentabilidade, esvai-se a cada nova temporada. Mal passa de 10% do total de empregos gerais. O desfilar de obras em larga escala sem efeito multiplicador de ganhos enquadra-se na categoria varejista, importante para consertar muita coisa, mas sem poderio de alterar a trajetória.
DIÁRIO -- Qual o papel da Prefeitura para atrair novos investimentos da iniciativa privada?
PAULINHO SERRA -- São três pontos. O primeiro deles é a retomada da credibilidade da cidade, que não pagava suas contas em dia e não tinha capacidade de contratação de obras. A mudança na condição fiscal voltou a fazer com que as empresas passassem a olhar para Santo André. A segunda questão foi a implementação do processo de desburocratização. Recebemos prêmios pelo nosso sistema, que é desburocratizado. Hoje o empreendedor consegue em horas seu alvará, nos casos de empreendimentos de baixa e média complexidade. E tudo isso 100% digital. Há números impressionantes, como o da construção civil, com 700% de aumento, comparado ao período pré-pandemia. Também somamos aí os incentivos tributários, para facilitar a vida do empreendedor. Há outras leis tributárias de incentivo em outras cidades, mas que na prática não funcionam. Aqui só uma grande rede teve abatimento de R$ 800 mil de IPTU por ter gerado emprego na cidade. Na prática, ela funciona para o micro, pequeno e mega empresário. O terceiro ponto diz respeito à estrutura da cidade, junto com a qualificação da mão-de-obra. Se a gente perdeu alguma competividade, lá na década de 1990, por falta de área e outras questões, hoje a gente recuperou isso oferecendo uma mão-de-obra mais capacitada, por meio dos cursos da Escola de Ouro, e reorganizando a nossa vocação.
CAPITALSOCIAL – Santo André perde em competitividade econômica para quase todos os municípios da região e a quase totalidade do G-22, o grupo dos maiores endereços do Estado. A mão de obra com carteira assinada em Santo André só supera, na média de rendimentos, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Santo André vive de emprego escasso na indústria e de um setor de serviços de baixo valor agregado. Não à toa sofre perdas enormes quando se verifica o PIB Geral e o PIB per capita. Santo André está em 168ª posição no ranking de PIB per capita no Estado de São Paulo. Há dúvidas imensas sobre os efeitos de políticas de compensação tributária. O prefeito costuma citar um exemplo como se fosse a regra, mas o que aponta como regra é exceção. Os dados estatísticos são cruéis. Restringir “alguma” competividade perdida por Santo André nos anos 1990 e sugerir que tudo foi superado é no mínimo um ato temeroso de relacionamento com a sociedade, que precisa ser bem informada. Inclusive para que a credibilidade da gestão pública não vire anedota.
DIÁRIO -- E qual é a grande vocação de Santo André hoje?
PAULINHO SERRA -- Hoje é inovação. E a inovação nos abre grandes horizontes, como na logística. Com a recuperação da Avenida dos Estados, a gente tem visto a chegada de grandes complexos logísticos. Tem o nosso Parque Tecnológico, que desenvolveu produtos como a máscara com tecido antibacteriano, que foi tão importante durante a pandemia. E foi desenvolvido em Santo André. Isso não traz grandes plantas industriais como a gente via no passado, mas traz grande valor agregado. No Polo Petroquímico, também há produtos inovadores e tecnológicos que nascem todos os meses. A gente conseguiu reenquadrar esse novo processo de crescimento econômico na inovação, que cabe para todas as áreas, inclusive em serviços. Hoje Santo André também é um grande polo gastronômico do Estado. Qual é a cidade da Região Metropolitana, fora a Capital, que tem os serviços gastronômicos que Santo André? Pouquíssimas. Isso gera emprego, renda e um cadeia produtiva importante. Evento também é outra cadeia. É na inovação que a gente vê saída para discutir a Santo André do futuro. Proporcionalmente, Santo André sempre esteve entre as cidades que mais geraram emprego na Região Metropolitana.
CAPITALSOCIAL – O prefeito insiste em dourar a pílula. A logística tão apregoada está longe de ser a logística desejada. Alguns galpões dedicados à logística de última milha, de entrega de mercadorias e serviços, é uma coisa. Galpões logísticos de suporte industrial é outra coisa, completamente diferente. E Santo André não conta com isso. A gastronomia de Santo André é um nicho sem influência no produto final chamado Desenvolvimento Econômico. O prefeito provavelmente não saberia informar sobre o que representa o setor de bares e restaurantes no PIB de Santo André. Por mais que seja, sempre será pouco. Santo André de Paulinho Serra vive de alguns respiros que serão sempre pouco representativos ante o desastre econômico industrial que vem do século passado e contra o qual, seis anos após tomar posse, Paulinho Serra foi incapaz de desenvolver um projeto de identificação e reparação mesmo que parcial de estragos. O Polo Petroquímico tem vida própria, decisões próprias. Jamais dependeu de políticas públicas de Santo André. Muito pelo contrário. É uma galinha dos ovos de ouro que Santo André jamais soube aproveitar. Tanto é que a vocação de uma cidade de plástico, com suporte acadêmico da Universidade Federal do Grande ABC, nunca foi adiante. Embora LivreMercado e CapitalSocial se debruçaram no assunto ao longo dos anos numa campanha para que a UFABC incorporasse essa matriz como motivação maior de se instalar na região. Formar acadêmicos sem comprometimento regional é enfeitar o pavão de terceiros.
DIÁRIO -- Há sondagens de grupos empresariais para instalar unidades em Santo André?
PAULINHO SERRA -- Temos uma grande empresa do setor logístico, a Goodman, que acaba de adquirir a área da antiga Rhodia Química, e ali vai ser um grande complexo, e eles estão tentando fechar com uma gigante de entregas, que deve vir para cá. A gente recebeu também a Femsa Coca-Cola, grande parte do grupo Raízen, por meio das lojas da rede Oxxo, e outros grupos. E temos 18 galpões que serão inaugurados em breve pela iniciativa privada, e metade deles já está locada para outras indústrias que irão implementar seus complexos logísticos em Santo André, no eixo da Avenida dos Estados. Além disso, a Prometeon, que é antiga Pirelli, trouxe seu laboratório de tecnologia da produção de pneu usado para Santo André, além da sede, que mudou da Avenida Brigadeiro Faria Lima (na Capital) para Santo André. A Braskem, junto com o Polo Petroquímico, tem feito investimentos importantes, da ordem de R$ 500 milhões, na planta daqui, em eficiência energética. Tivemos oportunidade de regularizar por decreto, junto com a cidade de Mauá, o Polo Petroquímico do Grande ABC. Isso sem falar da construção civil e serviços, que geram muita renda.
CAPITALSOCIAL -- A regularização por decreto do Polo Petroquímico que liga Santo André e Mauá não passou de ato burocrático, até agora sem espraiamento num projeto que chamo de Cidade Capuava, sobre a qual o prefeito de Santo André jamais fez qualquer ação. Os exemplos citados por Paulinho Serra no campo da logística confirmam que Santo André vive de logística de serviços, porque tem estrutura socioeconômica que, apesar dos pesares, está entre as maiores no Estado de São Paulo. Mas muito aquém do que já foi e provavelmente mais aquém ainda do que está reservado no futuro. Não se faz uma economia desenvolvimentista com galpões fastfoodianos.
DIÁRIO -- Nesse sentido, o Complexo Viário Santa Teresinha será um divisor de água em termos de logística e mobilidade?
PAULINHO SERRA -- Ele é tão importante quanto a Perimetral para a cidade. É a maior obra viária desde a construção da Perimetral, que completou 50 anos. O nosso grande desafio foi conseguir dar vazão para o trânsito regional, que tem mais ligação com a logística e macroeconomia, com o morador da cidade. Porque o primeiro projeto privilegiava só esse trânsito de passagem e o segundo, só o trânsito local. A gente conseguiu agregar os dois. Então são três fases no Santa Teresinha. A primeira fase a gente entrega, até o fim deste ano, o Viaduto Castelo Branco recuperado. A gente vai entregar em abril do ano que vem a nova ponte, a nova rotatória, que é uma ligação quase direta com a Martins Fontes. E até o fim de 2024 a gente entrega os dois novos viadutos, que vão altear a Avenida dos Estados, que passarão em cima da rotatória, justamente para a gente poder priorizar o eixo da Prestes Maia e tirar 70% do tráfego expresso regional. É uma solução tanto para o morador, que vai poder acessar o seu bairro de forma mais rápida, quanto para a questão logística das empresas.
CAPITALSOCIAL – As obras na Avenida dos Estados terão efeito multiplicador de acessibilidade interna em Santo André, mas estão longe de ser apontadas como o pó de pirlimpimpim de salvação da lavoura. Do ponto de vista de competitividade econômica, pouco será alterado. Afinal, a Avenida dos Estados está muito além das fronteiras de Santo André, como, também, os obstáculos que a caracterizam como um corredor de comprometedora acessibilidade na transposição dos municípios. Faltou à gestão de Paulinho Serra um olhar mais abrangente e ações mais bem concatenadas com os chefes de Executivos dos municípios abrangidos pela Avenida dos Estados, em tratativas e ações conjuntas. As obras na Avenida dos Estados, em Santo André, são um puxadinho numa residência que está em frangalhos. A velocidade que se ganharia com os investimentos nos pontos mencionados se diluirá no conjunto do traçado, ou mesmo vão se agravar por conta de demanda reprimida. A Avenida dos Estados pós-Anchieta e Imigrantes perdeu o viço e o futuro como eixo desenvolvimentista. A cidade de São Paulo praticamente a abandonou como eixo econômico. E a metástase espalhou-se pela região. As obras de Paulinho Serra vão oferecer resultados positivos muito localizados, sem influenciar no placar final. Será um gol de um time que está perdendo de goleada. E esse time é formado pelos municípios diretamente ou não impactos pela Avenida dos Estados.
DIÁRIO -- Falando em mobilidade, o quanto a chegada do Metrô a Santo André vai contribuir nesse processo?
PAULINHO SERRA -- Muito. Transporte público de alta capacidade contribui. Infelizmente a gente perdeu a Linha 18, e agora a região vai contar com o BRT, que é uma ferramenta importante. Mas o Metrô é muito importante para o Grande ABC. E agora a gente enxerga uma possibilidade real de a gente ter a Linha 20-Rosa, ligando a Lapa a Santo André. Isso pode representar mais uma grande transformação na cidade, que vai nos ligar a grandes eixos econômicos da Capital, como a Faria Lima. A gente vai lutar muito, e a Ana Carolina também na Assembleia, para que o Metrô saia do papel.
CAPITALSOCIAL – O metrô é tão importante quando inquietante para o Grande ABC. A força de atração da vizinha Capital, à qual estará ligada a obra, vai provocar muitas perdas locais em termos de consumo e fuga de mão de obra. Teremos, como tivemos e temos no caso do tramo sul do Rodoanel, um esvaziamento econômico ditado por forças de mercado. O Grande ABC antes do Rodoanel era muito maior que o Grande Oeste, formado por Osasco, Barueri e outros cinco municípios. Agora, somos inferiores. Muito inferiores. Sem política econômica apropriada à demanda provocada pelo metrô, nossos consumidores vão bater asas. Paulinho Serra repete a velha canção de gestores que só têm olhos unidirecionais: não vê o conjunto da obra. Que será terrivelmente problemático.
DIÁRIO -- Recentemente, Santo André aprovou as diretrizes para implementação do Metrô. O que isso significa?
PAULINHO SERRA -- Significa que a cidade está pronta para quando chegarem as obras. A instalação do Metrô é uma operação complexa. Todo esse impacto foi calculado, medido e aprovado. A gente entregou o projeto para a direção do Metrô. Quando a gente aprova as diretrizes, a gente está dizendo para que o Metrô que siga nesse caminho que a gente consegue implementar. O traçado, inclusive, passa embaixo da Prefeitura. As desapropriações seriam apenas para instalação da estação. O pátio de manobras vai ficar perto da atual estação Celso Daniel da CPTM.
CAPITALSOCIAL – O prefeito de Santo André não previu os desencontros entre a obra propriamente dita e os deslocamentos de consumidores à Capital. O impacto econômico será o contraponto alucinante do impacto em forma de acessibilidade, que beneficiará o aumento do grau de metropolização do Grande ABC, em detrimento da regionalidade já frágil. Ter ramal de metrô é muito bom, desde que acompanhado de plano econômico.
DIÁRIO -- Como está a questão do piscinão da Vila América?
PAULINHO SERRA -- A gente focou e investiu muito na questão da prevenção de chuvas. E a gente investiu também em diagnóstico. Santo André é uma das cidades que consegue prever a condição climática. A gente tem 16 estações climáticas, bueiros inteligentes, uma série de ferramentas tecnológicas na drenagem. E, com base no que a gente tem de diagnóstico hoje, o piscinão tradicional não é a única solução para o tipo de problema que a gente enfrenta na Vila América. Então a gente pediu para o banco internacional, que é a CAF, rever os projetos baseados nessas novas chuvas que a gente enfrenta. E chegamos à conclusão que iremos fazer vários armazenamentos de água de menor capacidade. Ao invés de fazer um grande piscinão, vamos fazer vários pequenos piscinões e aumentar a área de permeabilidade. Vamos apresentar esse projeto no início de maio. Estou antecipando aqui para vocês. Vai ser uma solução mais barata e mais eficiente. O morador da Vila América pode ficar tranquilo que não sairei da Prefeitura sem resolver esse problema.
CAPITALSOCIAL – O prefeito de Santo André segue a trilha da maioria dos prefeitos da região tanto no presente quanto no passado, o que explica tanto o presente quanto empalidece o futuro: tem conhecimento e ações varejistas, no aqui e agora, mas parece de olhos vendados no horizonte não muito distante. A atenção que se dá aos bueiros não se deu à operação geoeconômica do metrô.
DIÁRIO -- O sr. deixou recentemente a presidência do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC. Que balanço o sr. faz do período em que esteve à frente da entidade?
PAULINHO SERRA -- Tivemos períodos desafiadores. Quando assumi a primeira gestão do Consórcio (2019), três cidades tinham saído (Diadema, São Caetano e Rio Grande da Serra) e a gente conseguiu fazer com que voltassem. Esse foi um grande desafio. E aí veio a pandemia (comandou a instituição também em 2021 e 2022). Essa gestão integrada funcionou muito e o Grande ABC foi referência no combate à Covid-19. Mostramos ao governador à época (João Doria) que em algumas decisões ele estava errado e acabamos nos torando referência. Isso eu atribuo à existência de um órgão de gestão como o Consórcio, um dos primeiros do Brasil e que não pode ser abandonado. A nova fase agora é o desafio de fazer com que venham mais recursos, que programas importantes do governo federal passem por lá. E o atual presidente (Marcelo Oliveira, prefeito de Mauá) tem desempenhado esse papel com bastante garra. Não tenho dúvida de que o Consórcio vai ser o instrumento para muitos programas e muitos investimentos importantes para o Grande ABC.
CAPITALSOCIAL – A gestão de Paulinho Serra à frente do Clube dos Prefeitos seguiu o ritual da maioria dos antecessores, em conflito com a herança bendita de Celso Daniel, criador da instância. Trata-se de algo que junta incompetência, partidarismo, revanchismo e exclusivismo. Uma instituição tão badalada pelo prefeito, mas incapaz de detectar desastre dos dois anos de recessão do governo Dilma Rousseff, quando o Grande ABC perdeu 22% do PIB Geral. Durante a pandemia, então, o discurso triunfalista de Paulinho Serra é uma heresia. O Clube dos Prefeitos não fez a lição que se esperava. O Grande ABC passou o vexame de apresentar mortalidade por 100 mil habitantes semelhante à do distrito de Sapopemba, na Capital.
DIÁRIO -- Acha possível ter o retorno de São Bernardo e São Caetano ao Consórcio?
PAULINHO SERRA – Com certeza. É questão de tempo. A história corrige. Nenhuma decisão individual é mais importante do que uma decisão coletiva. Não tenho dúvida que essa rota será corrigida.
CAPITALSOCIAL – A fuga de São Bernardo e de São Caetano não tem paternidade bastarda como se pretende estabelecer no balanço dessa tragédia de integração regional. A contaminação de interesses que deveriam estar distantes dos objetivos da regionalidade acabou por provocar fissuras. Uma articulação desastrada para a eleição do novo presidente do Clube dos Prefeitos deflagrou a debandada de São Bernardo e de São Caetano. Ribeirão Pires também havia se retirado, mas voltou pela mesma via que a levou a anunciar saída: a política partidária nociva à construção de um organismo multimunicipalista.
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07/03/2025 PREVIDÊNCIA: DIADEMA E SANTO ANDRÉ VÃO MAL