Política

PESQUISAS ELEITORAIS
ALÉM DOS NÚMEROS (10)

DANIEL LIMA - 19/09/2024

Juntamos neste novo capítulo da série sobre pesquisas eleitorais dois textos que produzi em 2016 sobre as disputas municipais na região. São análises históricas. Aquela foi uma temporada em que os escândalos petistas se somaram à derrocada econômica do governo de Dilma Rousseff. O PT saiu arrasado das urnas. Acompanhe atentamente os dois textos. O primeiro trata do ambiente pré-eleitoral, em junho. O segundo foi produzido no calor dos resultados municipais. 

 

Está muito mais difícil apontar

quem será prefeito na Província

 DANIEL LIMA - 10/06/2016

Há pelo menos 12 motivos a interferirem diretamente nos resultados eleitorais desta temporada na Província do Grande ABC. Muitos desses motivos -- os quais chamaria de quesitos -- não são novidades, embora pouca gente os  leve em conta de forma sistematizada nas análises. Há, entretanto, situações novas ou recentes que prometem ponderações mais cuidadosas no jogo a ser jogado ou que já está sendo jogado. É por essas e outras que tenho adiado e continuarei a adiar análise que estabeleça de forma incisiva quem é o favorito em cada Município. Não me arriscaria a passar vexame.

Se tudo estivesse em ordem e nenhuma dúvida existisse para ser digerida com todo o cuidado, diria aos leitores que seria muito arriscado tentar adivinhar o futuro eleitoral na maioria dos municípios desta Província. Como se sabe, as urnas nem sempre seguem o que dizem as pesquisas eleitorais – sobretudo quando falta tanto tempo para a reta de chegada.

Como está tudo confuso, não boto a mão na cumbuca de forma nenhuma -- por mais que alguns concorrentes pareçam mais fortes que outros. Mesmo nessas situações, sempre sobram pelo menos dois para conquistar o voto do eleitorado. E a disputa mesmo que restrita sempre se apresentará complexa nestes tempos. Por isso mesmo é melhor esperar.

QUESITOS A CONSIDERAR

Acho que para construir um cenário que se encaminhe à definição dos principais concorrentes a cada Prefeitura deve-se levar em conta uma relação de condicionantes que se entrecruzam a ponto de produzir um coquetel que pode ser embriagante no sentido de deixar tonto quem se meter a besta.

Vou expor essa relação logo em seguida, porque foi depois de prepará-la que cheguei à constatação de que o jogo eleitoral neste 2016 nos municípios da região é um clássico convidativo ao drama ou à tragédia a quem se precipitar no apontamento de favoritos.

Vejam os pontos que devem ser considerados por quem decidir embrenhar-se mato eleitoral adentro para decifrar o caminho preferencial da maioria do eleitorado. Observem que se trata de algo emanharadíssimo. Não é tarefa para principiantes. E tampouco poupará esforços e cautela de especialistas. Aliás, quanto mais especialistas procurarem encontrar respostas seguras, mais terão a certeza de que podem estar num mato de alternativas sem cachorro de convicção para expressarem conclusões definitivas.

Vamos então ao elenco de condicionantes à definição eleitoral nesta temporada na Província do Grande ABC:

1. Descrédito generalizado da classe política.

2. Máquina eleitoral.

3. Descrédito maior de quem está no poder.

4. Desinteresse de parte substantiva dos eleitores.

5. Municipalização da pauta.

6. Nacionalização da pauta.

7. Baixa audiência dos programas eleitorais.

8. Financiamento escasso e desconfiado.

9. Novos rescaldos da Operação Lava Jato.

10. Memória eleitoral.

11. Economia regional em frangalhos.

12. Centralidade da macropolítica nacional. 

A pergunta que faço é simples e direta: quais candidatos conseguirão dar um drible nas intempéries ambientais do jogo eleitoral na região – e no Brasil como um todo, apesar das especificidades locais – e, com isso, minará a resistência dos eleitores mais do que nunca escaldados com os representantes políticos?

A dificuldade de estabelecer pesos relativos nesse conjunto de indicadores torna os prognósticos ainda mais arriscados. Vou dar um exemplo: pesa mais para um candidato que detém o cargo de prefeito na região a possibilidade de utilizar-se da máquina pública numa atmosfera de recuo de financiamento eleitoral ou prevalece o ônus do desgaste de estar no cargo numa temporada hostil aos mandantes do jogo administrativo?

Traduzindo: que vantagem Maria leva ao estar na condição de prefeito se por outro lado o eleitorado supostamente interessado em renovação de valores entender que já passou da hora de trocar o titular do Paço, mesmo que para tanto recorra a um candidato que eventualmente já tenha estado no cargo ou que está cansado de tentar chegar ao cargo?

MUNICIPALIZAÇÃO E NACIONALIZAÇÃO

Passo a exemplo em que a subjetividade destrói o muro que blindaria em larga escala o prevalecimento da municipalização da pauta em oposição à nacionalização da pauta. Quanto pesa na estrutura de definição de cada voto em outubro próximo o que um determinado prefeito do PT possa valorizar na agenda de realizações locais ante a avalanche que o partido sofreu nos últimos tempos com o escândalo do Petrolão e o afastamento da presidente Dilma Rousseff?

Explicando: o eleitor vai dar mais importância ao eventual saldo do prefeito petista de plantão ou prevalecerá o martelar incessante da mídia de massa sobre os estragos da Operação Lava Jato?

Viram que não é nada fácil tentar perscrutar a cabeça do eleitorado às próximas eleições na região? E olhem que estou expondo apenas dois dos aspectos listados. Mas posso ir adiante, porque o tema é instigante.

Por exemplo: um candidato a prefeito que já tenha sido prefeito tem a suposta vantagem do que chamam de memória eleitoral. Normalmente esse concorrente lidera as primeiras pesquisas eleitorais. A sustentação dessa liderança passará por vários mata-burros. Se for petista, as dificuldades serão bem maiores. Se não for, mas deixou percalços graves que possam ser explorados pelos adversários, também poderá sofrer baixa. Verificaram que memória eleitoral é um vetor que tanto pode ser positivo como também uma encrenca? Exemplos na região não faltam, como se sabe.

DESINTERESSE E DESCRÉDITO

Também é preciso diferenciar desinteresse de descrédito dos eleitores. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Desinteresse é o somatório de vagabundagem acumulada da classe política que se manifesta a cada disputa eleitoral na forma de votos em brancos e nulos, além de abstenção. Descrédito é algo mais recente, decorrente das águas da Operação Lava Jato, principalmente. Descrédito é formado por uma nova leva de eleitores que até outro dia eram cidadãos que entendiam ser dever cívico irem às urnas eletrônicas.

Resta saber qual será o volume desse grupo nas próximas eleições. E quantos se tornarão desinteressados de vez nas eleições seguintes. Sim, porque eleitores descréditos estão a apenas um passo de eleitores desinteressados.

Praticamente um terço do eleitorado da região – número semelhante ao da média nacional – deixou de votar nas últimas eleições, votou em branco ou anulou o voto. Quantos serão agora? Quem vai perder mais? Os petistas estão apavorados porque os níveis de rejeição a Lula da Silva e Dilma Rousseff são muito superiores aos de políticos de outras agremiações. Sofrem por antecipação com o efeito-contaminação.

A virtude histórica de o PT ser uma agremiação com agregado de valores que o tornavam claramente diferente dos demais, quase que integralmente sacos de gatos, tornou-se um bólido destrutivo, porque homogeiniza, junto ao eleitorado, o sentimento de frustração e desencanto. Aquela parcela de um terço do eleitorado que ficava ao sabor das circunstâncias político-eleitorais para decidir em quem votar na reta de chegada bandeou-se para o terço que nutria horror ao petismo. 

 

Massacrado na Província, PT

soma apenas 11,79% dos votos  

 DANIEL LIMA - 03/10/2016

A derrocada econômica que instalou o Brasil na pior recessão de todos os tempos e as tormentosas etapas da Operação Lava Jato atingiram em cheio o berço do Partido dos Trabalhadores. O PT da Província do Grande ABC saiu das urnas neste domingo com os piores resultados da história. Não elegeu um prefeito sequer, disputa dois segundos turnos com poucas possibilidades de vitória e viu o efetivo de um fiel eleitorado minguar. Apenas 11,79% dos eleitores habilitados na região votaram no PT. 

A lipoaspiração do eleitorado petista já era prevista, mas chegou a um nível que beira o estarrecedor. Se em vez de se contabilizarem os votos petistas tendo como referência o total do eleitorado regional e restringir a goleada aos votos válidos (que desconsideram eleitores que não deram as caras às seções eleitorais) o índice de votação destinada ao partido sobe para 19,35%. Um resultado muito aquém de outros tempos. Principalmente a partir de 2000, quando se iniciou avalanche regional que em muito contribuiu às sucessivas vitórias petistas ao governo federal. 

Do total de votos cadastrados na Província do Grande ABC (2.033.918), o PT somou apenas 239.829 nos sete municípios em que concorreu a prefeito. Dos mais de dois milhões de votos disponíveis, apenas 1.263.391 são considerados válidos, ou seja, foram efetivamente sufragados pelos eleitores. O resultado significa que 37,89% do eleitorado não votaram em qualquer candidato. Foram 770.527 votos sucateados. Em nove de setembro escrevi análise que prognosticava 35% de votos sucateados (nulos, brancos e abstenções). Nas eleições anteriores, em 2012, foram 29%. Quem entendeu que estava a exagerar certamente se deu mal. 

No total, foram 114.382 votos em branco (5,62%), 278.178 votos nulos (13,67%) e 412.848 eleitores ausentes (20,30%). Os votos válidos chegaram a 1.621.070, ou 79,70% do total disponível. Votos válidos, nesse caso, desconsideram apenas as abstenções. 

MAIS DESPERDÍCIOS 

Em relação à vizinha São Paulo, que conta com farta mídia de massa, os resultados da Província do Grande ABC poderiam ser mais graves. Na Capital foram 34,84% os votos sucateados, resultado de 5,29% de votos em branco (367.471), 11,35% de votos nulos (788.379) e 21,84% de abstenções (1.940.745). 

O prefeito paulistano Fernando Haddad, do PT, obteve apenas 10,88% dos votos disponíveis. Quando a equação envolve votos válidos, que eliminam as abstenções, Haddad alcança 16,70%. Também na Capital a votação do primeiro colocado (João Doria, com 34,72% do total cadastrado) foi inferior à soma dos votos sucateados (34.84%). 

Sobraram apenas dois petistas para tentar salvar a pátria avermelhada no segundo turno das eleições na Província do Grande ABC. Mas a possibilidade de passarem à nova etapa sem reveses parece improvável.

Ao contrário do que tanto tentaram fazer crer, os petistas sofrem com o voto federalizado. Os temas nacionais, como corrupção e, principalmente, as elevadas taxas de desemprego, sobrepõem-se às especificidades administrativas locais. Uma situação que se explica sobretudo porque os grandes aglomerados humanos das regiões metropolitanos têm comportamento eleitoral menos municipalista em situações especiais como as que envolvem a economia em parafuso e a política criminalizada pela Operação Lava Jato. 

ESPAÇOS A EXPLORAR 

Em Santo André, o prefeito Carlos Grana está no segundo turno por vantagem mínima sobre o ex-prefeito Aidan Ravin. Pouco mais de três pontos percentuais (e menos de nove mil votos) separaram os dois concorrentes. O tucano Paulinho Serra chegou à frente com 35,85% dos votos válidos. Quando se consideram os votos totais cadastrados, Paulinho Serra alcançou apenas 20,98% do eleitorado de Santo André. 

Essa pode ser uma notícia ruim para quem precisa de representatividade social para assumir o Paço Municipal, mas também carrega viabilidade de o concorrente incorporar novas levas de eleitores. Os votos sucateados em Santo André chegaram a 41,46% do eleitorado. Ou seja: de cada 100 votos disponíveis, os concorrentes só foram escolhidos por 58,59% dos eleitores. Há campo aberto à exploração. 

Paulinho Serra somou 119.540 votos, contra 67.628 de Carlos Grana. Para onde irão os 56.804 votos de Aidan Ravin?  São nada menos que 17,04% dos votos válidos (ou 9,97% do total do eleitorado cadastrado). Carlos Grana somou 67.628 votos válidos (20,28%) ou apenas 11,87% dos votos possíveis. Santo André dispõe de 569.662 votos cadastrados, dos quais 238.212 foram sucateados na primeira rodada. O índice de abstenção alcançou 22,24% (126.693 votos), enquanto votos nulos somaram 18% (79.744) e votos em branco chegaram a 6,72% (29.775). 

DESTRUINDO PESQUISAS

Orlando Morando surpreendeu com o primeiro lugar ao final da rodada de votos em São Bernardo. Não que o passado indicasse resultado diferente, mas a maioria das pesquisas o colocou sempre atrás de Alex Manente. Os votos ao petista Tarcísio Secoli não surpreenderam. Ele ficou em terceiro lugar. Morando teve 45,07% dos votos válidos (27,67% do total geral), contra 28,41% de Alex Manente (17,44% do total geral) e 22,57% (13,85% do total geral) de Tarcísio Secoli. Em números absolutos, Morando registrou 169.310 votos, Manente 106.726 e Tarcísio Secoli 84.768 votos. 

O índice de votos sucateados em São Bernardo foi menor que em Santo André. Do total geral de eleitores cadastrados (611.777), 38,60% (236.159 votos) tornaram-se imprestáveis. Desse total, 122.600 votos (20,04%) apontaram eleitores ausentes, 81.842 (16,73%) votos nulos e 31.717 (6,48%) se converteram em votos em branco. Apenas 375.637 foram considerados votos válidos, destinados a um dos candidatos ou que viraram votos em branco ou nulos.

A transfusão de votos petistas em favor de Alex Manente pode ser um complicador ao candidato tucano Orlando Morando no segundo turno. Mas também pode ser um facilitador. Tudo vai depender de como a mensagem vai chegar ao eleitorado. Em estratos sociais economicamente mais elevados, do chamado centro expandido, Morando e Manente contam com eleitorado semelhante e avessos ao petismo.

DIFERENÇA EMBARAÇADORA 

Oficialmente, Manente deverá excomungar os votos dos herdeiros de Lula da Silva, mas há acertos de bastidores para que tenha reforço dos avermelhados nos nichos ainda mais resilientes do petismo, situados na periferia.  

A larga diferença consumada por Orlando Morando criou embaraços ao grupo de elite que desenha a corrida de Alex Manente rumo ao Paço Municipal. É verdade que na soma dos votos do representante do PPS e do PT há supremacia numérica (22.184 votos) em relação aos votos amealhados por Orlando Morando, mas essa contabilidade não é levada a sério como projeção. 

Há camadas de eleitores petistas inconformados com o voto de Alex Manente, deputado federal, pelo impeachment de Dilma Rousseff. Tratou-se de posicionamento inescapável. Manente sofreria prejuízos eleitorais incalculáveis caso se juntasse à minoria de esquerdistas com os quais estabeleceu relacionamentos ao longo dos tempos em São Bernardo. 

SUCATEAMENTO DEMAIS

Também haverá segundo turno em Diadema, antigo reduto petista que, após a derrota para o verde Lauro Michels em 2012, acompanhou o deslocamento da etapa final do candidato Manoel Maninho, que obteve apenas 16,37% dos votos validos (9,64% dos votos cadastrados). Vai para o segundo turno o prefeito Michels (48,10% dos votos válidos e 28,33% dos votos gerais) contra Vaguinho Feitosa do Conselho (PRB), que somou 21,85% dos votos válidos (12,87% dos votos cadastrados). Do total de 330.911 votos cadastrados em Diadema, 41,09% (135.962) estão catalogados como sucateados. Foram 9.13% de votos em branco (24.174), 17,26% de votos nulos (45.695) e 19,97% de ausentes (66.082). O índice de votos sucateados (41,08%) é semelhante ao de Santo André. Os votos válidos em Diadema (que não levam em conta as abstenções) somaram 73,62% -- 194.949. 

VOLPI AJUDA DONISETE

Completando o grupo de municípios da Província do Grande ABC que contarão com segundo turno, o deputado estadual Atila Jacomussi chegou em primeiro lugar em Mauá com 46,73% dos votos válidos (28,24% dos votos disponíveis), contra 22,90% do prefeito petista Donisete Braga (13,84% dos votos cadastrados). Atila Jacomussi poderia ter fechado a disputa não fosse a votação do terceiro colocado, o tucano Clóvis Volpi, com 20,23% dos votos válidos (12,23% dos votos disponíveis). Atila somou 85.615 votos, contra 41.958 de Donisete e 37.065 de Volpi. 

Os candidatos em Mauá somaram 183.230 votos válidos de um total disponível de 303.088. Ou seja: o índice de sucateamento chegou a 39,54%, com 119.858 eleitores. Desse conjunto de votos desperdiçados, 7,57% (18.833) foram em branco, 18,82% (46.846) nulos e 17.88% (54.192) de ausentes. 

PALACIO FRUSTRADO 

A volta de José Auricchio Júnior ao Paço Municipal de São Caetano em janeiro do ano que vem foi uma epopeia. O tucano que dirigiu o Município durante oito anos -- até que Paulo Pinheiro derrotasse sua indicada Regina Maura em 2012 -- ganhou por diferença escassa do peemedebista. Foram 34,34% dos votos válidos (24,96% dos votos disponíveis), contra 30,71% (22,32% dos votos totais) destinados a Paulo Pinheiro. Em números absolutos foram 32.067 votos para Auricchio e 28.673 para Paulo Pinheiro. 

A estratégia do Paço Municipal quase deu certo. O limite previsto de votação favorável a Paulo Pinheiro, por causa de elevada rejeição, poderia ser contornado com a candidatura de Fábio Palacio, antigo aliado de José Auricchio. Quanto mais votos Palacio conquistasse até determinado patamar, melhor para Paulo Pinheiro. 

Pesquisas detectaram que Palacio canibalizava votos de José Auricchio em proporção suficiente para dar a vitória ao atual prefeito. O ex-vereador foi bem votado. Chegou a 20,66% dos votos válidos (15,02% dos votos cadastrados). Auricchio obteve menos de quatro pontos percentuais de vantagem quando se levam em conta os votos válidos. 

São Caetano de apenas 15 quilômetros quadrados de área e palco de disputa acirradíssima teve o menor índice de votos sucateados na região. Foram 27,30% (35.080 no total). Dos votos sucateados, 3,41% foram em branco (3.696), 10,37% nulos (11.235) e 15,69% de ausentes (20.149). Como nos demais casos dos primeiros colocados na região, uma soma superior aos votos do vencedor José Auricchio. 

GRECCO AJUDA KIKO

Se em São Caetano o candidato de Fábio Palacio quase impediu o sucesso do tucano José Auricchio Júnior, em Ribeirão Pires o vencedor Kiko Teixeira, ex-prefeito de Rio Grande da Serra, beneficiou-se da votação do terceiro colocado, Luiz Carlos Greco, e, com isso, superou o principal adversário, Ednaldo Dedé da Folha. Kiko Teixeira contou com 30,31% dos votos válidos (19,66% do total geral), enquanto Dedé da Folha somou 26,34% (17,09% do total) e Luiz Carlos Greco 23,87% (15,49% do total geral). Em números absolutos, o vencedor totalizou 17.703 votos, contra 15.385 de Dedé da Folha e 13.942 de Grecco. 

Os votos sucateados em Ribeirão Pires ficaram abaixo de 40%, mas acima dos registrados em São Caetano. Foram 31.619 votos em branco, nulos e de ausentes (35,11%) do total de 90.027 disponíveis). Os votos em branco foram 6,10% (4.444), os votos nulos 13,79% (10.052) e os ausentes 19,02% (17.123). 

MARANHÃO REELEITO

O prefeito Gabriel Maranhão se reelegeu em Rio Grande da Serra, o menor Município da Província do Grande ABC, com 45,47% dos votos válidos (31,76% dos votos cadastrados). O tucano superou o petista Claudinho da Geladeira por mais de 12 pontos percentuais. Claudinho obteve 33,51% dos votos válidos (23,41% do cadastrado). O total de votos sucateados chegou a 11.448, com participação percentual de 32,82% -- abaixo apenas de São Caetano. Foram 6,04% de votos em branco (1.743), 9,57% de votos nulos (2.764) e 17,21% de ausentes (6.004). 



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