Após inútil mas mesmo assim esclarecedora tentativa de obter respostas de Ronan Maria Pinto, a direção editorial deste site enviou a dirigentes do Esporte Clube Santo André questões de vital importância ao futuro do Ramalhão. O empresário que comanda o Diário do Grande ABC é presidente do Saged, empresa que privatizou o Ramalhão, disputante da Série B do Campeonato Brasileiro. Questionado por CapitalSocial, Ronan Maria Pinto preferiu fugir de declarações à sociedade do Grande ABC, representada por 120 mil leitores cadastrados neste site.
Um novo questionário, que contextualiza a privatização do Ramalhão, foi enviado ao atual presidente do Esporte Clube Santo André, Celso Luiz de Almeida, ao ex-presidente Jairo Livolis, integrante da atual diretoria e também ocupante de cargo quase figurativo no Conselho Consultivo do Saged, e ao presidente do Conselho Deliberativo, Duílio Pisaneschi.
CapitalSocial adverte que não tem esperança de obter respostas dos dirigentes do Esporte Clube Santo André. Mas nem por isso abdica da função social de testar até que ponto vai o descaso com os leitores.
Há informações sólidas de que os dirigentes estariam pressionados por Ronan Maria Pinto a não se pronunciarem. Trabalha-se nos bastidores com a perspectiva de que CapitalSocial se cansará da iniciativa de inquirir os dirigentes.
Mais que isso: haveria pressões veladas à omissão deliberada de Celso Luiz de Almeida, Jairo Livolis e Duílio Pisaneschi. Eles estariam no alvo de contragolpe de Ronan Maria Pinto, que comanda o Saged com mão de ferro. As assembléias de acionistas são uma encenação A maioria das ações do Saged está sob o controle do diretor-presidente do Diário do Grande ABC.
Celso Luiz de Almeida e Jairo Livolis teriam motivos de sobra para reagir ao individualismo e ao autoritarismo de Ronan Maria Pinto. Eles foram apeados do poder quando da transferência do futebol do Esporte Clube Santo André para o Saged. Embora experientes no futebol profissional, tendo levado a equipe à maior conquista da história do clube — o título de campeão da Copa do Brasil em 2004 contra o Flamengo, no Maracanã — Celso Luiz de Almeida e Jairo Livolis não resistiram à impetuosidade de Ronan Maria Pinto. Foram afastados da direção do Ramalhão. Eles manteriam relações apenas formais com o dirigente máximo do Saged.
CapitalSocial reitera: o objetivo da seção “Entrevista Indesejada” é exclusivamente voltado a despertar a sociedade regional para questões intocadas pela mídia porque envolvem vetores distantes da superficialidade e que se travestem de interesse público. Qualquer interpretação em contrário não passa de orquestração para desclassificar o ineditismo dessa proposta jornalística. CapitalSocial alerta há muito tempo que o modelo do Saged converteu-se em fracasso retumbante para quem enxerga o futebol de Santo André muito além dos gramados. Como se já não bastasse a situação da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro.
A diferença do Ramalhão dos tempos sob controle do Esporte Clube Santo André e dos tempos atuais de domínio do Saged é que ao voluntarismo de poucos abnegados sobreveio o pragmatismo presidencial de negócios sempre bem-vindos no mundo do futebol de resultados, mas extremamente inquietante quando receitas e despesas desandam a procurar rumos diferentes.
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21/11/2016 O que Bigucci tem a dizer sobre organização criminosa?