Imprensa

Diário: Plano Real que
durou nove meses (4)

DANIEL LIMA - 25/07/2024

Cuidado com o que você vai ler em seguida. Muito cuidado. Embora tenham-se passado 20 anos desde o primeiro dedilhar para construir o Plano Real do Diário do Grande ABC, oficialmente chamado de Plano Editorial Estratégico, o que você vai consumir é muito atual. Estamos abordando dois vetores de enfrentamento à situação de então da Redação do Diário do Grande ABC, muito melhor que a atual. Primeiro, a gestão propriamente dita que propunha o processo de recuperação exposto. Segundo, conceitos e exemplos de regionalidade.

Não abdique do direito inalienável de leitor. Seja um leitor crítico do que se segue. Mas não se exceda em questões que eventualmente não tenha conhecimento. Modéstia às favas, o que você vai ler, e o que leu anteriormente nesta série, é muito mais que a experiência vivida, prática, de um jornalista 24 horas por dia. É algo muito maior e importante que uma peça corporativa. É o exame praticamente completo do ambiente regional em sintonia com os pressupostos editoriais. O planejamento que preparei não era e jamais seria um experimento de laboratório especulativo.

Nada, aliás,  que fosse novidade. O que me levou à direção do Diário do Grande ABC durante abortados  nove meses foi o passado de sucesso da revista LivreMercado, felizmente descontinuada após 19 anos. As circunstâncias de então poderiam levar o produto à esterilização. Mas isso é outro assunto.

O fato é que durante nove meses (e não 11 como mencionei anteriormente, traído pelo período imediatamente anterior e inicial como ombudsman), contando com uma linha de frente de profissionais dedicados, mudamos o Diário do Grande ABC de patamar. Uma breve mas inesquecível mudança. Que agora, nestes tempos diferentes, de dilúvio midiático em geral, exigiria alguns novos conceitos e ações.

Leia com atenção o que escrevi em março de 2004, e que direcionou aqueles nove meses mais revolucionários da história do Diário do Grande ABC. Uma breve iniciativa de mudanças, que forças típicas do sistema corporativista externo ao ambiente de Redação, trataram de destruir. Falta de sorte, falta de sorte, do Grande ABC. Com toda a modéstia e prova de trabalho, muito trabalho, de quem comandava a Redação  -- e dos profissionais fabulosos que transformei em equipe. Acompanhem esse novo capítulo. Criticamente. 

  GESTÃO

O setor de insumos editoriais do Diário do Grande ABC será gerenciado por este profissional com ampla autonomia quanto à metodologia operacional, técnica, financeira e de conteúdo. Sempre que houver transbordamento de funções, o setor editorial sustentará interface com o outro macrogerenciamento da companhia, que envolve os setores administrativo, financeiro e comercial. A conceituação mais detalhada desse receituário de atribuições merece algumas linhas. 

A gestão operacional, técnica, financeira e de conteúdo sob controle deste profissional em regime de estreita cooperação dos colaboradores permitirá que se obtenham interações intereditorias.

A rígida divisão microgerencial das editorias que compõem o setor de insumos editoriais do Diário do Grande ABC transforma cada departamento em gueto. Economia, Política, Esporte, Setecidades, Cultura, Polícia, Coluna Social, Arquivo, Fotografia, Transporte, Internet, Suplementos Especiais, entre outros departamentos de insumos, não podem estar desgarrados. É algo tão contraproducente quanto um hipermercado entregar o layout de produtos a profissionais de diferentes enfoques.

A gestão de um produto — no caso, o editorial — sem que todas as partes do conjunto estejam doutrinadas a ocupar a mesma frequência provoca ruídos intensos.

É prioritária a coordenação geral dos departamentos de insumos para que decisões gerenciais compatíveis com os objetivos editoriais, financeiros e econômicos da companhia não virem pó.

Não há segredo algum em construir uma rede de informações extremamente prática de forma a ter à mão o entrecruzamento de organograma e cronograma.

Toda a gestão intelectual do Prêmio Desempenho foi desenvolvida por este profissional, sempre com a colaboração da gerência operacional. O controle é automático por meio de impressos que definem graficamente todas as missões e prazos a serem cumpridos.

O que nos primeiros tempos era um tormento, com sobreposições de atividades, com omissões e desperdício de tempo, acabou enquadrado num compartimento de visibilidade plena.

Todos os profissionais envolvidos em nossos eventos contam com cópias do que chamaria de mapa de prazos e de tarefas a cumprir. Compartilhamos entre os colaboradores a responsabilidade de sustentar estruturalmente os eventos.

Para quem não tem a dimensão do que significa a estrutura de eventos que realizamos como suporte de marketing do produto, talvez surpreenda afirmar que são perto de 40 quesitos a saltar das planilhas. Sem o uso intensivo desse material básico de controle de tarefas e tempo, não existe a menor garantia de que uma desagradável surpresa nos aguardará durante o cerimonial, como, por exemplo, descobrir que os troféus foram esquecidos na sede da empresa quando o tempo que separa a chegada dos convidados e o início do evento não passa de uma hora.

Nos primeiros tempos do Prêmio Desempenho os profissionais do Departamento Comercial foram aproveitados em algumas funções. A experiência se mostrou duplamente conspiratória.

Primeiro, porque os agentes comerciais não participam com regularidade da preparação, já que nem sempre estão na empresa. Diferentemente, portanto, de diversos representantes do pessoal operacional da Editora Livre Mercado, a quem entendemos a missão de construir juntos o PDE, porque seus horários são regulares e internos.

Segundo, porque as funções primárias dos agentes comerciais acabavam confundidas no dia do evento. Por isso, nossos contatos publicitários passaram a atuar livremente durante os eventos, atuando unicamente como relações públicas da companhia; ou seja, foram eliminados da estrutura de recursos humanos do acontecimento.

Aliás, as funções dos profissionais de venda durante a entrega do Prêmio Desempenho revelam a característica de interatividade na Editora Livre Mercado. Nada que surpreenda, porque a própria operação promocional e comercial do Prêmio Desempenho oferece a oportunidade de estreitamento entre os setores de insumo e de publicidade. Tudo que tiver possibilidade de agregado de valor entre editorial e comercial implica na mútua ultrapassagem dos limites das duas áreas.

Os aspectos econômico-financeiros inseridos no conjunto de tarefas de gestão editorial deverão ser observados e atacados sob dois pontos.

Primeiro, em situação de normalidade, de gerenciamento automático deste profissional. Segundo, em situação pouco convencional, de cooperação com o macrogerenciador administrativo, financeiro e comercial. No primeiro caso, os eventuais remanejamentos internos, frutos de decisões conectadas com os objetivos gerenciais, serão automaticamente aplicados. No segundo caso, de novos aportes ou eventuais restrições orçamentárias, nada que debates dos macrogerenciadores não possam resolver.

Em linhas gerais e para que não fique nenhuma dúvida sobre o ritmo que deverá prevalecer, procuraremos introduzir métodos e objetivos em estreita comunhão com o planejamento aqui exposto. Admitir que deverá haver subordinação aos usos e costumes atuais sem que se procurem dentro das condições legais a transposição para um novo modelo teria efeito de engessamento permanente.

A reversão de um quadro em que o produto final — a informação qualificada — está submetido ao torniquete de uma estrutura altamente burocrática supera eventual toque de voluntarismo. O que temos de fato é um caso de emergência. O jornal que vai às bancas, aos endereços comerciais e aos endereços residenciais não pode perder-se no labirinto de práticas antiquadas que sonegam sua própria gênese, ou seja, de veículo de comunicação.

Haveremos de materializar um produto final que reproduza em intensidade muito mais efetiva o universo de colaboradores que constam da folha de pagamento. Um exercício pouco intolerante que confronte o jornal formal que vai ao consumidor e o jornal legal que está espalhado pela Rua Catequese chegará à desagradável conclusão de que há algo de equivocado na companhia.

O produto final está em desacordo com o enfileiramento de nomes e funções. Estamos diante de um caso de uma estatalzinha editorial? Desconfio de que provavelmente retirarei esse ponto de interrogação após os primeiros 30 dias de diagnóstico no local. Complicadíssimo mesmo vai ser desativar esse modelo. Nada que o trabalho de uma equipe motivada não possa realizar.     

  REGIONALIDADE

É preciso compreender o sentido de regionalidade que aplicaremos na linha editorial do jornal para que não se caia na armadilha do reducionismo simplificador. Regionalidade não tem nada a ver com provincianismo. Não faremos do jornal uma repetição diária dos veículos semanários que vivem e sobrevivem de releases dos governos municipais e de empresas privadas que contam com assessoria de imprensa.

O conceito de regionalismo contemporâneo prende-se ao desafio de vasculhar cada centímetro quadrado do território dos sete municípios do Grande ABC sem perder de vista o encaixe metropolitano. Também não poderemos desprezar aspectos nacionais e internacionais. Traduzindo a equação: nosso regionalismo jamais se desgrudaria do ambiente metropolitano e muito menos dos sacolejos globalizantes, mas não cometeria a insanidade de, literalmente, tentar agarrar o mundo, enquanto a essencialidade de sua própria gênese territorial escapa entre os dedos da dispersão.

Teremos, em função das circunstâncias econômicas e financeiras, de promover uma espécie de escolha de Sofia; ou seja, definir um padrão de cobertura predominantemente regional mesmo que isso custe redução do espaço nacional e internacional. Precisamos ganhar o jogo em nosso quintal de forma massacrante, da mesma forma que perdemos quando partimos para a luta em campo adversário.

Queira-se ou não, jogar o jogo do noticiário nacional e internacional com os grandes conglomerados de comunicação é uma batalha inglória. O que não significa que devemos abandonar o barco. É evidente que não, até porque a medida contraria o conceito de regionalidade contemporânea. O que temos de executar — e esse é um caso de decantação — é a busca de novas vertentes de cobertura nacional e internacional que fujam da dependência do noticiário das agências. Apresentaremos um projeto específico sobre isso, mas não numa primeira etapa.

O grande mote que pretendemos apresentar é a captura de um regionalismo moderno, instigante e evolucionista. Algo jamais mostrado na história dos jornais metropolitanos presos a pautas federalizadas com soluços, apenas soluços, locais. Faremos um Diário do Grande ABC Metropolitano, ou seja, estaremos conectados permanentemente a tudo que nos rodeia, sobremodo nos campos que mais de perto atingem nossos leitores.

Não podemos minimizar o fato de que estamos incrustados numa região metropolitana de 39 municípios e 18 milhões de habitantes, que representam quase metade do PIB estadual e cerca de 20% do PIB nacional. Nosso território preferencial é o Grande ABC. Nosso território complementar é a Grande São Paulo. Somos — a Grande São Paulo — um Estado de Minas Gerais em população e muito mais em economia.

Somos quase o dobro dos 420 municípios do Rio Grande do Sul. A Grande São Paulo é um País tratado sem zelo pelos meios de comunicação. O Grande ABC está no interior desse gigantesco painel humano e precisa ser devassado para ser entendido.

Tudo o que estiver ocorrendo na Região Metropolitana de São Paulo deverá nos interessar detidamente. Nossos indicadores sociais e econômicos não podem se circunscrever à geografia do Grande ABC. Temos de correlacioná-los, sempre que possível, com os espaços que nos rodeiam.

A influência do Rodoanel Oeste, que contemplou a chamada Grande Osasco, nos abalou fortemente como espaço socioeconômico, conforme mostramos em matéria baseada em dados estatísticos do Instituto de Estudos Metropolitanos. Não podemos ficar desatentos a isso.

As autoridades públicas, privadas e sociais precisam reagir ao quadro. Não devemos cair na tentação de nos lambuzarmos com estatísticas domésticas, puramente regionais, quando o mundo que nos envolve proximamente ou não, reage de forma mais incisiva.

Um exemplo do que parece melhorar, mas que não passa de ilusão estatística, está no ranking de criminalidade do Instituto de Estudos Metropolitanos. Apresentamos queda nos registros de homicídios dolosos e também em roubos e furtos de veículos, mas aumentamos os casos de roubos e furtos diversos.

Na classificação final, que abarca os três quesitos, perdemos posições e seguimos entre os piores municípios economicamente mais importantes do Estado. Até mesmo São Caetano caiu pelas tabelas.

Como se explica isso? Simples: os investimentos e as ações de combate à criminalidade no Grande ABC não fluíram à altura da maioria dos demais municípios. Ou seja: em termos comparativos, estamos piores do que antes, mesmo que os números absolutos de um ou outro indicador apresentem avanços.

Quem sabe e explora a importância da qualidade de vida para atrair e manter investimentos entende o significado dessa equação. Confrontam-se centenas de municípios nos mais diversos quesitos. O capital, como se sabe, não tem fronteiras. E a flacidez do tecido social do Grande ABC converteu-se em adversário à atração de empresas.

Portanto, regionalidade não pode ser confundida com encarceramento territorial. Devemos estar ligadíssimos aos eventos que nos rodeiam, à medida que se operam em áreas mais próximas ou não. Como se explica que Guarulhos está anunciando 13 novas indústrias que no ano passado se beneficiaram de um regime fiscal que abate os custos do IPTU e mesmo do ISS de construção, enquanto nós, depois de quatro anos da instauração de guerra fiscal semelhante no Grande ABC, só enlaçamos uma única indústria, em Ribeirão Pires?

São muitas as explicações, justificativas e desculpas. Tratamos desse assunto na revista, mas quando abordamos num jornal, cuja capacidade de mobilização é a marca registrada dos veículos diários, a probabilidade de mudanças e reações será maior. A tabelinha entre sensibilização de revista e mobilidade de jornal adquire contorno especialíssimo de otimismo sustentado. Atirar sob o tapete o debate em torno de questões como essa — a competitividade regional — é acreditar em Papai Noel.

Somos cidadãos metropolitanos em intensidade quase semelhante à de cidadãos do Grande ABC. As fronteiras locais são mais tênues que as demarcações metropolitanas. A migração diária de trabalhadores que se deslocam internamente entre os sete municípios é mais intensa que a observada em relação a movimentações em direção a outros territórios da metrópole, mas tem-se acentuado o universo de translados menos convencionais. Isso eleva a responsabilidade editorial de transmitir informações mais elásticas sem perder as raízes regionais. É preciso situar o morador do Grande ABC no contexto metropolitano. Explicar-lhe, por exemplo, a vantagem de uma megaobra viária anunciada por São Bernardo. Ou a construção da Avenida Jacu-Pêssego. O que tanto uma quanto outra vão representar de alternativas de locomoção e também de geração de riquezas.

Há quase duas décadas atravessa parte de nossas fronteiras municipais uma escandalosa serpentina metropolitana, na forma do extenso trecho do sistema de trólebus, que começa na zona leste da Capital, cruza Santo André, São Bernardo e Diadema e desemboca na Capital. Um arco de integração, cujos reflexos sociais e econômicos jamais foram estudados. Quanto das demandas por educação e saúde públicas dos municípios atendidos pelo sistema de trólebus não teria sido adicionado pelas facilidades de transporte?

O que se pretende dizer é que o conceito de regionalidade é tão amplo, contundente e compulsório quanto escamoteador. Exige cuidados especiais para que não seja subvertido. O entendimento será proporcionalmente maior na medida em que se sufocar o simplismo decorrente da falta de informações sistêmicas. Um veículo de comunicação que pretende se posicionar em defesa do território em que atua — e se entenda posicionar em defesa como expressão que não comporta deformações interpretativas voltadas unilateralmente ao cor-de-rosa desavergonhado — deve saber distinguir o momento certo em que uma manchete ou uma foto de primeira página de um treinamento ou de um jogo do Santo André é mais importante que, em situação semelhante, o seria o noticiário envolvendo um dos grandes clubes da Capital. Ou mesmo que uma decisão de um campeonato varzeano com alguns milhares de expectadores tem maior peso que uma decisão da Copa Europeia.

O conceito de regionalidade não pode perder de vista uma lógica operacional muitas vezes esquecida e que precisa ser reiterada para que determine o fim de ilusões e desperdícios: temos de extrair de nossos profissionais de comunicação o máximo de informação do território sobre o qual se debruçam cotidianamente.

Pretender competir com os grandes jornais da Capital no noticiário nacional e internacional sem contar com a equivalência de recursos humanos e materiais disponíveis é dar um tiro no pé. Afinal, deixamos de explorar as peculiaridades de nosso território, onde vivem nossos leitores e assinantes ávidos por informações regionais qualificadas, e nos perdemos no tiroteio de uma competição desigual.

O investimento de uma pequena ou média metalúrgica de Diadema é muito mais importante que a notícia de novas tragédias na Palestina. A notícia internacional será publicada, evidentemente, mas não pode ganhar em importância para os fatos mais relevantes de nossa geografia. Sempre perderemos a batalha do noticiário nacional e internacional, porque as agências contratadas nos sonegam o filé mignon. Sempre ganharemos a batalha do noticiário regional, porque teremos nossos profissionais cuidando do que interessa de fato ao nosso dia-a-dia.

Não podemos mais ver nossos patrimônios pessoais morrerem — como têm morrido porque ainda não inventaram a fórmula da eternidade física — e simplesmente os ignorarmos por falta de conhecimento regional. Em contrapartida, ativos pessoais nacionais e internacionais acabam por ocupar o derramamento de nossos espaços editoriais. Entregamo-nos a uma globalização de mão única — onde o que vale é a globalização excludente do regionalismo contemporâneo. Os personagens que ajudam a construir de fato a história econômica, social, cultural e política do Grande ABC precisam ser valorizados em suas variadas dimensões. Reconhecer-lhes os méritos tem o significado de erguer espelhos que poderão se multiplicar em defesa da regionalidade.



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