Política

Voltando às eleições

DANIEL LIMA - 03/12/2009

O segundo turno das eleições municipais do ano passado no Grande ABC foi disputadíssimo. As prefeituras de Santo André, São Bernardo e Mauá estavam em jogo com orçamentos milionários, poder político que ultrapassa as fronteiras locais e uma evidente implicação de regionalidade. Mais que tudo isso, a bem da verdade: estava em disputa o controle institucional do Grande ABC, pelo menos o controle institucional formal, porque do resultado final sairia o grupo que dominaria tecnicamente o Clube dos Prefeitos.


Por mais que tenha poucos recursos financeiros e ficha de serviços prestados aquém do que se propaga, o Clube dos Prefeitos goza de etiquetagem respeitável para os padrões reverenciais acríticos da cultura nacional. Ou alguém tem dúvida de que em larga escala instituições públicas ou privadas são excelente forma de glamourização de individualidades, da mesma forma que, paradoxalmente, essas mesmas individualidades que compõem o coletivismo organizado não conseguem reproduzir a soma dos valores de cada um? Mas essa é uma outra histórica.


O que interessa nesse caso é que tucanos e assemelhados estavam ganhando o jogo por 3 a 1, depois que a São Caetano de José Auricchio Júnior, a Ribeirão Pires de Clóvis Volpi e a Rio Grande da Serra de Kiko Teixeira consagraram aliados do governo do Estado, enquanto Diadema de Mário Reali fez o único gol dos petistas.


A maioria de sete votos no Clube dos Prefeitos estava numericamente mais próxima de tucanos e assemelhados porque, convenhamos, depois dos 3 a 1 do primeiro turno, bastaria mais um para se alcançar a maioria. Entretanto, as pesquisas eleitorais indicavam que o PT ganharia as três cidadelas que restavam no segundo turno e, com isso, assumiria as rédeas táticas da instituição.


O que apresento aos leitores neste site cuja longevidade e acessibilidade proporcionadas pelo mundo digital vão muito além da precariedade física e da restritividade consultiva do papel é o conjunto de matérias e análises que preparei para publicação numa edição especial da revista LivreMercado (não confundam, por gentileza, com essa porcaria que está por aí com o mesmo nome, mas que não passa, de fato, de “Deus me livre”) que circulou em dias imediatamente anteriores à realização do segundo turno.


A decisão de trazer para o mundo digital o que se limitava ao impresso prende-se a várias razões. Uma das quais é a possibilidade de desmascarar versões de candidatos que propagam ilusões reclamatórias para justificar derrota. Querem exemplo claro? Na projeção estatística dos resultados do segundo turno em Santo André, São Bernardo e Mauá, contamos com resultados de três institutos de pesquisas: o contratado pela Editora Livre Mercado (Instituto Brasmarket), o contratado pelo Diário do Grande ABC (Ibope), e o contratado pelo Repórter Diário (Scenso). Foi sob essa base de dados associados que preparamos a análise crítica da disputa que viria nos dias seguintes.


E por que tomamos aquela decisão se tínhamos plena confiança (como continuamos a ter) no Instituto Brasmarket? Simplesmente porque sabíamos que período eleitoral tem relação estreita com guerra civil, quando tudo se permite, inclusive o assassinato de reputações. Ao dar transversalidade numérica à análise do segundo turno, quebramos a coluna vertebral dos prevaricadores éticos.


Foram quase 100 mil caracteres produzidos por este jornalista àquela edição especial. Para ser exato, escrevemos 93.966 num período de complicações empresariais terrível, quando águas imundas de permissividades corporativas atingiam em cheio o convés da Editora Livre Mercado. Piratas travestidos de salvadores da pátria já tinham, inclusive, adentrado a embarcação, com ordens de sabotagens que culminaram com o encerramento das atividades da melhor revista regional que o País já produziu.


A melhor revista regional só mudou de nome, porque todo o acervo que a consagrou está sendo disponibilizado neste site, enquanto todo o conhecimento dos recursos humanos que a compunham foi para o espaço. Para desespero de quem comprou uma fábrica da Coca Cola e a transformou em Tubaína.


Seguem abaixo os tópicos sobre os quais os leitores poderão fazer escolhas de prioridade de leitura do material distribuído na Editoria de Eleições.


Pesquisas dão vitórias aos petistas
PT pode ficar com 82% do PIB
Manente dá mais força a Marinho
Siraque conta com mais votado
Oswaldo ganha mais impulso com Diniz

Brasmarket antecipa primeiro turno
O que faz diferença na escolha?
Quanto pesa prestígio de Lula?

Conselho coloca PT nas Prefeituras


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