A importância da vitória do São Caetano ontem à noite
Não é exagero algum esse cenário, porque mesmo com a vitória o São Caetano ainda corre riscos. Tanto que precisa como nunca de suas próprias forças mas, como reserva estratégica, também dos dois times de Ribeirão Preto, os quais derrotou na competição. Duas vitórias do total de quatro foram registradas contra Comercial e Botafogo.
Quem decidiu o jogo de ontem foi o atacante Geovane, o jogador mais regular da equipe na competição ao lado de Moradei e de Augusto Recife. Eli Sabiá poderia entrar nesta lista se o técnico Márcio Araújo não o tivesse substituído equivocadamente em alguns jogos. Geovane fez dois gols que os narradores de TV não exageram em nada ao superlativizá-los. Foram gols tão valiosos em plástica quanto numericamente providenciais, em momentos de desconforto do São Caetano.
O time de Márcio Araújo voltou a jogar abaixo do esperado. É verdade que teve situações em que exerceu padrão de jogo minimamente à altura dos jogadores disponíveis, com triangulações, troca de passes produtivos, contragolpes rápidos e poder de marcação. Mas na maioria dos 90 minutos perdeu-se no excesso de passes errados, de lançamentos precipitados, de vazios espaciais que facilitaram o controle do jogo pelo adversário.
Em resumo, o São Caetano foi mais uma vez um time inconfiável. Oscila tanto entre eficiência fugaz e baixa concentração coletiva contínua que se duvida que são os mesmos jogadores o tempo todo a vestir a camisa azul. Passa-se a ideia de que a todo momento o banco de reservas é acionado para providenciar revezamento de jogadores, que entram frios e pouco atentos.
Cuidados lógicos
Pelo menos taticamente no contexto do jogo o técnico Márcio Araújo acertou os ponteiros com o bom senso: ante várias mudanças na linha de zagueiros, fez soar o botão de emergência ao escalar três volantes (Moradei, Anselmo e Marcone). O 4-3-2-1 contava com os articuladores Kleber e Marcelo Costa à frente dos volantes e Geovane mais solto. Defensivamente o São Caetano estava bem postado, até sofrer um gol de bola parada completada com cabeçada do zagueiro Gabriel, molestado no alto por Marco Aurélio, o gigante zagueiro do Botafogo. Um gol contra que não chegou a testar a enrascada ofensiva em que se teria metido o São Caetano, escalado para jogar em contragolpe, porque no minuto seguinte Diogo empatou ao avançar livre e receber em condições de arremate. Pouco depois Geovane acertou um chute certeiro da intermediária e desempatou.
O Botafogo voltou mais ofensivo no segundo tempo, com o rápido Clebinho no lugar do terceiro volante Daniel Paulista, e encurralou o São Caetano, cada vez mais debilitado na recomposição defensiva porque Kleber e Marcelo Costa cansaram. O empate não demorou a chegar, e quando todos imaginavam uma virada, Geovane de novo acertou um chute de fora da área e deu números finais ao jogo, mas não à situação do São Caetano.
Jogos complicados
Os três jogos que restam ao São Caetano são um complicador para quem foge do rebaixamento. Enfrentar Bragantino e Guaratinguetá no Interior e o Santos em casa não é o roteiro agradável. O Bragantino está no G-8 e quer ficar o mais próximo possível das primeiras colocações. Já o Guaratinguetá tenta escapar do descenso. O Santos é o Santos.
Quem pode contribuir para decidir a lista dos rebaixados são exatamente duas equipes praticamente inscritas na Série B do ano que vem, o Comercial e o Botafogo de Ribeirão Preto. Quanto mais pontos tomarem de adversários que estão em condições de ameaçar o São Caetano, melhor. Caso contrário, subirá o índice de rendimento para escapar da queda. O São Caetano poderá resistir com os 19 pontos atuais, mas por medida de segurança é melhor chegar a
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