O São Caetano voltou a perder por
Talvez a melhor lição que o São Caetano deva assimilar nesse início de competição é que não é possível dissociar o jogo de anteontem do jogo de ontem e o jogo de amanhã tampouco do jogo de depois de amanhã. Campeonato de pontos corridos é uma maratona que precisa ser planejada com extremo cuidado. A velocidade média garante desempenho satisfatório. Quando se perde tempo com escorregadelas, é necessário recuperar o terreno
A pressão que virá agora por conta de novo tropeço impõe mais complicações ao rendimento do grupo. É nesse momento que os reparos técnicos e táticos devem ser intensificados. Está mais uma vez evidenciado que ao São Caetano não faltam valores individuais. O fosso profundo entre o futebol apresentado ante o ASA e o Avaí não é um acontecimento aleatório. É uma constante o desequilíbrio de qualidade aplicada ante equipes menos nobres e adversários mais badalados. Enfrentar o Bragantino na próxima rodada, no Estádio Anacleto Campanella, será um teste para os nervos. O adversário é extremamente competitivo, bem treinado e especialista
Poucos
No jogo de ontem
O São Caetano defendia bem mas raramente encontrava brechas para atacar com contundência também porque o Avaí não se descuidava. Marcelo Costa e Pedro Carmona davam boa movimentação ao meio de campo do São Caetano, mais à frente dos três volantes, marcavam a saída de bola de laterais e volantes do adversário, mas não conseguiam aproximação com o centroavante Somália, isolado à frente e também com a atribuição de fazer o papel de pivô ao aparar passes e lançamentos para quem vinha de trás. Com tantos cuidados de marcação, era natural que o jogo fosse econômico
Um erro fatal
O Avaí voltou com mais velocidade no segundo tempo, principalmente pela esquerda com Pirão, que vinha atuando de volante e foi deslocado à lateral/ala com a entrada de Diogo Orlando no meio de campo e a saída de Aelson. Em 22 minutos o campeão estadual organizou três jogadas fortes, duas das quais desperdiçadas em chutes mal executados e uma a exigir boa defesa de Luiz e um pé da trave salvador.
Mesmo com o Avaí mais ativo e mobilizado a ocupar espaços que o São Caetano cedia à medida que Pedro Carmona e Marcelo Costa afrouxavam a marcação no meio de campo, o empate parecia possível. E a vitória também, porque aos 19 minutos o mais agressivo Ailton substituiu o cansado Marcelo Costa na tentativa de Márcio Araújo aproximar um ponta de lança de Somália. Mas foi aí que o zagueiro estreante Wagner (que substituiu um sempre eficiente Eli Sabiá) rebateu mal uma bola que poderia jogar para a lateral, e a sobra acabou na pequena área, dividida pelo zagueiro Gabriel e o centroavante Ronaldo Capixaba. O deslocamento do corpo do atacante foi punido com pênalti que Cleber Santana chutou de forma praticamente indefensável: forte, rasante, no canto.
Gol sofrido, o técnico Márcio Araújo fez duas substituições esperadas e acertadas para levar o São Caetano ao ataque: saiu o cansado Somália para a entrada de Leandrão e saiu o terceiro volante Anselmo para a entrada de Geovane, um meia ofensivo. O jogo mudou de configuração, invertendo-se os papéis: o São Caetano no ataque e o Avaí no contragolpe. O resultado se manteve porque faltou um zagueiro do Avaí repetir a bobagem de Wagner, do São Caetano.
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05/08/2024 Conselho da Salvação para o Santo André