O São Caetano que joga nesta noite de terça-feira em Maceió contra o CRB pela sétima rodada do primeiro turno da Série B do Campeonato Brasileiro será um time mais confiável do que em tantas outras apresentações fora de casa. A menos que o jogo de sábado no Estádio Anacleto Campanella (quando venceu o América de Natal por
Bom mesmo além da vitória de sábado ante o então vice-líder América de Natal foi a certeza de que o São Caetano está substituindo o jogo moroso e preguiçoso dos tempos de Márcio Araújo pela verticalidade ofensiva, pela dedicação plena à marcação e pela ambição de Sérgio Guedes. É verdade que se está esculpindo um novo arranjo tático e que por isso mesmo há naturais ruídos e imperfeições, mas as possibilidades de sucesso valem mais que os riscos. Tanto que o América Potiguar não resistiu a duas das várias estocadas rápidas no primeiro tempo, quando o placar de
A vitória de sábado não colocou o São Caetano entre os quatro primeiros da competição (e que terão direito ao acesso à Série A ao final de 38 rodadas) e possivelmente um novo triunfo nesta terça-feira não assegurará a posição ao final da sétima rodada, mas o índice de aproveitamento de 55% a que chegou é, historicamente, garantidor de uma vaga na principal competição nacional, ano que vem. Basta manter a marca como indexador mínimo da campanha que se seguirá. Ou seja: se aumentar nesta terça para 61% o índice de rendimento (divisão dos pontos conquistados pelos pontos disputados) o São Caetano dará passo relevante para reservar gorduras a momentos mais tensos.
No caminho certo
Certo mesmo é que depois de quatro jogos, com três vitórias e um empate (88,8% de aproveitamento) o técnico Sérgio Guedes dá provas de que está no caminho certo tanto na definição do grupo de jogadores com os quais pretende contar ao longo da competição como na orquestração tática. Talvez só exagere no ímpeto ofensivo, liberando volantes e laterais para o apoio em situações que poderiam merecer mais cautela. Entretanto, como a equipe se mostra mais aparelhada na redução de espaços, minimiza os efeitos de contragolpes adversários.
A vitória ante o América de Natal foi construída no segundo terço do primeiro tempo. Antes disso o time visitante parecia dar a certeza de que complicaria ao máximo o jogo para o Azulão. Aos 21 minutos Marcelo Costa bateu uma falta rente à lateral, pela esquerda, e Leandrão desviou de cabeça entre zagueiros, na pequena área. O primeiro gol estava feito mas outros dois vieram logo em seguida da mesma maneira: em rápidas estocadas, de bolas
Com
Visibilidade comprometida
O segundo tempo não pode ser catalogado como sequência do jogo. Se até os 15 minutos ainda havia visibilidade para a troca de passes e jogo coletivo, depois disso uma densa neblina tomou conta do gramado. Os jogadores passaram a ter menos de um terço do espaço à disposição visual. Em condições normais, o jogo deveria ter sido interrompido. Por isso os dois últimos terços não podem ser objeto de análise. Mas provocaram sufoco ao São Caetano, porque o atacante Pingo recebeu de graça uma bola mal rebatida pelo zagueiro Gabriel, invadiu a área e marcou o segundo gol dos visitantes, aos 34 minutos.
O gol do América custou caro para o São Caetano que, até que a neblina se tornasse ainda mais densa, teve pelo menos três oportunidades de ouro para liquidar com o jogo. A exígua vantagem numérica colocou o São Caetano na zona de risco. Tanto que o América teve duas oportunidades para empatar. As câmeras do Sportv mal conseguiriam registrar os lances.
O jogo da noite desta terça-feira ante o campeão alagoano é um desafio para o São Caetano testar fora de casa a qualificação na passagem da defesa para o meio de campo e do meio de campo para o ataque que atingiu em cheio o sistema de marcação do América de Natal. O provável retorno de Geovane ao ataque, depois de cumprir suspensão automática por ter sido expulso ante do América Mineiro na rodada anterior, deverá assegurar a velocidade pelas beiradas do campo, com a vantagem de que é mais letal nas finalizações do que Danielzinho, emprestado pelo São Bernardo e com boa atuação ante o América de Natal.
A dúvida é se o lateral-direito Samuel Santos retornará à equipe, depois de deixar contundido o Anacleto Campanella no jogo de sábado. Samuel Santos é importante válvula de escape ofensiva. Ao sair, deixou um buraco no setor, porque não havia nenhum especialista na função no banco de reservas e o volante Moradei foi improvisado, com a entrada de Anselmo à frente da zaga. Um remendo que reduziu o dinamismo pela lateral e, mais que isso, abriu espaços que o América de Natal explorou os avanços do lateral Gustavo em combinação com meias-atacantes.
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05/08/2024 Conselho da Salvação para o Santo André