Pela quinta vez consecutiva na classificação geral da Série B do Campeonato Brasileiro, o São Caetano fez movimentar a gangorra no G-4, o grupo das equipes que terão um lugar na Série A do ano que vem. Depois de subir ao quarto lugar na 13ª rodada, de descer ao quinto na rodada seguinte, de subir de novo na 15ª e de cair na 16ª, o Azulão alcançou outra vez o quarto lugar ao final dos jogos de ontem, quando venceu o Boa Esporte por
Esse sobe-e-desce poderá ser uma constante na acirradíssima competição, porque pelo menos 11 equipes jogam para valer pelo acesso. O time de Sérgio Guedes somou 15 jogos sem derrota. Foram nove vitórias e seis empates, o melhor desempenho em seis anos de disputa consecutiva do campeonato.
Como a emoção do sobe-e-desce promete novos lances, cabe ao São Caetano consolidar-se pelo menos temporariamente no G-
Para voltar de Goiás entre os quatro primeiros o São Caetano só precisa repetir a eficiência e a operosidade da vitória desta terça-feira ante o Boa
Marcação implacável
O primeiro tempo foi de um São Caetano praticamente perfeito na marcação. Fechou os espaços laterais com o suporte dos volantes e dos meias, manteve o adversário longe de ataques frontais com os mesmos volantes (Augusto Recife e Moradei) sempre atentos, e a dupla de zagueiros, Gabriel e Wagner, promovia verdadeiros arrastões tanto por baixo quanto por cima. Bem posicionados, os zagueiros do São Caetano encurtavam espaços e dificultavam penetrações em profundidade ou laterais. Só o sistema ofensivo não funcionava: os laterais apoiavam atabalhoadamente, Danielzinho não conseguia conjuminar disposição física e aptidão técnica, Marcelo Costa movimenta-se um pouco mais e Pedro Carmona pelo menos dava mais qualidade no passe. Leandrão estava isolado, embora combatente incansável nas saídas de bola. Como os três meias, Marcelo Costa, Pedro Carmona e o mais avançado Danielzinho.
O jogo começou a mudar aos 15 minutos quando o meia Jajá recuou a bola do meio de campo às costas do zagueiro Volnei, como se atacasse pelo São Caetano, Leandrão dominou, livrou-se do adversário, controlou a chegada de outro e finalizou com precisão. O gol deu ao São Caetano a tranquilidade de que tanto precisava para seguir defensivamente forte. O Boa foi obrigado a abrir a guarda e sofreu o segundo golpe aos 36 minutos, numa jogada toda construída por Marcelo Costa, à esquerda do ataque: ele recebeu lateral de Fabinho, ganhou a dividida do lateral Olívio, observou a chegada de Leandrão na pequena área e cruzou rasante para o complemento sem dificuldades.
Expulsão aliviadora
Como na Série B não há jogo definitivamente fácil, até prova em contrário, o segundo tempo se complicou para o São Caetano. O Boa Esporte voltou mais ofensivo ao substituir o improvisado e inoperante volante Olívio, que vinha atuando de lateral, pelo atacante Serginho. O meia-atacante Petros passou a atuar de ala. O São Caetano não conseguiu assimilar a alterações, os espaços ofensivos do Boa começaram a aparecer e não demorou mais que 14 minutos para que um cruzamento em diagonal do lateral Radar encontrasse Marcelo Macedo livre às costas dos zagueiros de área sem cobertura do lateral Fabinho. O gol ameaçou colocar fogo no jogo, mas três minutos depois Serginho deu pontapé
O técnico Sérgio Guedes fez todas as mudanças permitidas, mas o São Caetano continuou sem densidade ofensiva. Eder no lugar de Pedro Carmona, Somália no lugar de Leandrão e Geovane no lugar de Danielzinho pelo menos deram mais força física ao meio de campo e ao ataque. O São Caetano controlou o adversário longe da área, até que aos 45 minutos Marcelo Costa, em noite mais inspirada em movimentação e articulação, recebeu de Eder pela direita, como se ponteiro fosse, descobriu Geovane entre zagueiros na pequena área e fez um cruzamento preciso para desvio de cabeça. O resultado de
É possível que para o jogo com o Goiás no Estádio Serra Dourada o São Caetano volte a contar com o lateral-esquerdo Diego. Contundido, ele fez muito falta porque harmoniza marcação e apoio. Fabinho, melhor lateral-esquerdo do último Campeonato Gaúcho pelo Caxias, não fez o que costuma exibir, ou seja, a especialidade de apoiar o ataque. Limitou-se ao que menos sabe, marcar e cobrir. Um erro tático, porque foi incluído na organização do conjunto como se fosse uma réplica de Diego, o que não é.
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05/08/2024 Conselho da Salvação para o Santo André