O São Caetano e o São Bernardo vão saber ao final deste domingo de Páscoa até que ponto a 16ª rodada da Série A do Campeonato Paulista foi favorável à região. Se os resultados forem piores que os do meio de semana, estaremos no mato sem cachorro. O empate em casa do São Caetano ante o XV de Piracicaba por
O São Caetano que vai enfrentar o Mogi Mirim neste domingo à noite no Estádio Anacleto Campanella entrou na rodada com 70% de possibilidades de rebaixamento. Nada menos que 20 pontos percentuais acima do apontado na rodada anterior. Já o São Bernardo que enfrenta o União no mesmo horário
Oito equipes entraram na rodada de Páscoa com o peso de observar a Série B do Campeonato Paulista no horizonte da temporada do ano que vem. Algumas mais que outras. Atlético Sorocaba, União Barbarense, Guarani e São Caetano concentram as maiores probabilidades. Mas não há nada tão sólido que impeça os demais a aumentarem a cota de intranquilidade que a zona de rebaixamento -- formada pelos quatro últimos colocados -- e seu entorno, provocam. Enquanto não houver certa garantia de que uma combinação de jogos e de matemática é confortável, não há como ter paz.
Somente uma vitória ante o fortíssimo Mogi Mirim neste domingo retomará a expectativa de confiança perdida pelo São Caetano quando enfiou
Quinto colocado com 27 pontos e a um passo da classificação à próxima fase da Série A, o Mogi Mirim é um desafio e tanto para o São Caetano que vai de técnico interino após demitir pela segunda vez Ailton Silva na competição.
O São Bernardo precisa arrancar pelo menos um empate ante o União
Os oito ameaçados
Veja a situação detalhada das oito equipes que jogam para fugir de rebaixamento à Série B do Campeonato Paulista do ano que vem:
1. Atlético Sorocaba tem 10 pontos ganhos, duas vitórias e saldo negativo de sete gols. Vai enfrentar o Guarani (f), Mirassol (c), Oeste (c) e Corinthians (f). Possibilidades de queda: 90%.
2. União Barbarense tem 11 pontos ganhos, duas vitórias e saldo negativo de 11 gols. Vai jogar com o São Bernardo (c), Ituano (f) Santos (c), Guarani (f) e São Paulo (c). Possibilidades de queda: 70%.
3. Guarani tem 10 pontos ganhos, duas vitórias e saldo negativo de 10 gols. Vai jogar com o Atlético Sorocaba (c), Penapolense (f), Palmeiras (f) e União Barbarense (c). Possibilidades de queda: 70%.
4. São Caetano tem 10 pontos ganhos, duas vitórias e saldo negativo de 12 gols. Vai jogar com o Mogi Mirim (c), Santos (f), Penapolense (f) e Paulista (c). Possibilidades de queda: 70%.
5. Ituano tem 13 pontos ganhos, três vitórias e 10 gols de saldo negativo. Vai jogar com o Botafogo (c), União Barbarense (c), Paulista (f) e Palmeiras (c). Possibilidades de queda: 35%.
6. XV de Piracicaba tem 15 pontos ganhos, três vitórias e cinco gols de saldo negativo. Vai jogar com a Ponte Preta (c), Bragantino (c), São Paulo (f) e Botafogo (c). Possibilidades de queda: 25%.
7. Mirassol tem 15 pontos ganhos, quatro vitórias e saldo negativo de um gol. Jogará com o Penapolense (c), Atlético Sorocaba (f), Ponte Preta (f) e Linense (c). Possibilidade de queda: 20%.
8. São Bernardo tem 16 pontos ganhos, quatro vitórias e saldo negativo de sete gols. Vai jogar com União Barbarense (f), Corinthians (f), Mogi Mirim (c) e Oeste (f). Possibilidades de queda: 20%.
Empates diferentes
Embora os resultados tenham sido iguais –
O resultado deixa o São Bernardo praticamente fora de qualquer ambição de chegar à Série D do Campeonato Brasileiro, principal sonho dos dirigentes. À Série B Paulista, também conhecida por Série A-2. À frente do São Bernardo na luta pela Série D do Brasileiro estão Paulista (17), Linense (21), Penapolense (21) e Botafogo (25). Há apenas duas vagas em disputa.
Apesar de resultados iguais, o futebol de São Caetano e São Bernardo continua a se diferenciar.
O Azulão não consegue estabilidade de rendimento, é moroso demais no sistema ofensivo e se deixa abater emocionalmente com facilidade. Bastou sofrer o primeiro gol do XV de Piracicaba aos 14 minutos do segundo tempo para perder o pouco de personalidade coletiva. A baixa efetividade ofensiva é latente porque os laterais avançam pouco, os volantes jogam muito presos, os meias Eder e Pedro Carmona são articuladores e não infiltradores e os atacantes Danielzinho e Jael raramente contam com a colaboração dos companheiros. Os erros de passe se amontoam. Sem contar que Rivaldo é um peso morto, mesmo entrando no segundo tempo.
Já o sistema defensivo do São Caetano, embora tenha melhorado ante o XV, segue a permitir liberdade demais aos laterais e aos meio-campistas adversários à medida que o desgaste físico se manifesta, principalmente em Eder e Pedro Carmona.
O São Bernardo tem participação coletiva muito maior que o São Caetano, mas já se evidenciam limitações ofensivas. Bastaram Régis começar a aparecer como um lateral com poderes de ala, Gil cair com contundência pela esquerda, Bady articular os contragolpes pela meia e Fernando Baiano estar sempre à espreita para completar as jogadas ou atuar como pivô para que os adversários se cuidassem. As melhores alternativas ofensivas do São Bernardo estão marcadíssimas. Defensivamente a equipe se perdeu após a perda de vários titulares e, mesmo recomposta, voltou a errar ante o Atlético Sorocaba porque se posicionou mal nos contragolpes.
A diferença de potencial de queda entre o São Caetano (70%) e o São Bernardo (20%) não está respaldada apenas pela contagem de pontos, vetor importantíssimo. O potencial de recuperação técnica e coletiva nas quatro últimas rodadas pesa muito. Nada acena favoravelmente a uma reviravolta do São Caetano, enquanto ao São Bernardo as limitações impostas pelos adversários só não agravam o quadro porque faltam apenas quatro pontos em 12 para a equipe safar-se. Situação bem mais confortável que os nove que faltam ao São Caetano.
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05/08/2024 Conselho da Salvação para o Santo André