Esportes

Desafio do São Caetano: triplicar
produtividade para fugir da queda

DANIEL LIMA - 30/07/2014

O primeiro turno da fase classificatória da Série B do Campeonato Brasileiro termina neste final de semana com um desafio ao São Caetano, único representante da região no calendário da CBF: entre o jogo de domingo agora em casa com o Duque de Caxias e o último jogo do segundo turno, com o mesmo adversário no Rio de Janeiro, a projeção é de que precisa fazer campanha semelhante à do líder do Grupo B, o Caxias do Rio Grande do Sul. O índice de aproveitamento do São Caetano após oito rodadas é de apenas 20%. Nos 10 jogos restantes terá de registrar 66%, chegar à média geral de 42,10% e com isso fugir do rebaixamento.


 


Essa perspectiva tem nuances que a matemática classificatória equaliza de acordo com os resultados de cada rodada, mas a banda não é suficientes larga para se imaginar redução ou ampliação drástica. Para sorte do São Caetano o Guarani só empatou (um a um) o jogo de terça-feira à noite em casa com o agora líder Caxias. Com isso, o time de Campinas se manteve na antepenúltima colocação agora com 10 pontos ganhos, cinco a mais que o São Caetano e oito a mais que o lanterninha Duque de Caxias. A rodada do final de semana poderá encurtar a diferença para apenas três pontos entre São Caetano e Guarani – e reduzir para 22 pontos a margem de risco para sair do rebaixamento.


 


O resultado do Guarani não é qualquer resultado. Com 41% de aproveitamento, o time de Campinas rebaixou a margem de exigência à fuga de rebaixamento do São Caetano para 24 pontos. Se o Guarani vencesse, quem passaria à antepenúltima colocação seria o Madureira do Rio de Janeiro, com 11 pontos e aproveitamento de 45%. Nesse caso, a projeção envolvendo a escapatória do São Caetano saltaria a 27 pontos.


 


Flutuação estressante


 


Essa flutuação estressante do indicador que demarca a diferença entre permanecer na Série C e disputar a Série D do ano que vem move a liderança motivacional do técnico Paulo Roberto dos Santos, contratado pelo São Caetano durante a paralisação do campeonato por conta da Copa do Mundo. Os dois jogos sob o comando do novo treinador não apresentaram os resultados esperados. O time ganhou apenas dois dos seis pontos em disputa. Mas o rendimento do grupo foi tão positivo que qualquer perspectiva que se trace tendo como referencial uma nova realidade matemática não é exagero. No empate de zero a zero com o Guaratinguetá/Audax, no último sábado, o São Caetano fez a melhor partida desta temporada.


 


Fora o São Caetano e o lanterninha Duque de Caxias, todas as demais equipes que disputam o Grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro sonham realisticamente com o acesso. Os quatro primeiros colocados disputarão a fase de mata-mata com os quatro melhores do Grupo A, liderado pelo Fortaleza. Até mesmo o Guarani, com 10 pontos ganhos, tem bases matemáticas sólidas para chegar à próxima etapa. Afinal, está a apenas dois pontos do Guaratinguetá, quarto colocado. Tupi de Juiz de Fora e Juventude de Caxias também têm 12 pontos. O Madureira tem 11. O G-4 é liderado pelo Caxias com 15 pontos. Mogi Mirim e Macaé têm 14. Depois vem o Guaratinguetá.


 


Equilíbrio mantido


 


O agrupamento da Série C que reúne quatro equipes paulistas, três cariocas, duas gaúchas e uma mineira é bastante equilibrado. Dos 40 jogos disputados até agora, somente 17 tiveram vitória dos times mandantes, ou 42,5% do total. Os visitantes ganharam apenas 10 jogos, ou 25% do total. Os números do Grupo A são ligeiramente diferentes: os mandantes ganharam 45% dos jogos e foram derrotados em 15%.


 


As cinco derrotas sequenciais do São Caetano após estrear com vitória ante o Guarani de Campinas comprometeram a campanha a tal ponto que só restaria mesmo jogar para não cair. Somente o adversário de domingo no Anacleto Campanella perdeu mais que o São Caetano na competição. O Duque de Caxias jogou oito vezes e foi derrotado em seis. No Grupo B, o time que mais perdeu é o Águia do Pará: foram cinco derrotas em oito jogos. O único invicto da competição é o Fortaleza, que soma 16 pontos no Grupo B e forma o pelotão do G-4 com CRB de Alagoas (12), Cuiabá e Botafogo da Paraíba (11 pontos). Os dois últimos colocados são o CRAC de Goiânia e o Água com sete pontos.


 


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