Esportes

Menos clubes na Série A é boa
ideia do presidente da Federação

DANIEL LIMA - 02/10/2015

Sou insuspeito à aprovação de uma decisão que ainda não foi oficialmente comunicada: a Série A do Campeonato Paulista, top da hierarquia estadual, terá a partir de 2017 apenas 16 equipes. A redução se dará na próxima temporada: dos 20 participantes, seis serão rebaixados e apenas os dois primeiros da Série B vão subir. Há presidente de clube que não sabe fazer as contas e prevê que apenas em 2018 o campeonato teria 16 participantes. Talvez esteja mal informado sobre a repetição da fórmula de disputa na Série B, ou seja, com acesso de duas equipes e queda de quatro. Se não for essa a equação, a Federação Paulista de Futebol cometeria uma bobagem.


 


O presidente da Federação, Reinaldo Bastos, está certo. Ele tem origem no futebol do Interior como eu. Ele já foi presidente do Taubaté. Eu era torcedor do Ferroviário de Araçatuba, onde vivi alguns dos 17 anos iniciais antes de desembarcar na região.  Está certo o presidente. Futebol virou entretenimento associado a negócios. Desde que se descobriu para valer que futebol gera audiência e audiência gera milhões de reais, aqueles 22 marmanjos correndo atrás de uma bola deixaram de ser apenas uma competição qualquer.


 


Campeonato de verdade


 


Sei que os clubes vão chiar, como já estão chiando, mas é impossível controlar o destino capitalista do futebol. Menos equipes na Série A significa que o calendário possivelmente será melhorado. O amontoado de jogos e uma fórmula de disputa que não merece a configuração convencional de campeonato deverão ser banidos. Com 16 equipes é possível ter um campeonato mais apropriado às leis de mercado. Possivelmente teremos uma competição de jogos de ida e volta na temporada de 2017. Bem ao estilo da Série A e da Série B do Campeonato Brasileiro.


 


Relutei em escrever sobre a nova fórmula de disputa da Série A e da Série B do Campeonato Paulista porque ainda faltam muitas informações. Prendo-me à essência da obra. Menos times geram mais calendário compatível com níveis de competitividade recomendados. Jogar demais faz mal à saúde dos jogadores e aos cofres dos clubes. Fisiologistas, preparadores físicos, médicos, tesoureiros e outros profissionais sabem disso.


 


Ainda não caiu a ficha de que futebol não é mais uma brincadeirazinha dentro de campo em contraponto aos negócios que se multiplicam fora de campo. A profissionalização deve abranger todos os setores envolvidos. A começar no gramado, que, finalmente, foi lembrado pelo presidente da Federação Paulista de Futebol. Que vençam os melhores. E que se comprem lenços aos derrotados mesmo antes da oficialização das mudanças. 


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