A rodada do final de semana deixou os dois representantes da região mais próximos das semifinais da Série B do Campeonato Paulista. São Caetano e Água Santa precisam de poucos pontos em nove a disputar para festejarem a classificação. Por isso o desafio não seria necessariamente a confirmação de uma das quatro vagas, mas sim as possibilidades na nova etapa.
E é aí que a roda pega: enquanto o Água Santa dá sinais de que evolui, o São Caetano regride. Os resultados de sábado e domingo confirmam o contraste: o Água Santa enfrentou o Rio Preto em Diadema e goleou por quatro a zero, enquanto o São Caetano jogou com o Barretos no Estádio Anacleto Campeonato e deve levantar as mãos aos céu pelo empate de um a um.
A goleada contra o Rio Preto colocou o Água Santa na liderança da Série B com 32 pontos em 48 disputados, enquanto o empate deslocou o São Caetano para a segunda colocação com 31 pontos. Os outros dois ocupantes do G-4, o grupo dos semifinalistas, somam 27 pontos cada, casos do Rio Claro (que perdeu para o Juventus na Rua Javari por um a zero) e o Guarani (que empatou em casa com a Portuguesa de um a um). O Bragantino tem 26 pontos e é o primeiro fora do G-4 depois de empatar no Vale do Paraíba com o Taubaté de um a um. O Taubaté soma 24 pontos e está na lista dos times que podem chegar às semifinais. Como o Batatais, com 25 pontos, mesmo sendo derrotado em casa pelo Velo de Rio Claro por três a dois. Juventus (24), Sertãozinho (23), Portuguesa (23) e Penapolense (23) completam a lista dos times protegidos pela matemática.
Jogos fora de casa
Falta pouco para São Caetano e Água Santa comemorarem a classificação, mas as duas próximas rodadas são problemáticas, porque jogarão longe da torcida. O São Caetano enfrenta a Portuguesa neste meio de semana e o Taubaté no final de semana como visitante, enquanto o Água Santa vai a Barretos nesta quarta-feira e visita o Velo de Rio Claro no final de semana. Os adversários do Água Santa ainda fogem do rebaixamento e os confrontos do São Caetano serão com equipes que sonham com o G-4. Talvez o Taubaté jogue a toalha ao final da rodada do meio de semana porque enfrenta o Rio Claro como visitante.
Tanto São Caetano quanto Água Santa vão realizar em casa o último jogo previsto na tabela da fase classificatória. O São Caetano enfrentará um Penapolense que deverá ter situação decidida na competição nas duas próximas rodadas: não corre risco de queda mas ainda respira G-4. O Água Santa enfrenta o Taubaté, que vive a mesma situação do Penapolense.
O Água Santa foi o grande ganhador da rodada do final de semana. Além dos três pontos diretos conquistados na goleada sobre o Rio Preto, ganhou os dois perdidos pelo São Caetano diante do Barreto, os três perdidos pelo Rio Claro diante do Juventus, os quatro que Guarani e Portuguesa acumularam no empate em Campinas e outros quatro do empate entre Taubaté e Bragantino. Dos 10 primeiros colocados na classificação geral, somente Água Santa, Juventus e Sertãozinho (três a zero diante do União Barbarense) somaram três pontos cada.
Torcida insatisfeita
A torcida do São Caetano saiu insatisfeita do Estádio Anacleto Campanella após assistir um dos candidatos ao rebaixamento, o Barretos, praticamente encurralar o time da casa. Mais uma vez a equipe de Luiz Carlos Martins jogou muito abaixo do esperado e do necessário para disputar eventuais semifinais com possibilidades de sucesso.
O amontoado de erros técnicos e táticos se repetiu. O São Caetano é um time previsível, de baixa mobilidade, de posicionamento deficiente entre os setores, erra demais nos passes, finaliza muito pouco, exagera nos cruzamentos, rareia nas triangulações e infiltrações e concede espaços demais à organização do adversário. Enfim, é um time que se descaracteriza a cada rodada do campeonato.
A expectativa de que o São Caetano poderia melhorar de rendimento a cada nova rodada está-se desfazendo. O Barretos poderia ter repetido a recente vitória do Juventus em São Caetano. Mas esbarrou no que ainda é o melhor do São Caetano – um sistema defensivo forte. Mesmo assim, o risco de derrota rondou o gol do São Caetano principalmente durante o último terço do jogo. Nesse período, o Barretos decidiu ir à frente para buscar três pontos que o retirariam da zona de rebaixamento, reservada aos seis últimos colocados entre os 20 participantes da Série B.
Os dois gols do jogo tiveram origem em bolas paradas: o primeiro em cobrança de escanteio desviado de cabeça e o segundo, de empate do São Caetano, após cobrança de falta.
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