Qual é o perfil do Conselho Editorial da revista LivreMercado que emergiu do questionário que organizei para recadastrar formadores de opinião nessa inédita instância do jornalismo brasileiro? Passei muitas horas nestes últimos dias a rastrear resultados de cada uma das quase 20 perguntas que enviei aos conselheiros. Os resultados são alentadores.
Sem entrar em detalhes porque não quero estragar a festa, o que resultou dessa incursão é algo que principalmente autoridades públicas e lideranças corporativas deveriam acompanhar com atenção.
Quando a próxima revista LivreMercado passar a circular, agora sob minha coordenação editorial, os leitores vão poder acompanhar em detalhes tudo o que saiu daquele questionário enviado por correio eletrônico.
O sucesso da iniciativa está na volumosa participação de gente completamente marginalizada pelo até outro dia proprietário da marca LivreMercado, no caso o recuperador de impostos Walter Sebastião dos Santos, da Best Work.
Não é nada fácil pegar o rabo de foguete de um travestido publisher sem escrúpulos éticos à condução de uma publicação sobre a qual tivemos imensa dedicação durante quase duas décadas. Mas isso é outra história.
Bom mesmo foi sentir o pulsar de um regionalismo mais vivo do que imaginam os exterminadores do futuro.
Quase que abro o jogo indevidamente. Sei que não posso me exceder em argumentos porque assim acabaria por quebrar o segredo que será revelado nas páginas da próxima edição de LivreMercado.
Creiam os leitores que contar com um Conselho Editorial, como sempre estimulei e formulei como jornalista, inclusive na chefia do Diário do Grande ABC, é uma grande sacada. Fico imaginando como são burros, literalmente burros, ou empresários que dominam os veículos de comunicação ao desprezarem participação mais direta de representantes da sociedade. Talvez a única explicação seja o fato de que a maioria deles não entende do riscado jornalístico, não dá liberdade aos editores-chefe e sofre de insônia diante da possibilidade de compartilhar estratégias.
Em nova fase, LivreMercado será muito mais próxima do Conselho Editorial. Se anteriormente fizemos uma série de incursões, a partir de agora seremos mais frequentes. Há muitas questões que precisam ser avaliadas por muito mais gente do que um grupo de jornalistas.
É claro que isso não significa que necessariamente os pontos de vista se encaixarão, que os problemas tenham as mesmas caras, que as soluções sejam parecidas. Nada disso, necessariamente. O que teremos cada vez mais com a aproximação do Conselho Editorial é a percepção de questões que podem alcançar uma nova dimensão. O que supostamente é menos importante numa observação sob ótica de um passado nem sempre reformulado provavelmente ganhará mais ênfase.
Sinto dificuldade de argumentação porque se avançar o sinal acabarei entregando a rapadura, e não posso cometer essa falha. Os leitores que esperem pelo perfil do Conselho Editorial. São tantos os pontos abordados que vale a pena acompanhar a edição de LivreMercado que circulará antes do Natal, embora seja de janeiro de 2011.
Os próprios conselheiros serão surpreendidos, porque eles acabarão se descobrindo ideologicamente, entre tantas outras abordagens. Preparei-lhes uma pegadinha, no bom sentido, para alcançar um resultado que os identifica individual e coletivamente. No caso à publicação, prevalecerá sempre o coletivo. As individualidades são segredo de Estado.
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