Se São Caetano dependesse exclusivamente do setor de Educação na composição do ranking geral do G-20, grupo formado pelos 20 maiores municípios paulistas, exceto a Capital, o resultado seria melhor que o oitavo lugar na classificação final e geral do IFDM (Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal). São Caetano divide a primeira colocação em Educação com Paulínia.
O resultado de 0,9675 coloca o Município administrado há oito anos por José Auricchio Júnior bem próximo do índice máximo de 1,000 e à frente de outros quatro municípios da Província do Grande ABC que integram o G-20: São Bernardo ficou em sexto lugar com 0,9416, Santo André em 13º com 0,9089, Diadema em 17º com 0,8745 e Mauá na lanterninha com 0,8548.
Todos os municípios do G-20 se enquadram no conceito de estágio de alto desenvolvimento, o grau máximo de ponderação. Ribeirão Pires (0,8992) e Rio Grande da Serra (0,8240) são municípios da Província do Grande ABC que não integram o G-20 já que o núcleo principal da seleção dos endereços de estudos de CapitalSocial é o PIB (Produto Interno Bruto).
O IFDM-Educação é avaliado pelos especialistas como um dos principais pilares para o desenvolvimento do País. “Não é por acaso que os países que conseguiram dar um salto em seu desenvolvimento realizaram grandes reformas nos sistemas educacionais. Uma população com educação de qualidade está mais apta a receber investimentos produtivos na economia, pois possui mão de obra mais qualificada – ou mais facilmente qualificável, capaz de incorporar novas tecnologias e adaptar-se às exigências do mundo moderno” – afirma a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro no material de divulgação do IFDM. E completa: “Do mesmo modo, o retorno de uma educação de qualidade não se restringe apenas ao aluno, ou à escola, mas, sobretudo, à comunidade onde a escola se insere, reforçando os valores morais, éticos e sociais e traçando as principais diretrizes para a conduta da vida em sociedade”.
Solidez técnica
Assim com nos dois outros subsetores em que se divide o IFDM (Emprego & Renda e Saúde), o quesito Educação é fortemente consolidado em premissas técnicas. O indicador foi idealizado para captar tanto a oferta como a qualidade da educação do Ensino Fundamental e Pré-Escola oferecida nos municípios brasileiros, em escolas públicas e privadas, segundo as competências constitucionais de todo Município.
Para atingir essa finalidade – explicam os especialistas contratados pela Firjan --, definiu-se um conjunto de indicadores à composição do IFDM-Educação. No Ensino Infantil, considerou-se o número de matrículas em creches e pré-escolas registradas, comparativamente ao número de crianças pertencentes à faixa etária adequada à modalidade educacional (de 0 a 5 anos de idade), com base nos dados do Censo Escolar. Já no Ensino Fundamental, contou-se com grande salto na cobertura oferecida para crianças em idade escolar. Em 1970 um total de 67% de alunos contavam com essa cobertura. No último censo de 2000, 96,4% das crianças em idade escolar estavam matriculadas e, em 2010, chegou-se por estimativa a 98%.
O IFDM-Educação contou com a seleção de cinco critérios avaliativos: a) taxa de distorção idade-série; b) percentual de docentes com Ensino Superior; c) Número médio diário de horas-aulas; d) Taxa de abandono escolar; e) Resultado médio no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Ao Ensino Fundamental foi atribuído peso de 80% do IFDM, distribuído entre seus cinco indicadores: 55% para indicadores-meio e 35% para indicadores-fim. Por seu poder de influenciar a aprendizagem futura, o residual de 20% foi alocado para o Ensino Infantil.
Veja o ranking do IFDM-Educação do G-20:
1. São Caetano, 0,9675
1. Paulínia, 0,9675
3. São José do Rio Preto, 0,9650
4. Barueri, 0,9552
5. Piracicaba, 0,9525
6. São Bernardo, 0,9416
7. São José dos Campos, 09406
8. Santos, 0,9400
9. Jundiaí, 0,9276
10. Sorocaba, 0,9275
11. Ribeirão Preto, 0,9258
12. Campinas, 0,9136
13. Santo André, 0,9089
14. Taubaté, 0,9047
15. Osasco, 0, 8887
16. Guarulhos, 0,8782
17. Diadema, 0,8741
18. Sumaré, 0,8732
19. Mogi das Cruzes, 0,8717
20. Mauá, 0,8548
Panorama nacional
Em termos nacionais, nove municípios atingiram a nota máxima no IFDM-Educação, todos de São Paulo – Marapoama, Meridiano, Itaguaí, Fernão, Santa Salete, Turmalina. Rubineia, Dolcinópolis e Oscar Bressame. Na outra ponta do ranking, Bagre, no Pará, ficou com o pior resultado, de 0,3746. O Estado de São Paulo manteve liderança esmagadora no ranking de educação do IFDM: dos 100 melhores resultados de 2010, 98 são paulistas. Entre os 500 melhores, são 408 paulistas. Na sequência aparecem Minas Gerais (26), Santa Catarina (14), Rio Grande do Sul (14). Entre os 500 piores resultados de educação, a Bahia segue com o maior número de municípios (191), seguida pelo Pará (68).
O índice consolidado do Estado de São Paulo garantiu o primeiro lugar no ranking estadual de educação do IFDM, com 0.9413 pontos. Na sequência estão Espírito Santo (0,8430), Distrito Federal (0,8388), Santa Catarina (0,8356) e Minas Gerais (0,8081, todos com status de alto desenvolvimento em educação. Na comparação entre 2000 e 2010 houve melhora em quase todos os municípios brasileiros (mais de 98%), o que, segundo os especialistas do IFDM, reforça a existência de reais e contínuos avanços na área de educação no Brasil. No IFDM-Educação de 2010, 88,2% dos municípios foram classificados como de desenvolvimento moderado e alto (acima de 0,6000), percentual mais de duas vezes superior aos 39,7% observados em 2000. Dos sete municípios da Província do Grande ABC, apenas Rio Grande da Serra (0,7784) e Mauá (0,7546) não integravam o grupo de alto desenvolvimento (0,8000 em diante). São Caetano já ocupava a primeira colocação no G-20 em 2000, com 0,9364.
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