Somente o Palmeiras entre os clubes paulistas que disputaram as quatro divisões do Campeonato Brasileiro garantiu acesso nesta temporada. Um acesso obrigatório para time grande que jamais poderia ter sido rebaixado. Já o grupo de rebaixados é enorme: o São Caetano caiu para a Série C, o Santo André foi despachado da Série D, a Ponte Preta não escapa mais da Série B, o Guaratinguetá caiu à Série C na última rodada e o Grêmio Barueri vai disputar a Série D no próximo ano. Um contraste imenso no confronto com o futebol catarinense, que já comemora o acesso do Chapecoense e do Figueirense à Série A, na qual o Criciúma poderá se manter.
O São Caetano confirmou na última rodada da Série B que a temporada de 2013 é para ser esquecida mesmo. A derrota para o lanterninha ASA, em Arapiraca, gol marcado aos 43 minutos do segundo tempo, é a síntese do rendimento da equipe e a insistência em sofrer gols nos últimos 15 minutos. O jogo não tinha lá essa importância, porque nem a lanterninha estava em disputa, e por isso o técnico Pintado fez algumas experiências.
O resultado final agravou o desempenho do São Caetano na competição e tornar Pintado o detentor dos piores números entre os três técnicos que dirigiram a equipe. Ele comandou o São Caetano em 10 jogos, com duas vitórias, três empates e cinco derrotas, oito gols a favor e 15 contra. Os 30% dos pontos conquistados, a média de 0,80 gol marcado por jogo e de 1,4 sofrido, superaram os antecessores. Marcelo Veiga, contratado para estruturar a equipe na competição, durou 15 jogos: obteve apenas 16 pontos (média de 35,55% por jogo), com 1,125 gols a favor e 1,000 contra. Sérgio Guedes comandou a equipe em 12 jogos, com 30,55% de aproveitamento, 1,58 gol marcado e 2,0 gols sofridos por jogo.
A soma de todas as partes do São Caetano gerou a pior campanha da equipe em sete anos de Série B. Foram apenas 36 pontos em 38 jogos (31,58% de aproveitamento), 45 gols a favor e 59 contra. O ataque não foi dos piores, suplantando sete concorrentes, mas a defesa fracassou no conjunto geral: só não perdeu para o ASA, que sofreu 75 gols na temporada.
Quedas esperadas
Antes da rodada do final de semana o São Caetano e o ASA já estavam rebaixados e se esperava que o Paysandu e o Guaratinguetá se juntassem aos desolados. Não deu outra. O Paysandu empatou de zero a zero em Recife com um Sport já classificado à Série A, mas precisava de muito mais: só escaparia se vencesse por cinco gols de diferença e se contasse com empate no jogo entre Atlético Goianiense e Guaratinguetá no Estádio Serra Dourada para seguir na Série B. O empate em Goiânia parecia certo, manteria o Guaratinguetá na competição do ano que vem, mas nos últimos minutos o time da casa fez dois gols e se safou da queda.
Quando o primeiro turno da Série B terminou, dava-se como certo que o ABC de Natal não escaparia de rebaixamento: estava na última colocação com apenas 14 pontos ganhos, contra 18 do América de Natal e 19 do Paysandu e do São Caetano, os quatro últimos colocados. Os dois times de Natal reagiram no segundo turno e escaparam da degola. Quem mais decepcionou foi o ASA, que terminou o turno com 22 pontos e só ganhou 13 no segundo. O Guaratinguetá também fracassou porque somou 21 pontos na primeira etapa do campeonato, sete acima do ABC.
Na parte de cima da tabela houve apenas uma mudança classificatória em relação ao grupo de equipes que terminaram nos quatro primeiros lugares ao final do primeiro turno: o Paraná foi superado pelo Figueirense, embora contasse com sete pontos de vantagem sobre o concorrente quando se encerrou aquela etapa. O time de Florianópolis garantiu a vaga juntamente com Palmeiras, Chapecoense e Sport Recife após empatar fora de casa com o Bragantino (1 a 1). Para isso contou com derrotas do Ceará em casa para o Joinville por 3 a 0 e do Icasa em Curitiba para o Paraná por 2 a 0. O Figueirense terminou com 60 pontos, contra 59 pontos de Icasa, Joinville e Ceará.
Desde que a Série B do Campeonato Brasileira é disputada por 20 equipes em turno e returno é a primeira vez que a linha de corte de rebaixamento é de 41 pontos, marca registrada pelo Guaratinguetá. Isso quer dizer que com 42 pontos seria possível escapar. E nesse caso, o favorecido seria o Guaratinguetá. Até o jogo em Goiânia, o time do Interior de São Paulo contava com melhor saldo de gols que o adversário, segundo critério de desempate. No primeiro, número de vitórias, estavam empatados.
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