Quando setembro chegar, e setembro está chegando, CapitalSocial vai publicar minissérie exclusiva. Vamos mostrar como foram os 14 anos do PT no Grande ABC, sob o governo de oito anos de Lula da Silva e os seis anos (incompletos apenas formalmente) de Dilma Rousseff.
Quem relacionar a publicação desse trabalho a especulações ligadas ao calendário eleitoral estará sendo mais que definidor -- acertará em cheio.
Não temos por que sofismar. Não houvesse eleição em dois de outubro e não houvesse Lula da Silva como candidato presidencial representando o PT, a matéria não teria sentido neste setembro. Poderia até ter mais adiante, ou antes, mas não necessariamente em setembro.
E o faremos em setembro, dentro do calendário eleitoral mais estreito. Entendemos que é importante e isso independe dos dados que surgirão e que, sistematizados por temário econômico, representam uma etapa muita importante da vida regional.
DUAS REALIDADES
De antemão podemos dizer que o período petista em Brasília, entre janeiro de 2003 e a temporada de 2016, comporta divisão que faremos para, inclusive, justificar que existiu, mas que não consideraremos no cômputo geral cronológico porque uma coisa está ligadíssima à outra.
O que significa uma coisa ligadíssima à outra? Não é porque os oito anos de Lula da Silva foram de mandatos altamente positivos do PT no Grande ABC a razão de serem separados dos seis anos de Dilma Rousseff. Para o bem e para o mal o PT é o PT e estamos conversados.
Temos, portanto, dois meios copos pela metade, um meio copo de otimismo e outro meio copo de pessimismo, cujas águas se misturam num terceiro copo, o copo integralmente cheio à análise. Afinal, a fonte que o abastece é a mesma.
VIRTUDES E ESTRAGOS
Poderia até mesmo escrever os dois períodos com o mesmo sentido de adjetivação: os estragos de Lula da Silva foram acentuados ou apareceram de vez com Dilma Rousseff.
O PT se complicou nos 14 anos porque as virtudes dos oito anos do governo Lula da Silva não se expressaram apenas como virtudes. Houve acasalamento do bem circunstancial com o mal estrutural. Quem pagou o pato, até porque aumentou as lerdas passadas do pato, foi a sucessora Dilma Rousseff.
A então presidente sofreu impeachment exatamente ou também por conta de desequilíbrios gerenciais com raízes profundas na gestão do antecessor.
Há um outro motivo pelo qual decidimos produzir essa minissérie e que, acreditamos, arrefece eventuais críticas de vigilantes políticos e partidários.
REPORTAGENS DE CAPAS
Nas duas situações anteriores em que Lula da Silva foi eleito presidente da República, CapitalSocial, então LivreMercado em forma impressa, publicou Reportagem de Capa que tratava exatamente da disputa eleitoral com prevalecimento do ambiente econômico regional.
Na primeira edição em que Lula da Silva virou capa de LivreMercado, em novembro de 2002, o título era mais que esclarecedor sobre os danos causados pelo governo de Fernando Henrique Cardoso: “Lulacá, Urgente!” A segunda capa, quatro anos depois, também pós-turbilhão eleitoral, a sequência do enunciado: “Lulacá, (finalmente?)”, dava conta de que o primeiro mandato do ex-metalúrgico de São Bernardo não havia preenchido muitos dos requisitos desejados.
Estamos preparando com vagar uma série de estudos que tratam de Lula-Dilma em Brasília e as relações com o Grande ABC. É inevitável que essa minissérie se volte aos sete municípios da região porque o presidente da República (e, por consequência, sua sucessora) tem fortes ligações com a região.
MOMENTO FAVORÁVEL
A expectativa de que o Grande ABC seria contemplado com um presidente da República que voltaria os olhos e a atenção para a região era, portanto, mais que justa. Tanto quanto avaliar agora de forma mais completa, o que foi aquele período.
Apurar de forma mais completa significa que daremos tratamento mais concentrado a indicadores relevantes que se completarão ao longo da minissérie.
O governo petista em Brasília foi, inúmeras vezes, motivo de abordagem desta revista digital, mas jamais num determinado e programado período propriamente dito.
Para que os leitores possam ter grau de entendimento mais específico do que se passou no Grande ABC de Lula-Dilma, vamos preparar o terreno informativo e analítico.
Antes que setembro chegue, publicaremos aquelas duas reportagens de capa de LivreMercado/CapitalSocial. Será possível, com isso, avaliar mais detidamente tanto o governo do antecessor Fernando Henrique Cardoso como os primeiros quatro anos de Lula da Silva, os quatro anos seguintes e os seis anos de Dilma Rousseff.
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