Não há erro algum no enunciado do título acima. Essa é uma das questões colocadas a 2.919 eleitores do Grande ABC pelo Instituto Unidade de Pesquisa, dirigido pelo experiente analista Sidney Kuntz. Os detalhes serão revelados na próxima terça-feira pelo pesquisador que resolveu organizar estudo inédito de prospecção avaliativa das administrações públicas dos sete municípios do Grande ABC e também, daí o título acima, identificar o prestígio de cada prefeito não só no interior do Município sob seu controle como também nas fronteiras da região. Ou seja: conheceremos quem é espécie de prefeito do Grande ABC, depois de 20 meses de mandato dos chefes de Executivos eleitos em outubro de 2008 e de 68 meses dos reeleitos.
O currículo de Sidney Kuntz é aval da credibilidade dos estudos que serão anunciados. Sócio-fundador da primeira empresa de Marketing Político do Brasil, Sidney Kuntz desfila série de atividades, entre as quais a de analista de pesquisas eleitorais publicadas em mais de 50 dos principais jornais brasileiros, entre os quais, Estadão, Jornal da Tarde, Gazeta do Povo (PR), Zero Hora (RS), Hoje em Dia (MG), DCI, Diário da Manhã, Gazeta do Povo (PR), além de vários jornais regionais importantes, casos do ValeParaibano (São José dos Campos), Diário da Região (São José dos Campos), Folha da Região (Araçatuba), Cruzeiro do Sul (Sorocaba), Diário da Região (Osasco) e A Tribuna (Santos). Em 2002, Kuntz foi convidado pela Agência Estado no dia das eleições para fazer projeção de todos os governadores e Presidente que estariam matematicamente eleitos, antecipando-se aos resultados oficiais dos tribunais regionais e superior eleitorais.
Também faz parte da experiência de Sidney Kuntz a realização de Rankings de Excelência Administrativa (governadores e prefeitos de todas as capitais brasileiras) e palestras em diferentes ambientes, de universidades a grupos políticos.
Qual entre os prefeitos locais emergiu da preferência do eleitorado? Essa é uma indagação inédita. Ou não é ineditismo saber qual entre os atuais prefeitos teria mais votos na hipotética volta aos tempos, com o Grande ABC recuperando a territorialidade subdividida em sete pedaços? É claro que não acreditamos em algo parecido, que “a região do Grande ABC” vire de novo “a cidade do Grande ABC”, com prefeito único, uma única Câmara de Vereadores, mas o conceito da pergunta levada aos eleitores foi engenhosamente certeiro: pretendia-se conhecer quem entre os prefeitos do Grande ABC conta com maior receptividade regional, independente da posição da mídia, dos formadores de opinião, de quem quer que se apresente.
Os entrevistadores do Instituto Unidade de Pesquisa também saíram às ruas com tecnologia moderníssima para registrar a opinião dos eleitores em outros campos, além do político, administrativo e eleitoral. Eles desvendaram até que ponto o que chamo de Complexo de Gata Borralheira se manifesta na população da região na provavelmente mais simplória mas nem por isso menos representativa das manifestações de auto-estima. Trata-se do contingente de moradores locais que não perderiam a oportunidade de mudar-se do Grande ABC se dependessem exclusivamente de vontade própria. São os desertores em potencial, contrapondo-se aos municipalistas e regionalistas.
A pergunta em questão (”Se tivesse a possibilidade de trocar a cidade em que mora na região do ABC, o que faria?”) não é algo que se coloque à mesa do provincianismo de cristaleira que domina o Grande ABC. Mas foi formulada e foi levada a campo sim, leitores. Precisamos saber qual é a dimensão do amor municipal e regional que de fato reservamos, e qual é o grau de vulnerabilidade a uma debandada de domicílio. A pergunta remetia a quatro alternativas: a) não mudaria de jeito nenhum; b) mudaria para o Interior do Estado; c) mudaria para a cidade de São Paulo; d) mudaria para outro Estado.
Os resultados podem provocar montanha de ilações, mas parece que nada substituiria à lógica de que ações corretivas ou ações sustentáveis de políticas públicas com força de marketing direcionado à auto-estima teriam de ser implementadas. Afinal, é impossível transformar qualquer território sem que a valorização individual e coletiva desse mesmo território deixe de ser diagnosticada e devidamente tratada.
Para aguçar o interesse dos leitores e da imprensa, já que os resultados serão oferecidos a todos os interessados, faço algumas indagações propositais já respondidas pelos eleitores abordados pelo Instituto Unidade de Pesquisa.
Estas são apenas várias das muitas perguntas a ser respondidas por Sidney Kuntz com base nas planilhas que saltaram à tela de computador após a ação de campo de dezenas de entrevistadores.
Mas não é somente no campo político-eleitoral ou de avaliação administrativa que atuaram os pesquisadores do Instituto Unidade de Pesquisa. Questões econômicas e culturais também foram respondidas. Vejam as novas indagações que igualmente serão objeto de respostas:
Qual é o universo de moradores de uma das sete cidades do Grande ABC que, diante da possibilidade de mudar de domicílio, escolheria a Capital tão próxima, o Interior do Estado de São Paulo, outro Município do Grande ABC ou mesmo outros Estados nacionais?
Verificaram os leitores que a série de interrogações é no mínimo interessantíssima?
Essas mesmas interrogações e as respectivas respostas podem detonar processo muito mais profundo do que eventuais conceituações individuais.
Além da importância intrínseca da pesquisa eleitoral embutida no trabalho, o maior peso, porque sustentadamente duradouro, são as questões formuladas nas áreas de comportamento de consumo e de cidadania. Esses pontos merecem atenção especial de instituições públicas do Grande ABC quanto à formulação de políticas de arregimentação de forças ao fortalecimento do municipalismo e do regionalismo sob luzes contemporâneas.
Há uma infinidade de subprodutos latentes nos resultados desses estudos do Instituto Unidade de Pesquisa. A empreitada catalisadora de informações resulta da combinação de talento e independência diretiva e mecanismos tecnológicos de ponta.
O Grande ABC precisa sair das trevas em que sempre se meteu e que, por isso mesmo, o torna refém de artilharias pesadas de quem só enxerga o próprio espelho. E mesmo assim sob o domínio de mente muito pouco apetrechada a avaliações consistentes. Nada que trabalhos sob pressupostos estatísticos não possam indicar as melhores soluções.
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11/11/2024 GRANDE ABC DOS 17% DE FAVELADOS