Vamos revelar amanhã, em detalhes, o ranking de crescimento da classe média-média e da classe média-baixa no G-20, o grupo dos 20 maiores municípios paulistas, exceto a Capital. Mas antecipamos: Mauá e Diadema lideram o ranking regional, também integrado por Santo André, São Bernardo e São Caetano. Os outros dois municípios locais, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, não têm expressão econômica para integrar o G-20.
Na edição de ontem mostramos a produção e a absorção de famílias de classe média na Província do Grande ABC, em confrontos com o G-20, com o Estado de São Paulo, com o Norte e o Nordeste. Uma leitura atenta daquele material não causará surpresa ao leitor ante a informação de que Mauá e Diadema estão à frente dos demais municípios da região no G-20.
Mas não ficaremos restritos a embates numéricos entre os municípios da Província. Isso é coisa de ufanista, de dissimulador. Vamos mostrar o ranking dos municípios do G-20. Qual seria a situação de cada integrante da Província do Grande ABC?
Para que não se frustrem expectativas, convém relembrar números da edição de ontem: a Província cresceu em termos nominais, sem considerar a inflação, 425,60% no volume de estoque monetário das famílias que representam a classe média-média e média-baixa no período que começa em 1995 e termina em 2013. Tudo lastreado por estudos do IPC Marketing e Editora, empresa dirigida pelo especialista Marcos Pazzini. Já o G-20 como um todo, inclusive com os representantes da região, cresceu no mesmo período 483,40%.
No número de novas famílias de classe média que emergiram na Província durante aqueles 18 anos, o total apresentado ontem de 108,60%, é inferior aos 145,60% dos membros do G-20. O que quero antecipar com tudo isso? Que não temos grandes destaques regionais no ranking dos principais municípios paulistas quando a mobilidade social é o centro das informações. Estamos avançando em velocidade inferior a todos os demais territórios pesquisados também no estrato de classe média, já que, como mostramos anteriormente, entre as famílias ricas passamos vexame.
Comparação mais que justa
A comparação com o conjunto do G-20 não sofre viés contestatório, porque o agrupamento reúne municípios em larga maioria maduros, consolidados. Diferentemente do fenômeno Norte-Nordeste que, de fato, é mais espantoso em diferenças numéricas porque as bases de comparação são menos assemelhadas.
Quem conhece este jornalista sabe que não é de hoje e não se limitará a amanhã a fome por dados econômicos, sociais, administrativos e criminais. Nada mais obrigatório a quem se manifesta permanentemente. Não me deixo inocular pelo vírus da complacência e da conveniência, mesmo que isso custe caro. O comportamento da economia da Província do Grande ABC ao longo das últimas décadas só não intranquiliza os irresponsáveis. Por isso, o melhor mesmo é não acalentar sonho de que estamos nadando de braçadas no quesito de novas levas de famílias de classe média no ranking do G-20.
Total de 1883 matérias | Página 1
11/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (32)