Não tenho a menor ideia de quantos dos antigos conselheiros editoriais da revista LivreMercado, herdados por CapitalSocial, vão aderir à proposta de integrarem-se ao que preliminarmente chamo de “Entidade Cerebral”. Certo é que o primeiro encontro está programado para 15 de abril, em reunião-almoço em Santo André, centro geográfico da região.
Será, seja qual for o desfecho, um encontro histórico. Sou um dos voluntários dessa operação que visa, fundamentalmente, colocar as inadiáveis prioridades da região no devido eixo de pragmatismo com responsabilidade social. Não mais que isso, claro. Quem tem obrigação de executar as propostas são os gestores públicos, eleitos para tanto, e os exércitos de servidores públicos. Sou apenas um dos voluntários porque, se for mais que isso, não tem sentido buscar alternativa saudável a mudanças no ambiente regional. Sociedade que precisa de salvador da pátria é sociedade morta.
Sei que sei que começaram a chegar as respostas dos conselheiros. Foram-lhes apresentadas quatro alternativas, desde confirmação de presença à impossibilidade de comparecimento por motivos anteriormente acordados, passando por simples desinteresse e chegando a desinteresse comentado.
Quantos vão ter, afinal?
Torço para que um número razoável de voluntários se apresente. Estamos a precisar de agregado de inteligências. A grande desculpa da maioria dos integrantes de entidades que constam do figurino de institucionalidade da Província do Grande ABC é que estariam presos às amarras estatutárias para seguirem tão explicitamente fora do jogo de cobranças e contribuições que o quadro regional exige. Exatamente para combater a possibilidade de a coletivização corporativa frustrar iniciativas que já tardam, sugerimos como uma das cláusulas pétreas da entidade cerebral a participação pessoal, individual, dos voluntários. Sem amarras de qualquer espécie, portanto.
Vamos aguardar por uma densidade de inscrições que permitiria a composição de um grupo de profissionais de áreas distintas que, focados nos mesmos conceitos a serem cuidadosamente esquadrinhados, poderão, quem sabe, ficar para a história, porque, no mínimo, serão catalogados merecidamente como desbravadores de novos tempos. Não será sem tempo.
Ou, então, em caso de frustrações com o movimento, seguiremos em marcha batida rumo ao caos institucional já tão à vista.
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11/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (32)