Imprensa

Um terço atende ao desafio de
participar de entidade cerebral

DANIEL LIMA - 10/04/2014

Um terço dos formadores de opinião ativos nos cadastros e que durante muito tempo atuaram voluntariamente como conselheiros da revista LivreMercado e também de CapitalSocial confirmou inscrição à entidade cerebral que se pretende criar na Província do Grande ABC. Não é pouca coisa.

Muito pelo contrário. Aquele grupo de formadores de opinião jamais atuou institucionalmente como agentes de transformação. Já os recentemente cadastrados à entidade cerebral sabem que a empreitada é de exposição, de combate, de clarificação das coisas, por assim dizer. É hora de dar a cara para bater, por assim dizer, porque, por mais que sejam suaves as intervenções, os oponentes não as interpretarão como algo colaborativo. Quem está no poder não aceita contraposições, embora dissimulem, quando não cooptam.

Não esperava tanta gente porque sei que sei o quanto custa opor-se às claras às mazelas da Província. E a entidade cerebral que se pretende não simbolizaria jamais uma sala de visitas, embora também não precise necessariamente travestir-se de calabouço. Daí, inclusive, minha decisão de ser apenas um dos voluntários, com carga de responsabilidade e de ação semelhante a dos demais participantes.

A reunião inaugural da entidade cerebral na próxima terça-feira, em local que só será anunciado às vésperas, poderá marcar um divisor de águas na institucionalidade regional. Esse grupo já previamente confirmado certamente receberá novos integrantes em seguida, mas, certamente, não poderá cair na esparrela demagógica de gigantismo de pés de barro do Fórum da Cidadania, referência de erros e acertos.

Certamente a entidade cerebral desejável para iniciar processo de qualificação do capital social da Província do Grande ABC não precisará sair distribuindo bofetadas nos administradores públicos, como o fez o Fórum da Cidadania ao ser lançado em 1994, mas daí a sugerir que se converterá em aglomerado de agentes voluntários prontos a condescender com a realidade da Província, vai muita diferença.

Aliás, esse pressuposto talvez seja uma bobagem impressa digitalmente por este jornalista, porque não haverá um único inscrito à entidade cerebral que alegaria desconhecimento da fermentação de um caldo de insatisfação com os resultados da gestão pública ao longo dos anos.

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