Vou revelar amanhã ou quinta-feira, quem sabe sexta-feira, o que tem a ver o empresário Milton Bigucci com o então procurador da Prefeitura de São Bernardo denunciado pelo Ministério Público de São Bernardo por autorizar ilicitamente a prorrogação de contrato irregular com fornecedores de tênis e mochilas à rede municipal de ensino de São Bernardo.
Mais não quero antecipar sobre o desempenho do então procurador da Prefeitura de São Bernardo nem tampouco sobre a omissão do prefeito Luiz Marinho, até então hostil ao empresário Milton Bigucci, conhecido na praça pela capacidade inegável de multiplicar obras e mais recentemente também pelas facilidades de transformar em vantagens competitivas dificuldades burocráticas do Poder Público.
Quando um comandante de uma entidade de classe, como é Milton Bigucci, à frente do quase fantasma Clube dos Construtores e Incorporadores, ganha muitos espaços numa corrida de 100 metros de competitividade, os concorrentes ficam a engolir poeira. Nada mais certeiro à desqualificação. Por isso se ensaia uma nova organização de empresários do setor. Mas isso é outro assunto. Ou seria mesmo outro assunto quando se trata das digitais do então procurador em questão?
A notícia sobre as falcatruas do então procurador da Prefeitura foi publicada no Diário do Grande ABC de ontem. O jornal não tem dado folga aos desastres administrativos do prefeito Luiz Marinho. Na mesma intensidade, o prefeito Luiz Marinho não tem dado a mínima atenção à obrigatoriedade de se explicar à sociedade.
Um dos mandachuvas
Marinho é desses 30 mandachuvas da Província do Grande ABC que se acreditam eternamente mandachuvas. É verdade que tem sido mandachuva há muito tempo, reconheçamos. Desde os tempos de sindicalista com poderes absolutistas que os metalúrgicos lhe conferiam pela fé cega em lideranças de classe.
Mas não é Luiz Marinho que está em jogo na promessa de matéria bombástica deste jornalista. Ou seria Luiz Marinho também importante peça desse xadrez de suspense ao participar da falcatrua do então procurador da Prefeitura de São Bernardo que, agora, o Ministério Público de São Bernardo, mais precisamente o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) está denunciando?
E será que o próprio Gaeco, agora como denunciante do então procurador da Prefeitura, não está envolvido na pauta que estou agendando à atenção dos leitores?
Aguardem, aguardem que tudo vai se esclarecer. E pensar que o poder milionário de Milton Bigucci influenciou decisivamente a Justiça da Capital em sentenças que instâncias superiores haverão de corrigir, sob pena de meter-me inapelavelmente numa greve de fome contra a quadrilha liderada pelo empresário.
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11/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (32)