Voltarei a escrever, nesta semana, sobre a mobilidade urbana em Santo André. Especificamente em Santo André porque o secretário Paulinho Serra divulga alguns resultados sobre a política de implantação de faixas exclusivas de ônibus. Paulinho Serra é um político gestado pela classe média. Estaria contrariando os desejos dos seus eleitores, sacrificando-se por uma Administração de centro-esquerda que adora os capitalistas apenas quando pode compartilhar projetos?
O Diário do Grande ABC de hoje anuncia que a Prefeitura de Santo André pretende assinar ainda neste semestre o propalado convênio com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que garantiria nada menos que US$ 250 milhões de financiamento para a construção de 13 corredores de ônibus.
Paulinho Serra foi abduzido pelo PT de Carlos Grana durante a campanha eleitoral que reconduziu o partido ao Paço Municipal. Paulinho Serra se colocou visceralmente do lado oposto ao dos petistas durante várias legislaturas como vereador em Santo André. Ex-tucano, Paulinho Serra não resistiu ao canto da sereia do condomínio político-partidário que Carlos Grana replicou em Santo André, inspirado no protetor Lula da Silva no governo federal.
Como estaria se saindo Paulino Serra secretário do governo petista? Já escrevi alguns artigos sobre a política de gestão da mobilidade urbana, rebocada da Administração Fernando Haddad, da Capital, no ritmo dos desdobramentos das manifestações de junho do ano passado. O que se teria alterado após aqueles artigos? Teria Paulinho Serra encontrado o encaixe perfeito, a embocadura para não dar um tiro no próprio pé? Vamos ver. Acho que vale a pena esperar.
Total de 1883 matérias | Página 1
11/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (32)