Imprensa

Província desaba no Campeonato
Brasileiro de Emprego e Renda

DANIEL LIMA - 04/06/2014

Atenção autoridades públicas da Província do Grande ABC. Atenção secretários e assessores das autoridades públicas da Província do Grande ABC.  Atenção todos os interessados no futuro dessa região de quase três milhões de habitantes. Vamos publicar nesta quinta-feira uma matéria exclusiva (mais uma, entre tantas) que mostra o que a realidade diária nos esfrega na cara: estamos indo de mal a pior no Campeonato Brasileiro de Emprego e Renda.


 


Essa é uma dura verdade a ser exposta porque, entrecruzada com muitas informações em forma de dados e interpretações que publicamos nesta revista digital, comprova o quando os gestores públicos da região são negligentes com o andar da carruagem cada vez mais moroso do desenvolvimento econômico. Prefeitos e assessores, quando não a mídia repetitiva em conversas fiadas, formam caravana de triunfalismo que, observada atentamente, reúne todas as características de cortejo fúnebre deslavadamente enfeitado para enganar a distinta plateia.


 


É claro que não vamos dar agora detalhes sobre os números do Campeonato Brasileiro de Emprego e Renda. Se o fizéssemos, não correríamos risco de ser furados por outro veículo de comunicação. A quase totalidade da imprensa da região mantem tratado de esconder as durezas econômicas até quanto puderem, ou só revelam algumas quando há outros interesses em jogo. Só deixamos para depois o que poderíamos mostrar agora porque também temos direito a uma dosagem de marketing.


 


Dados insuspeitos


 


Por mais que CapitalSocial escarafunche a economia da região, ainda há muito insumo a revelar. Dados estatísticos insuspeitos sempre aparecem, por mais que demore o processo de apuração. E são dados estatísticos tecnicamente respeitáveis e eticamente honestos, sem parentesco, portanto, com os números que o Clube dos Construtores e Incorporadores do Grande ABC desfila para ludibriar a boa fé de consumidores de informações. Dados furados sobre o mercado imobiliário que já muito tempo faz água com excesso de lançamentos e escassez de demanda.


 


Estamos reiterando há muito tempo, mas os relapsos de plantão nas prefeituras e nas entidades de classe empresarial e sindical fazem ouvidos de mercador: a situação econômica da Província do Grande ABC, que contamina a infraestrutura social, é por demais delicada mesmo nos últimos anos de indústria automotiva bombando graças a liberalidades fiscais do governo federal que só pensa em consumo.


 


O que vivemos nestes novos tempos no mercado de mão de obra da Província não é algo circunstancial. É estrutural mesmo. As demissões em elevada escala no setor industrial, além de potenciais demissões nas montadoras de veículos em forma de novas modalidades de sustentação artificial de empregos com dinheiro dos contribuintes, são o prenúncio de novos tempos de complicações econômicas numa região destroçada nos anos 1990 diante do cantarolar festivo dos insensatos.


 


Derrocada perigosa


 


É escandalosamente deprimente (e os dados vão provar que essa não é uma mensagem melodramática como alguns idiotas de plantão poderão sugerir) que a Província do Grande ABC marche na direção do precipício do comprometimento da riqueza gerada no passado de glória do setor industrial sem oferecer a contrapartida de reação coordenada para brecar a derrocada. Uma derrocada mais suave que nos anos 1990, mas por isso mesmo mais insidiosa, porque induz até mesmo os bem-intencionados a acreditarem em outra coisa.


 


Os números do Campeonato Brasileiro de Emprego e Renda são muito mais preocupantes porque se registraram no período em que a economia da Província do Grande ABC, segundo resultados cumulativos do PIB (Produto Interno Bruto) apontou recuperação relevante, principalmente por causa do setor automotivo. Ora, se nem no lombo das montadoras e das autopeças demos uma cavalgada confortável para amenizar a deterioração da qualidade de vida regional, o que será então ante situação adversa já está posta? Uma das respostas é clara, conforme os indicadores criminais: vamos acumular cada vez mais cadáveres e uma insegurança pública que torna a periferia faixas cada vez mais amplas de riscos.


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