Quando os historiadores, se historiadores houver no futuro desta Província, porque no presente já são raros, quando não embusteiros, quando os historiadores, dizia, se debruçarem sobre a mídia regional como ponta de estoque ou peça relevante à reconstrução das relações sociais e econômicas desse território, quando isso acontecer, se acontecer, as escaramuças entre este jornalista e o Diário do Grande ABC deverão ser rigorosamente aferidas.
Tomara que haja historiadores e que esses historiadores não sejam paus mandados da mentira e da sofisticação do ilusionismo. Meus pegas com o Diário do Grande ABC são emblemáticos de uma inquietude com a informação correta. Vem de longe e não de recentemente, da Era Ronan Maria Pinto, como alguns imbecis imaginam. Ronan Maria Pinto é apenas uma continuidade do Diário do Grande ABC que vem do passado de glórias e de inglórias, ora bolas. Ele pegou pelo rabo um foguete prestes a estourar em finanças e em franco processo de debilidade editorial. Sei lá como andam as finanças. O editorial vai mal, como se sabe.
Afinal, por que me meto a escrever sobre esse assunto? Porque na captura diária de textos do passado da revista LivreMercado e da então newsletter CapitalSocial, encontro salpicadamente textos que ajudam a reconstruir as críticas que produzi sobre a atuação do Diário do Grande ABC.
Desabafo providencial
O texto que encontrei ontem à tarde, entre dezenas de matérias retiradas do baú de um arquivo digital riquíssimo, transplantado para esta revista digital, foi um desabafo levado aos leitores em maio de 2005 – portanto há mais de nove anos. Ou alguns meses após ter deixado a direção editorial do Diário do Grande ABC, por razões mais que conhecidas, algumas razões especuladas e algumas versões não mais que dignas de riso, quando não de escárnio.
Meus nove meses no Diário do Grande ABC na segunda etapa de minha jornada naquela publicação, após 15 anos nos anos 1970, 1980, são a prova provada de que sou um maluco completo que se lixa ao enfeitiçamento de um cargo capaz de levar algumas pessoas ao máximo da submissão.
A matéria que sugiro à leitura no final deste artigo foi uma tijolada em resposta a uma situação que, então, não revelei aos leitores: o Diário do Grande ABC estava irritadíssimo com algumas heranças de responsabilidade social que deixei de legado à redação da qual me despedira poucos antes.
A sugestão de leitura do artigo abaixo não tem qualquer sentido provocativo, até porque, acreditem, tudo que escrevo sobre a mídia regional, Diário do Grande ABC e tantos outros veículos, só tem um objetivo: colocar na pauta um debate permanente sobre a realidade da atividade de comunicação social na Província de modo que virtudes e defeitos sejam incansavelmente vasculhados e despertem a cidadania informativa que deve habitar em cada cabeça da população regional.
Jornalismo não é uma via de mão única, do produtor ao consumidor. Mas também não pode ser depositário de bobagens de leitores em nome de uma falsa democracia. Mas isso já é outro assunto.
Leiam, portanto:
Diário mente em anúncio e ofende realidade informativa
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)