A mais que previsível e tumultuada saída de Raimundo Salles da Secretaria de Cultura de Santo André e os anunciados novos investimentos industriais que os sindicalistas de São Bernardo pretendem capitalizar como ações no contrafluxo de uma realidade sempre negada são dois dos assuntos sobre os quais me debruçarei na próxima semana. Há outros sob observação. Neste final de semana vou vasculhar mais rigorosamente a montanha de páginas de jornais, revistas e cópias de matérias de sites para me preparar às batalhas da semana que vem.
Acabei de me lembrar: não tenho como deixar de voltar a dois assuntos que envolvem o mercado imobiliário. O primeiro diz respeito à falta de apetite do prefeito da Capital, Fernando Haddad, em divulgar a lista oficial das empresas que dormiram nos mesmos lençóis dos ficais da Máfia do ISS e da Máfia do IPTU. Tenho uma proposta inusitada, porque provocativa, a ser levada à Controladoria-Geral do Município e também ao Secovi, o Clube dos Construtores e Incorporadores de São Paulo. É claro que não deixaria de estabelecer uma relação de parentesco entre o que pretendo para a Capital e o que é necessário em Santo André, pós-escândalo do Semasa.
A outra pauta do mercado imobiliário é atualizar as informações sobre a mobilização dos pequenos construtores contra o projeto da Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo em Santo André. Eles praticamente enxotaram o inútil Clube dos Especuladores Imobiliários e a tentativa oportunista e golpista de representa-los à revelia, além de ameaçar uma parte da estrutura político-eleitoral condominial que conduziu o prefeito Carlos Grana à vitória em 2012. O secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, Paulo Piagentini, está na mira de petistas mais coerentes quando o “toma lá dá cá” era execrado como prática dos adversários da agremiação.
Mais tropeço da UFABC
Tomara que dê tudo certo e que esses temários possam mesmo sair do forno, mas nada é garantido por mais que tenha planejamento. São muitos os casos em que fui atropelado pelo inesperado pipocar de novos agendamentos editoriais. Vou fazer de tudo para não perder essa programação, à qual talvez acrescente uma extraordinária informação sobre a Universidade Federal do Grande ABC. Extraordinária no sentido jocoso do termo, porque é de lascar o que se deu naquela instituição durante esta semana. Tudo a comprovar uma mordaz definição do especialista educacional Valmor Bolan: a universidade construída pelo governo petista não passa mesmo de barriga de aluguel.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)