Tenho absoluta convicção sobre três situações que envolvem minha atividade profissional e daqueles que, em nossa equipe de trabalho, vestem nossa camisa:
Há os que nos querem ver mortos porque, em contraponto à exibição de competências que desfilam anualmente no Prêmio Desempenho, apontamos sem temores nem tremores as mazelas institucionais do Grande ABC. Essa postura contraria interesses de quem é acomodado, incompetente, oportunista ou puramente egocêntrico. Gente que adora se pendurar em logomarcas de fato importantes e outras que pensam ser importantes.
Há os que acompanham nossa linha editorial com a displicência macunaímica de quem veio para este mundo simplesmente para ser mais um, incapaz de justificar a própria vida que significa, em linhas gerais, a luta por transformações produtivas, mesmo que os custos individuais sejam enormes. São pessoas que poderiam muito bem ser identificadas pelos números frios do RG mas que insistem em tomar o espaço de terceiros mais decididos e prontos para colaborar.
Há os que comungam com nossas idéias, com nossas propostas, mas por razões várias, entre as quais a necessidade de não se exporem diante do receio de serem perseguidos em seus ambientes corporativos e negociais, preferem a solidariedade silenciosa.
Os integrantes do primeiro bloco, dos que adorariam ver o anúncio de missa de sétimo dia deste jornalista, podem perder a esperança de que matarão meus ideais, porque já formatei com sensibilidade pequeno batalhão visível de profissionais de comunicação que não aceitarão ser enrolados passivamente pelos fazedores de marolas e construtores de cenários.
Os anestesiados da segunda turma de leitores, estejam certos de que, mais dia, menos dia, a ficha da cidadania vai cair e se sentirão constrangidos por terem demorado tanto para sair do estado de inanição em que se encontram.
Os da terceira turma, os solidários silenciosos, estejam certos de que mais dia, menos dia, assim como o sol nasce e se põe, tudo há de entrar nos eixos. Pode demorar um pouco, pode até se dar através de outros protagonistas, mas que a máscara dos incompetentes, manipuladores, ineficientes, prevaricadores, vai cair, não tenham dúvidas.
Mentira elegante
Chegará o dia em que o Grande ABC será passado a limpo e as oligarquias que aqui se instalaram e que ainda pensam que mandam, cairão na real. Somos uma terra sem compromisso coletivo, sem institucionalidade regional, viciada em compadrios de matizes diversos.
O diálogo franco e honesto choca. Vale mais a mentira elegantemente vestida de gentilezas, de hipocrisia, de dissimulação. Há um caudal de representantes dessa fauna. Eles pensam que enganam. Vivem nas sombras mesmo quando os holofotes os alcançam por força da notoriedade, não da notabilidade.
Pior do que eles -- e há piores do que lideranças fajutas --, só aqueles que lhes dão cobertura ou os utilizam para locupletarem-se.
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21/01/2025 PAULINHO, PAULINHO, ESQUEÇA ESSE LIVRO!