Imprensa

CapitalSocial mais forte;
azar dos bandidos sociais

DANIEL LIMA - 22/11/2016

Já defini o novo mote desta revista digital, melhor experiência de minha vida profissional de mais de meio século e da qual não abrirei mão nem que a vaca tussa e os vagabundos sociais gritem em desespero. Querem saber o que vai vir depois de “regionalidade para ser impressa”, que veio após “leitura para ser impressa” que, por sua vez, sucedeu a “leitura o mês inteiro”, este último relativo ao período compartilhado com a revista LivreMercado? Se querem mesmo saber, esperem um pouco que vou revelar; antes, algumas ponderações.

Primeiro, o bandido social que atua nas trevas da ética e da moralidade na atividade corporativa que todos conhecem e cuja identidade todos sabem de cor e salteado, agora deu de deduzir e de inventar histórias, como se antes já não fosse suficiente assacar contra a honra de quem não dá folga a ninguém como profissional de comunicação sem rabo preso com quem quer que seja. 

Segundo, a insistência com que a chutometria informativa deletéria se junta ao anonimato covarde, porque essa é uma prática comum dos delinquentes sociais, é um desafio às autoridades policiais. Diferentemente da liberdade de opinião, da liberdade de expressão, que exercito com determinação e destemor (uma vergonha ter de fazer essa afirmativa que pode parecer cabotina, não fosse explicativa) um material sórdido e sem assinatura, feito com o objetivo patético de especular, esse tipo de material não merece credibilidade. Entretanto, como há ingênuos para tudo, convém esclarecer eventuais dúvidas dos leitores. E é isso que faremos. 

Canal de televisão 

Quem contabiliza a possibilidade deste jornalista deixar de lado ou deixar de dar prioridade a esta revista digital em favor de qualquer outro projeto, qualquer que seja outro projeto, cairá do cavalo. Até porque, não tenho nenhum outro projeto no horizonte próximo, exceto acrescentar a este site alguma coisa de atratividade à audiência qualificada. 

Penso – e nos últimos 15 dias fiz gestões nesse sentido com testemunhos à disposição de eventuais incrédulos – em criar um canal de televisão online, ao qual me dedicaria basicamente a grandes entrevistas. Como as que realizei no ano passado no Diário do Grande ABC. 

Aliás, se passei a pensar em algo virtualmente eletrônico para trazer para mais perto dos leitores desta revista digital profissionais de diferentes áreas de atuação na região é porque fui instado por terceiros que insistem em me prestigiar. Muitos de meus leitores querem que querem um programa de TV no site de CapitalSocial. 

Não seria exatamente o formato que introduzi no Diário do Grande ABC. Penso em apenas um entrevistado por vez, ao invés de três. Com isso exploraria ao máximo o temário em questão. Talvez execute essa proposta, mas não é certo. O corpo e a mente cobram os longos anos e as longas jornadas de trabalho relegaram o convívio familiar a segundo plano – apenas o convívio, não as responsabilidades, é bom que se diga. 

Relegaram a ponto de deixar de lado um amor desde criança, finalmente redescoberto nos últimos quatro anos: a curtição de duas cachorras que minha filha mais velha trouxe para casa com o compromisso de dispensar todos os cuidados e que, à falta dela por razões profissionais de quem virou profissional de Direito com nota 9,3 na OAB, acabaram sob a minha guarda. Uma tarefa que cumpro com dedicação semelhante à da prática de jornalismo. 

Melhor experiência

Os bandidos sociais vão ficar tristes, quando não irritados, porque essa bobagem de espalharem que vou trocar de mídia não passa de chute furado. CapitalSocial no formato atual representa os anos mais felizes de minha vida profissional – mesmo com os bandidos sociais a me perseguirem. Ou principalmente por isso. 

Aqui exercito com aplicação uma tarefa que um dia a sociedade mesmo que desorganizada irá enaltecer, embora nem ligue para tanto porque jornalismo não foi feito para reconhecimento. Aqui faço jornalismo completo, autoral, investigativo, elucidativo, explicativo, pioneiro em desbravamentos. Quem não ler CapitalSocial está muito mal informado sobre esta Província. 

Embora esteja atuando solitariamente faz bom tempo – com vantagens e desvantagens – carrego no acervo desta publicação pelo menos 30% do que de melhor se editou durante duas décadas na revista LivreMercado. Aos poucos chegaremos à transferência integral daqueles textos que sacramentaram uma verdade irretocável: comandei a melhor revista impressa regional do País. Uma revista que o provincianismo regional jamais mereceu. 

Não estou fechado a qualquer tipo de proposta editorial, mas fiquei muito mais cético e seletivo desde que caí na besteira de aceitar editar uma das tentativas de terceiros voltarem com a revista LivreMercado, em 2011. Produzi apenas uma edição, lançada em pleno janeiro diante de mais de 400 convidados no Tênis Clube de Santo André. 

O projeto não prosseguiu já no mês seguinte porque não abro mão de princípios que me levaram a conduzir a área editorial de LivreMercado durante quase duas décadas. E que foram antecedidos em série de outras publicações, inclusive o Diário do Grande ABC e o Grupo Estado. 

Região fora dos planos 

Desde meados do ano passado tenho lançado olhares em direção a um projeto editorial que não dependeria quase nada da Província do Grande ABC, porque teria em princípio o Estado de São Paulo como âncora. Esse extrapolar de fronteiras é condição para não voltar a entrar em roubada. Um projeto editorial de gabarito, tipo LivreMercado, não cabe mais na Província do Grande ABC. E esse é o patamar que impus a mim mesmo como condição para eventualmente dar novos voos fora deste nosso território. 

Ora, se a Província do Grande ABC não tem futuro como fonte mantenedora de qualquer publicação que se insira nos meus projetos, porque as respostas publicitárias negarão fogo, e negarão fogo porque estamos numa quadra de grandes mudanças na área de comunicação, então não tem sentido nem mesmo estudar qualquer proposta. 

Por isso, quem inventou um projeto em andamento provavelmente é maluco de pedra ou vagabundo por natureza. 

Reportagem premiada 

Aliás, existe sim uma possibilidade embora improvável de me render à edição de uma revista de gabarito e independente na Província do Grande ABC, mesmo com periodicidade errática mas elaborada sob condições em que a liberdade de expressão e a liberdade de opinião não seriam jamais submetidas a qualquer tipo de condicionamento. 

Basta que os prefeitos que vão assumir os paços municipais em janeiro próximo decidam atender a uma proposta que anunciei há pouco mais de um ano: criarem o que chamei de condições apropriadas à transformação de denúncias sobre o uso de dinheiro público em reportagens premiadas. 

Garanto que há tanta matéria-prima (principalmente dos bandidos sociais que me atacam) à espera de recompensa legal que não precisaria nem mesmo esquentar a cabeça com publicitários para o departamento comercial, área na qual jamais me meti. Não fossem os bandidos sociais à espreita, os prefeitos eleitos não teriam dúvidas em aceitar minha sugestão. Reportagem premiada é uma barbada como fonte de financiamento editorial. 

Sei que é doloroso aos meus inimigos, mas a insistência em tentar me atribuir determinados pecados é burrice homérica. Caiam na real de que não seria agora, passado que passei dos 60, e com uma reavaliação permanente do sentido de viver como pessoa física descontraída que sou, e como pessoa jurídica cética que tenho a obrigação de ser, meter-me em enrascada para acabar com a alegria da pessoa física e com a credibilidade da pessoa jurídica. Deixem de ser idiotas, vagabundos. 

Bandido específico 

CapitalSocial está me oferecendo uma oportunidade que não tenho desperdiçado ao longo dos últimos oito anos: posso de forma mais incisiva, mais constante, mais independente do que nunca, meter o dedo da informação com valor agregado na cara de usurpadores da confiança da sociedade. 

Os leitores mais assíduos sabem a quem especificamente endereço esse texto porque os leitores mais assíduos são inteligentes e perspicazes. Se fizesse uma lista com 10 nomes de bandidos sociais que querem me ver morto, muito dificilmente a maioria deixaria de acertar na mosca. Trata-se de alguém que é tão inteligente, mas tão inteligente, que deixa as marcas das lambanças que faz por acreditar que está acima de tudo e de todos. 

Agora, para finalizar, vou revelar a nova marca complementar desta revista digital que, repito, ao contrário do que dizem os bandidos sociais, veio para ficar e para aumentar a carga de independência jornalística.

A partir de janeiro, já decidi e está decidido, CapitalSocial terá como novo slogan uma obviedade que os leitores aprovarão: “Regionalidade em primeiro lugar”. 

Vou aposentar “Regionalidade para ser impressa” entre outros motivos porque há neste site um símbolo gráfico que remete o leitor à função de dar materialidade física ao produto. Além disso, nada melhor que a redundância da redundância de “Regionalidade em primeiro lugar”, que é a alma desta publicação e de minha vida profissional. Uma frase autoexplicativa da essência de tentar reduzir a carga nociva do gataboralheirismo e do individualismo desta região.

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