Sociedade

É ligar as motos e
desligar do mundo

ANDRE MARCEL DE LIMA - 16/06/2005

Quando vestem roupas de couro, calçam botas, colocam capacetes e ligam suas motocicletas estradeiras, os dentistas Luís Carlos e Raquel Piva se desligam do mundo. Basta o tempo ajudar e eles cortam a estrada sobre duas rodas em direção a Campinas, Indaiatuba ou qualquer outra cidade do Interior paulista nos finais de semana. 


Por lá almoçam sem pressa, transformam desconhecidos em amigos e voltam renovados. “Ouvir o som do motor e sentir o vento no rosto é uma das melhores terapias que existem. A necessidade de focar a atenção exclusivamente na estrada suspende todos os outros pensamentos” — garante Luís Carlos. “O mais prazeroso em viajar de moto é a sensação de controle total. A máquina responde aos movimentos do quadril como se fosse uma extensão do próprio corpo. A vida é incontrolável, mas a moto não” — resume Raquel, que dirige a Nidonto Odontologia Preventiva, de Santo André, ao lado do marido. 


A falta de controle é literal. À frente de empresa especializada em levar atendimento odontológico a parques de diversões, supermercados e outros locais de grande circulação por meio de consultórios móveis, o casal está sempre a mil por hora. “A demanda é imprevisível. Em questão de poucos dias precisamos mobilizar dentistas, promotores, veículos, uniformes e muitos outros detalhes para atender até fora de São Paulo” — destaca Raquel, que recentemente deslocou equipes para unidades da rede varejista Big em Curitiba e Porto Alegre. 


Para contrabalançar tensões inevitáveis, nada melhor do que pôr em prática o conselho de Cyro Masci e outros especialistas em combate ao estresse: aproveitar as horas vagas para se dedicar a atividades completamente diferentes do dia-a-dia profissional a fim de limpar a mente, reestabelecer o vigor e voltar com muito mais vontade para o front do trabalho. “O prazer em viajar de moto é tamanho que fornece mais ânimo para encarar os desafios” — comenta Raquel. “No trabalho enfrentamos continuamente o desafio de encontrar maneiras diferentes de chamar a atenção das pessoas para a importância da prevenção. Sem o relaxamento proporcionado pelo motociclismo não haveria criatividade” — completa Luís Carlos.


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