Publiquei na edição de junho de 2004 (portanto há 13 anos) da revista LivreMercado, sob o título “Consórcio de Prefeitos assume improdutividade” uma análise da qual seleciono alguns trechos:
Consta da agenda desta segunda-feira do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC proposta que só não deve ser saudada com rojões porque demorou demais para ser apresentada. Antes tarde do que nunca, entretanto. Trata-se da contratação de consultoria da FGV (Fundação Getúlio Vargas) para reestruturar os mecanismos de funcionamento da entidade composta pelos sete prefeitos da região. Quase uma década e meia depois de lançado, o Consórcio de Prefeitos finalmente pode passar por cirurgias importantíssimas. Recomenda-se também que a terapia inclua dosagens maciças de vitaminas de rejuvenescimento conceitual. Tomara que a FGV tenha a percepção de que a instituição é um amontoado de escombros ao qual se deve atear o fogo do reformismo. Uma avaliação histórica concluirá que o Consórcio não conseguiu alterar o rumo dos acontecimentos regionais, os mais graves de toda nossa história industrial. Se não existisse, talvez os resultados fossem os mesmos porque entre outras barbaridades não enxergou — e portanto manteve-se paralisado — o dilúvio da desindustrialização. Os especialistas da Fundação Getúlio Vargas vão ter que queimar as pestanas para dar ao Consórcio de Prefeitos a agilidade, a racionalidade, a presteza, a solidariedade, a eficiência, o compromisso com metas e tudo que lembre um empreendimento coletivo que não tergiverse e que não maquie a realidade.
Resultado – Espera-se por reestruturação do Clube dos Prefeitos até hoje. O projeto da Fundação Getúlio Vargas não foi levado adiante, após um diagnóstico demolidor.
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13/11/2024 Diário: Plano Real que durou nove meses (33)